martedì, novembre 27, 2007

Rodoviárias... é hora de partir!!



Gosto de rodoviárias
das "gentes"
das malas
gosto de pensar nos destinos
nos infortúnios
Gosto do cheiro das "gentes"
mulambentas
bem vestidas
quase despidas...
ao menos por mim.
Gosto das malas de rodas
das mochilas
as rasgadas e as bonitas
como a minha...
Gosto de rodoviária
Desço em todas mesmo que a parada seja de 5 minutos
Preciso sentir o cheiro
das outras "gentes"
Mas o motorista, meu amigo, me chama
é hora de partir
para outra rodoviária...

E é por gostar de rodoviárias que volto, que olho, que sou...Aos poucos voltando aos meus duelos poéticos de fim de noite....Mas gosto de rodoviária e isso não há de mudar...

lunedì, novembre 26, 2007

Tempo de outros caminhos!!

Distante...

Caros leitores, volto em breve, agora me dedico a devaneios metafóricos teóricos sobre teoria da imagem, do jornalismo..É tempo de monografia cá neste lado, e é tempo de estar sem tempo...mas poetizar é preciso, viver nem sempre o é...

Mas volto em breve, para contar algumas passagens da minha viagem pela Fronteira...Rodoviária, "gentes", cheiro de novas "gentes", cheiro de desafios, de conflitos....Enfim, cheio de caminho, de um sempre novo caminho...

venerdì, novembre 16, 2007

O dia passa lá fora!!


Tic-tac
passam as horas
também
o tempo

Tic-tac
automaticamente
tic-tac
mecanicamente

Entediamente
assim passam
os dias
tic-tac

automaticamente

lunedì, novembre 12, 2007

Poetizar é preciso, viver nem sempre o é...

Os devaneios, sórdidos e imprecisos, andam em descaso comigo. Não, não quis dizer que deixam de estar comigo, mas enfim eles tem me limitado a ficar só entre as nuances do meu ser perverso e inquieto. Calo-me, mas grito, penso e me contorso ao pensar..Ao agir indistintamente no interior dos meus próprios discursos. Tenho me visto permeada de dúvidas. Mas em algum dia, caros leitores tenho estado longe delas.

Creio que não, são profícuas também as desavenças que trago com a minha forma de encarar a vida, sim, pois ainda vivo, mas tenho pensando demais. E quem disse que os devaneios são os companheiros mais devidos para uma noite de sábado. A primeira sozinha no breu do meu quarto...

Volto a escutar as melodias composicionais que propositalmente me suscitam sentimentos estranhos, quem sabe inverossímeis. Trato-me como poeta e então divago. Ai! Cala-te poeta, apenas respingam nestas linhas refúgios ideológicos de ti mesmo. Meras estratégias discursivas que pretendem emocionar, despertar em vocês caros leitores, por vezes desatentos, certos sentidos abstratos e por que não e certamente dissimulados.

Quer o poeta, nos seus devaneios melancólicos que vocês vivam com ele estes sentimentalismos tolos de uma noite vazia. Sua insociabilidade de hoje o perturba e escrever quem sabe o torna mais humano, mais parte de um mundo que sei lá onde se encontra. Nos cheiros e sabores fétidos da madrugada melindrosa, ou quem sabe no cacarejar de galinhas silvestres.

Tudo é confuso, tudo é malandramente pensado pelo poeta que se restringe em apenas poetizar. Para que viver afinal. Poetizar é preciso, viver nem sempre o é. Besteiras, escárnios insignificante de uma mente catarizante, de uma mente desassossegada. Mas o que quer então poeta com estes perturbados discursos vazios cá comigo neste emaranhado de impossibilidades?


Quem sabe concretizamos juntos os desafetos humanos e sobre-humanos que cercam a incompreensão da alma. Afinal ela está absorta na mais revoltosa realidade, dissimulando seus fracassos, para posteriormente redifinir as entrelinhas da própria/ imprópria vida.

Insisto que se cale poeta. Não percebes que tais palavras já não fazem mais sentido, nem jazem qualquer significados nos meandros ocultos deste labirinto discursivo. Mas que sentido teria, onde nada e tudo são sentidos, pensados, argumentados, falados, escritos, dedilhados?

Não te calas, porém, não me calo também. Duelamos pela essência destas palavras. Duelamos para estar e ficar em nós, em mim, na alma e no corpo, poeta e ser humano. Poetas não seriam humanos? Seriam instâncias enunciativas? Ou seriam apenas refúgios descabidos de uma madrugada como disse posteriormente vazia?

Poetas persistem em meio a perguntas. Pois poetizar é preciso, viver nem sempre o é.
Vivemos poeticamente então está noite, estes pensares, este cheiro longínquo de noite perversa, de noite confessa que já embalou tantos amantes, de meus tantos poetas.


Francieli Rebelatto- 10/11/2007 – Quanto tudo permanece estranhamente perturbador dentro de mim

martedì, novembre 06, 2007

Canso!!


Vazio incansável
Poros inundados do nada
Vísceras salientes do escárnio
Fede a alma
a desgosto

Fede a vida a cansaço...

lunedì, novembre 05, 2007

O poeta finge que não tem nada a ver com o mundo!!!


Dias de nostálgicas aproximações com a vida acadêmica, tem deixado o poeta de férias. Sim, dias de filosofias sobre a comunicação e cultura, esquece-se então das metáforas que enfeitam longos dias parnasianos. Antigos dias. Mas não é Muniz Sodré que fala sobre a metáfora enquanto criadora da consciência.

Exato, caros leitores a consciência se dá apartir das nossas metaforizações, mas então passaríamos pela hedis educativa, pela antropológica do espelho, enquanto moral e viagens metafísicas do que é virtual e real. E poesia então em meio a este turbilhão de teorias incansáveis sobre a comunicação, sobre a midiatização na contemporaneidade?

Não sei, os poetas também tiram férias, as venezianas verdes não constrastam mais com a luz da manhã, ou então o poeta dorme até mais tarde perante as possíveis metáforas, ou apenas foge dela. É de fato... apenas mais um pouco de divagações e mais divagações sem sentido...