mercoledì, aprile 25, 2007

A alma, a água!!!

Foto: Francieli Rebelatto


A alma, tão limpa
tão calma

a alma, tão bela
tão fera
A alma, quieta
inquieta

A alma, na carne
na terra

A alma, na luz
me conduz

A alma, no grito
no perigo

A alma, facera
cabrera

A alma, na cara
lavada...

A alma, por fim
na água
mais uma vez lavada!!!


E não esqueçam de visitar meu novo blog! Poesia? Sim, mas é uma narrativa inscrita em luz, amanhã com novas postagens no http://www.cameranamao.blogspot.com

martedì, aprile 24, 2007

Novo blog!!!

Gente, uma nova etapa...para isso um novo blog, que trata de fotografia, que expõe um pouco de jornalismo literário e de muita luz, afinal ele é A narrativa inscrita em luz. Aí vai o link, quando passarem por aqui, dêem uma chegadinha atá ali http://www.cameranamao.blogspot.com

Caminhos...caminhos!!! caminhar, então!!!

"Caminhante não há caminho, o caminho se faz ao caminhar"

Foto: Francieli Rebelatto
Lembro-me que desde o primeiro dia em que ouvi está frase através do mestre Adair Caetano Peruzollo me emocionei , tanto que consegui uma foto para essa frase que até hoje está lá grudada na porta do meu velho roupeiro. E te conto, como essa foto trouxe polêmicas para a família 3119 (ap. onde moro, com a galera). Sim, numa noite falta luz na universidade e nós (mais ou menos uns 6) já estávamos cansados do marasmo daquela noite, tínhamos tentado chamar espíritos, já tínhamos contado todas as histórias macabras, mentiras também foram muitas.

Então passamos a olhar a foto que representava essa frase. Sim, era um casal que andava na praia, eles estavam de costas para nós. Mas, aos poucos percebemos que tinha algo de muito mágico naquela foto, eles se moviam. Sim, o casal caminhava e seus passos cada vez mais iam se formando na areia, alguns de nós diziam que eles conversam animadamente, outros diziam que eles estavam numa discussão descontrolada. Os mais descrentes lá de casa preferiam nem olhar e diziam que nós é que estavámos muito perturbados naquela noite.

Estávamos de fato perturbados, quem sabe não seria somente por tudo que aquele casal vivia no momento, mas de repente por nós não sabermos qual seria nosso caminho, ou pior por não termos consciência de como estamos vivendo nosso próprio caminho. O caminho se faz ao andar isso é certo, mas como ter certeza de como andar?? De que passos seriam os melhores, de como nossas marcas moldariam melhor o chão..

Bom, bom, mas isso é discussão para outro dia, hoje trago à vocês essa pequena reflexão no sentido de dizer que acredito muito na possibilidade dos caminhos, na possibilidades de um casal numa foto se movimentar de verdade numa comunicação mágica, e que os caminhos se fazem ao caminhar. E aí, és caminhante? Se o for, vamos juntos na busca desse caminho que jamais terá fim.

Mais uma noite de devaneios no 3119, mais uma lição de vida...Um pouco mais de caminho, então!!!

domenica, aprile 22, 2007

Sorriso audível, quem sabe somente folhas!!!

" Sorriso audível das folhas, não és mais que a brisa ali, se eu te olho e tu me olhas, quem primeiro é que sorri? O primeiro a sorrir ri"

Fernando Pessoa

Ontem disse que me retiraria, mas não me aguento preciso escrever antes de enlouquecer!!!

venerdì, aprile 20, 2007

Vago!!! Bem vago, muito vago e continuo a vagar!!!


Vago, vago, mais vagacidades
Vagando não penso
Não pensando sou vago
Então vago, vago, e vago!!!

Vago em busca
Do que sou
Ou que eles dizem ser...
Sou o espelho
Por isso vago, vago, e vago mais
Por isso vagueio
E por vaguear não penso
Vago, vago, vago!!!

giovedì, aprile 19, 2007

Que o Blues não seja o último!!!


Tinha tudo para ser uma noite perfeita. Um som legal, uma cerveja bem gelada.aliás falando em som legal falo de Eddie Campbell e por isso falo de blues e para mim, blues têm ritmo de sexo. Segundo um amigo, blues é o ritmo, a essência, a vivacidade de uma relação sexual. Eu não tenho dúvida nenhuma, quanto mais ao som do cara.

Mas como dizia tinha tudo para ser uma noite feliz, mas o dia tinha sido pesado e mais uma vez de uma forma inconseqüente julgo a pessoa pela qual mais amo neste momento na minha vida. A pessoa que consegue deixar meus dias mais leves, que consegue só com sua presença me trazer paz, desconforto, angústia, paixão. Enfim, é a pessoa. Julguei, por que me magoei, por que tenho estado nos últimos dias no meu limite físico, psíquico, mental. Sim, preciso fugir dessa cidade, mas estou presa pela lógica dessa hipócrita sociedade.

Enfim, o show foi um grande sexo, com as minúcias, com os toques, com a essência, mas sem o gozo, por que não tive como relaxar. Estávamos ali, mas de que adiantava, não estávamos também, mas será que algum dia você esteve? Mais uma dúvida, mais um julgamento, tenho medo do teu olhar hoje.


Por tudo isso, me resta fotografar o pé e as letras de nosso grande Eddie Campbell, pois fui nocauteada pela vida e no chão é o meu lugar. Mas que postagem desabafo, e que triste fim!!! Espero que não o seja! Espero que o blues nos perdoe então!!!

lunedì, aprile 16, 2007

Destruo-me!!!


Destruo-me aos poucos
Dilacerando os tímpanos
A alma inquieta
O canto do olho
Dói, dói, e dói mais

Destruo-me aos poucos
Pensamentos vagos
Intensidade na garganta
O grito apertado
Dói, dói, e dói mais

Destruo-me aos poucos
Passos incertos
Certezas do nada
A indecisão do não querer
Dói, dói e dói mais

Destruo-me aos poucos
Meus tímpanos
A visão perturbada
A sensação não nítida
A inconstância da indecisão
Dói, dói e dói mais

Destruo-me aos poucos
Dói, dói, e dói mais
Ele se põe,
Se vai
Cá estou a admirar
Respostas?
Destruo-me aos poucos
Dói, dói, e dói mais...

Dói, e o grito fica guardado!!!

sabato, aprile 14, 2007

Agora que faz parte do meu livro, um novo olhar!!!


A melhor sensação desta vida, ao menos na minha é perceber que os personagens que tu quer para tua vida aceitam participar dela. Eles vêm da maneira mais humana e mais digna de serem motivos de linhas e de entrelinhas. Sim, chegam mansamente.

Primeiro eu como autora deste livro, coloco o olho, tento tirar da aparência do personagem um pouco de sua essência, mas sei que uma coisa não equivale a outra. Por isso me torno observadora, devagar, com passos breves me aproximo, tento seu olhar, mas me contenho afinal acredito que existem momentos para que se comece a escrever os personagens.

E foi assim com mais esse personagem, eu sabia desde o primeiro momento que ele seria um personagem que renderia muitas páginas, apaixono-me facilmente por personagens que tem essência, que são inconformados com as coisas, que são puros. Não que eu acredite que este pela qual me refiro seja totalmente puro, ao contrário, não o é, pois é inteligente. E os personagens inteligentes sabem muito bem como se mostrar ao autor, como sua história ficaria melhor escrita.

Mas ele chegou, na sua inocência de que tudo foi mero acaso, mas sabe ele que essas páginas já se desvencilhavam da minha pena há tempos. Apenas o momento certo, meia dúzia de palavras, e então somos cúmplices. Conto-o do meu livro e ele têm consciência do seu papel, um longo papel, não tenho duvida que será motivos de histórias e histórias. Mas sabe ele que escrevo seu início, seu meio e seu fim, mas isso se dará com o tempo.

Pois é assim, com o tempo os personagens tomam consciência de si mesmo e então tem o livre arbítrio de seguirem seu caminho, mas eles sempre vão seguir seu caminho sabendo que tiveram um papel na minha história e isso como autora apaziguará a falta que eles fazem nas minhas linhas.

Fecho a porta! E não tenho dúvida, ele voltará e então viramos mais uma página.

giovedì, aprile 12, 2007

Noites de divagações filosóficas me deixam assim...perturbada!!!


Divagar filosoficamente a partir de devaneios sórdidos, e por que não os mais poéticos? Sim é assim que gosto de acabar minhas noites (algumas é claro) balbuciando o teatro, a música, a ontologia fotográfica e para isso um enunciatário, que nada verdade nada mais é do que o enunciador número 2. E aí se vão as subjetividades, as objetividades, a discursivização.

È nessas andanças filosóficas que se engendram as embreagens, as debreagens da linguagem. O enunciado que se difere da enunciação no plano do conteúdo. E nesses devaneios, o personagem é a própria morte com medo de ser descoberta, para isso enlouquece na busca contínua pela impossibilidade da sua impressão digital. As palavras são curtas, mas os pensamentos profundos.

O silêncio então para entre os dois enunciadores. O espaço, o tempo, os actores, tudo se dispersa no ar da reflexão minuciosa de cada palavras. Parecemos loucos, e aos poucos o somos. Nossa loucura doce e intensa perpetua na nossa noite, nos nossos passos, nos nossos textos, questionamos os fenômenos, os olhares, as vãs e não vãs filosofias. nos questionamos. Aos poucos percebemos que somos meros personagens imersos num grande divagar inconstante de teorias e teorias que fogem senão do nosso próprio medo de nos conhecermos a fundo.

Tudo isso então em meio ao discurso, ao concreto, ao abstrato e arte tem uma única explicação: somos humanos, e por assim o sermos nunca estaremos satisfeitos. Boa noite, então meras filosofias, amanhã mais dúvidas nos esperam na nossa modesta, simples e compreensível vida.

martedì, aprile 10, 2007

Vitrais de névoas lúcidas!!!

Foto: Francieli Rebelatto

Sussurado é seu piscar
Que breve se desvencilha na possibilidade
Quem sabe veria então?
Seus pés calmos deslizando um contra o outro
As mão mansas roçando devagar?

Sussurava o seu despertar
Quem sabe veria então?
Seu verde olhar na tocante manhã
Os dizeres quentes nos vitrais de névoas?

Sussurava os desejos incomodados
Quem sabe veria então?
O caminho neutro da escolha
A luz tenra de seu divagar primorozo ao nada?

Sussurava de leve a pergunta
Quem sabe veria então?

domenica, aprile 08, 2007

Foi-se as verdadeiras páscoas e eu cá permaneço vazia!!!

Nada, simplesmente nada insiste em vir nessas mãos vagarosas e nem na memória. Nada, nada de idéias, nada de sentimentos, então será que vou para uma festa afastada desse mundo, ou então vou ali do lado tomar uma cerveja.

Mas é páscoa!! Feriado na cidade, as pessoas passeiam com suas famílias e enfim tomam mate sem ter hora pra entrar em casa, vão ao shopping comer alguma coisa, rezam. Mas, somente é feriado para as pessoas normais, sim por que jornalistas estão aí sussurrando ao meu ouvido. E eu que sou um protótipo frustrada de jornalista, to aí sem família, sem feriado e sem idéias...

Uma postagem de páscoa falaria de partilha, da pessoa que foi Jesus Cristo, de ovos de chocolate, mas o fato é que não estou sentindo essa tal páscoa. Pois, diferente das outras estou longe, não comi peixe na sexta_feira santa, sim, acordei as duas da tarde, às 3 tava trabalhando. Diferente das outras páscoa sou adulta e mesmo que participasse da via_sacra não ia ser uma daquelas crianças que segura a velinha numa das estações.

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16...Opa são quinze as estações, são mil as razões para vive-las. O fato é que cada um de nós independente de sua cruz somos um pouco Jesus na nossa vida e temos um papel a ser comprido. Você já sabe qual é o seu?

Ai, ai, cá estou a divagar, sem ter o que falar e nem mesmo tenho neste ano uma opinião formada sobre a páscoa. Opa! O telefone toca mais uma vez. Sim, é noite de festa, num lugar afastado! Vou-me, então!!!
Essa foto é da minha irmã, que hoje sinto muita saudade...Afinal todos lá e eu solamente cá!!!

giovedì, aprile 05, 2007

Atribulações!!!


Dizeres, dizeres, não caberiam ...
Nas minhas palavras mal traçadas,
Quanto mais nas minhas atitudes atribuladas...

Aos passos assim confusos,
Os olhares de que não quero ver
Tudo seria solidão, mas tudo é um grande engano.
A minha mão, a tua mão
A indecisão e a angústia do querer
E a certeza que se apresenta
Assim, abruptamente
A certeza insistente
Do pensamento que me traz uma louca tempestade.

Mas enfim, como Ana Carolina insiste em dizer
Eu só queria saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua.
É minha procura por si só
Das luzes que teus olhos não tem me deixado ver.

Antes de tudo a verdade dos teus olhos
A verdade de nossas atitudes
Do ato constante de fugir
E quem sabe então meu grande engano
Mas prefiro aceitar meu amor apenas
O consolo dos dias mal durmidos
Das noites exaustivas de músicas chorosas ao ouvido

Um vinho, dois vinhos, mais um vinho e
Assim o vício que afugenta nossa racionalidade
Dos dias longos na tua presença angustiante
O agir, o não agir, o querer e o esquecer.
Tudo como um turbilhão de descrenças
E mais uma vez olho a cidade ao redor
E nada me interessa!!

Meu coração sempre nas curvas
Mas será que seria ao certo sair nessas horas de confusão
Chamaria-te, gritaria entre os carros
Você repararia em mim
Você daria mais que míseras migalhas para nós
Daria chance de vivermos, antes que a distância se perpetue
Mas eu nunca volto atrás...
Não escondo a pressa e nem me escondo...

Pixaria sua rua, gritaria, bateria na sua porta
Nua, quem sabe fria, quem sabe assim
Você me daria míseros dias, ou apenas minutos
Para nós, para nossas incertezas
Mas não, você insiste em fingir que não esta nem aí
Que tudo passa despercebido, quando na verdade
Você queria estar no lugar de todos, e todos
Por que assim você estaria comigo...

Não viver como alguém que espera um novo amor
Vou num caminho onde muito além eu quero ter
Olho o rio por onde a vida passa
E nunca perdi a hora
Pra mim agora, vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender e você?
Eu vou lembrar você?
Ou você estaria comigo!!
Há ainda uma chance e eu grito e brigarei por ela.
Pois se eu for, não vou ir sem um pedaço de ti...

Mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessa e palavras que aguardam a hora pra contar
Coisas sobre mim que talvez você não queira ouvir
Vou!!! E você vem comigo!!!
Se for preciso enfim eu sumo...
Se for preciso enfim eu morro!!!

martedì, aprile 03, 2007

Era uma vez, uma segunda-feira feliz!!!

A segunda-feira teria sido assim: Eu descendo da solidão, sob um céu azul, atirando os resquícios num pano de jogar confetes. Sim, eu e Zé ramalho. Espalharia flores laranjas, verdes, espalharia os sorrisos faceros, as recordações bonitas. Eu vou me jogar, a meros devaneios a me seduzir, espalho-te mais uma vez sobre um chão de giz. Nem mesmo uma camisa de força, mas quem sabe a de Vênus. Então teria que partir!!! Sim, uma segunda devaneios.

Mas era segunda e era dia de encontrar a face de tantas razões, a ilusão de tantas possibilidades e a razão de tantos nocautes. Para sempre fui acorrentado no seu calcanhar. Meus 20 anos e mais quantos forem, mas nem Freud explica, nem mesmo os cigarros, quanto menos as nuvens azuis. Nada explicaria o que era para ser apenas mais uma segunda-feira e se tornou: o grito!!!

O grito na garganta, à vontade de ir embora e a vontade de ficar, mas o que você quer então, jogar na minha despedida o teu medo, a tua incerteza? Quando sou e apenas eu que devo sentir-me assim...

Lágrimas contidas no divagar baixinho de nossas palavras agressivas. E eu vou embora acreditando mais uma vez que nunca mais as segundas serão as mesmas. Não enquanto você fizer parte dela, e de todos os outros dias...E eu pediria antes de ir embora, para viver mais e ter motivos banais para te esquecer ao menos um dia na minha vida. Até lá, eu ainda busco uma segunda-feira de céu azul e de razões para apenas sorrisos bonitos.


Maldito beijo na face!!! E uma postagem banal!!!

O nervo se contrai!!! Com precisão!!! Nos aviões!!! Casas velhas, casos morra!!! Temer!!! O casamento, rompimento!!! Quero mais te ver!!! Os meus cometas se agrupam no meu sol!! E as querubinas, meninas, rever!!! Padre para benzer!! Com devoção!!!

Tudo tão confuso quanto eu me sinto...Na lona vou a nocaute outra vez, maldito do teu calcanhar!

domenica, aprile 01, 2007

Tempo, corre nas horas mortas de mim mesma!!

Ai o tempo!!!
Se desmancha abruptamente
na face enrugada...
que se desfaz nas palavras descrentes
nas razões e iludidas de um fim!

Ai o tempo!!!
Impreciso nas suas próprias rugas
nos meandros de sua cor
no seu corpo desmantelado
de porvir!

Ai o tempo!!!
Desafia a alma desafeta
a inconcretude de nossos atos
a banalidade de nossas manhãs curtas
de nossa ternura fria!

Ai o tempo!!!
Desarma a descrença na palavra
a impossibilidade do olhar
a verdade dos traços
Enfim, desarma meus passos
e me faz andar mais depressa...

Ai o tempo!!!
no reflexo dos meus discos
das minhas horas
e por que não do meu quarto
No reflexo de mim,
da minha poesia,
enfim, de mais um fim de dia!