lunedì, luglio 30, 2007

Palpita mais um poco de vida!!!


Palpita
Intriga
A alma
Calma

Bate
Pulsa
Coração
Razão

Abre
Desanda
Mão
Emoção

Vertigem
Visão
Olhos
Que se abrem

Mais uma vez o mundo,
mais uma vez a paixão
pela segunda-feira!!!

giovedì, luglio 26, 2007

Sopre-me! Quero partir desse vazio, dessa solidão!


Um vazio latente. Um cheiro de nada latente. Um grito apertado. Uma lágrima na garganta. Uma saudade na alma. Uma procura incontida pelo que não vejo. Uma verdade inconsolável que me atordoa. Um passo desacertado rumo ao que não temo. Uma angústia constante pelo que não tenho.


Um vazio que me atormenta. Uma dia que não se acaba. Uma noite que não promete. Uma cama que me diz nada. Um corpo dilatado. Uma confiança desacertada. Uma vida sem palavras. Uma garganta com elas apertada. Uma mão que escreve desalinhado. Uns traços que correm do meu lado. Uma vontade do que não sou. Uma inverdade no que nunca tive.


Um vazio dormente. Uma incerteza penetrante. Uma visível inconstância de olhares. Uma tenra vontade de fugir. Um caminho para o nada. Um nada que desconheço. Um descobrimento contínuo de olhares.


Um vazio vazio. Um dia vazio. Uns olhares vazios. Umas mãos vazias. Uma alma vazia. Uma inquietante noite vazia. Porém a garganta presa e nem tanto vazia.

martedì, luglio 24, 2007

A vida ritmada nos novos traços!!!

Foto: Francieli Rebelatto
Ritmos
Desconcertantes
Dos pés
Nervosos
Mal-arrumados

Ritmos
Angustiantes
Dos leves toques
No teclado

Ritmos
Envolventes
Da presença
Minuciosa
Dos teus traços

Ritmos
Novos
Descrente
Cúmplice de
Mais uma tarde...

venerdì, luglio 20, 2007

Perfeitos traços de passos indefesos numa tarde de sexta-feira!!!

Foto: Francieli Rebelatto

Imperfeitos
traços perfeitos
ao meio-dia
a meia luz
do fim do dia
que em meias palavras
contemplo teu olhar
sem olhar
nos passos apenas
dispersos
cada qual para seu lado!!
Sem paz de espírito, nesta semana
cá também estou!!!

mercoledì, luglio 18, 2007

Uma linha: tênue e sem medida aos simples mortais!!!

Foto: Fran Rebelatto

Linha

Tênua

daqui e ali

Corremos nos sorrisos soltos

nos passos largos

nas mãos suadas!!!

Brincamos nos dias brancos

também nos cinzas

e nas cócegas ao meio-dia!!!

Cantamos nas madrugadas

nas avenidas

e nos desencontros de nossa vida!!!

Choramos nas linhas

nos traços

e nos embaraços!!!

Vivemos por fim

Contemplamos

rimamos

poetizamos

Rezamos!!!

Afinal:

A linha é tênue

e não sabemos o que existe do outro lado.

Breves palavras as pessoas que foram vítimas do descaso do nosso país...Enfim, uma linha tênue e sem medida aos simples mortais!!!


lunedì, luglio 16, 2007

A contemplação do que não se conhece, senão lentamente!!!



A arte de contemplar é a arte de seduzir e ser seduzido pela vida. Confesso que essa idéia tomou posse dos meus pensamentos há poucos dias, depois de uma viagem a Porto Alegre. Sim, precisei fugir do meu cotidiano para me dar conta da arte da contemplação, mas isso não se deve somente ao fato de que passei dois dias em frente a exposição do Goya, de Vera Chaves Barcelos, assistindo A Medéia, O Horla, obras de Iberê Camargo. Esses pensamentos se devem especialmente a uma mudança de percepção de mundo.

Dizem bons e velhos amigos que isso acontece todo o dia comigo. Quem me dera amigos, enquanto esbravejo filosofias apaixonantes por novos sonhos, meu interior continua insistindo nos mesmos valores de vida. Mas isso vem mudando, creio que muda conforme nosso amadurecimento. Que acontece de forma calma, silenciosa, e só o percebemos quando nos damos conta da nossa forma de pensar, ou então da nova forma de contemplar a vida.

E é neste ponto, que queria chegar. Percebam caros leitores que este é mais um daqueles longos textos frenéticos e confusos, onde nada fica muito claro, por que a mão que a escreve está mais uma vez emocionada pela mudança. Mas enfim, tenho percebido e creio que os senhores também que temos vivido nossa vida de uma forma ínfima, vazia, corremos dias e nos dias em busca de algo que na verdade não entendemos ao certo o que é. Dizem alguns que é felicidade, outros falam em bem-estar, tranqüilidade, riqueza, amor. Mas será que já paramos para contemplar o verdadeiro sentido de tudo isso para nossas vidas, para nossas essências? Não sei, aliás, não, nunca paramos. Tentamos sempre fugir deste ato, por que quando paramos para fazer isso, nossa vida se torna mais bonita, mas fantasiosa, e assim quem sabe mais sem graça.

Pois, somos educados a lutar e buscar a dificuldade, isso nos engrandece, nos dignifica, mas quem sabe o que é dignidade se nunca a contemplou? E assim, deixamos de contemplar os olhares, as cores das ruas, as sensações de cada dia, o ritmo daquelas canções, o suspiro da pessoa ao lado no ônibus. Deixamos de contemplar nossas fraquezas, nossas vitórias, nossos sonhos. E apenas vivemos, assim meio que sem sentido, um dia após o outro.

Mas, senhores se pudesse lhes dar um conselho que pode mudar suas vidas, diria: Contemplem o mundo, assim, de uma forma pura, com um olhar calmo, e com paixão no coração e verão que a vida fica mais bonita, os problemas mais brandos e os olhares mais verdadeiros. E assim tudo vai tendo um sentido, sem sentido. Afinal quem disse que a arte de contemplar precisa ter sentido, aliás, quem disse que precisamos de respostas para tudo?

Bom, bom, paro por aqui, por que essas palavras ainda sujariam páginas e páginas deste modesto caderno virtual, afinal a arte de contemplar não te da limites para você perceber a vida com outro olhar.

Este texto é fruto da contemplação, aos ritmos, palavras, poesias e entrelinhas do olhar de um novo amigo nos meus dias. Ele há de entender, já que a pipa foi solta para o mundo, já que ele, creio já tenha experimentado a arte de contemplar suas próprias fúrias.

venerdì, luglio 13, 2007

Na ausência esperamos!!!



vedado o pensamento
vedado os olhares
vedado os minutos
dos teus passos

Limite intenso
entre o fim de dia
entre a luz
que cai
sobre o fim dos passos

Passos e passos
que ali ausente
estou a esperar!!!

martedì, luglio 10, 2007

Na linha? Do Metrô, só se for!!!

Foto: Leonel Henckes

Estava frio! Mesmo assim meus ombros permaneciam descobertos. O metrô andava depressa entre o Aeroporto e a parada que tinha que descer. Mas te vejo pelo vidro entre um vagão e outro. Aproximava-se!

Eu suei a mão como de costume. Estávamos longe nesses últimos dias é fato, mal me lembrava do nosso último beijo, mas seria capaz de descrever cada detalhe dos teus traços e dos teus sabores.

As pessoas ao redor ficaram curiosas ao ver nossa aproximação, ao mesmo tempo paracem que não nos viam, se que era possível dizer que ainda existia alguma coisa entre nós. Mas você levemente me abraçou e me beijou o ombro, o pescoço. E então entrou de novo na minha vida!

O metrô parou, tinha que descer, você ficou e eu entre a harmoniosa sensação dos teus lábios e da angustiante sensação do metrô que andava para longe, bem longe...

Acordei, terça-feira de manhã, estava em Santa Maria e o metrô? Estava bem mais longe, teus beijos guardo comigo, nos meus ombros, nos meus cheiros

venerdì, luglio 06, 2007

Soneto imperfeito da saudade de outros dias!!!


A vida de leve
a vida abrupta
descalça
madura
a vida num toque
a vida com força
confusa
precisa
a vida manhosa
a vida tenra
vazia
transparente
a vida leve
no toque
suave
na saudade
da tua mão
em fim de dias!!!!

martedì, luglio 03, 2007

Era noite!! E uma penumbra nos teus passos!!!


Era noite. Uma penumbra invadia as ruas sombrias. Sombras? Sim, apenas sombras. E eu ia diminuindo na cama, cada vez menor, cada vez maior. Uma confusa insistência de permanecer acordada, mais uma ainda uma insistência de continuar pensando na penumbra da noite, dos passos incertos e quem sabe apenas passos dispersos...

Mas ouvia os passos, não sabia aonde iam, não sabiam como viriam, e cada vez mais a penumbra os afastava, os aproximava. Uma dualidade constante na minha cama, nos meus sonhos, uma dualidade constante na rua.

Era noite e o vento batia na janela fria, ouvia mais uma vez aqueles vibrantes precipícios que se aproximavam. Sonhava, delirava entre os sonhos que invadiam constantemente aquela noite de penumbra. E ela invadia teus passos, minha angústia e o que eu não queria acreditar.

Acordada permanecia na luta ferrenha entre meus próprios voadores, que me deixam assim perdida na penumbra, da torturante luta de todos os dias..Uma noite de insônia, numa noite de penumbra em que teus passos, me fazem pensar no incerto, indevido, no que eu mataria!!!


Nada demais, leitores, apenas uma viagem de uma madrugada perturbada, apenas uma a mais!!!