venerdì, giugno 30, 2006

Sentir que ainda posso ter o reflexo do teu verde olhar, me deixou mais forte...

Mais uma tarde comum. Correria, computador, script, pesquisa (que não anda), falta de inspiração e pensamento em você. Sim, jurei na noite anterior que esqueceria que passaria. Mera ilusão. Pensava em ti, e isso não mudava, penava por saudade de ti e isso não mudava.

Procurava-te nas várias páginas abertas da internet, queria um sinal, na verdade o evitaria. Na mesa do lado, tudo permanecia parado. Só meu celular que resolveu tocar. Pensei no momento que seria algum banco querendo acordo das dívidas (hehehe), algum colega querendo algum favor, ou sei lá qualquer pessoa. Mas bastou olhar o visor para me dar conta de que era meu pensamento, era seu nome na mais perfeita forma, era você? E agora o que dizer?

Tremi ao atender, queria ter dito oi, afinal bastaria, mas disse alô, por que não sabia como agir. Minhas palavras foram breves, despreparadas, pois bastava te ouvir. Tua voz me parecia estranha, mas estava ali a me tocar, a me invadir. Poderia ter dito coisas bonitas que sempre escrevo, poderia ter perguntado sobre tua vida, poderia ter falado à falta que sinto de ti, mas não. Permaneci, ali, imóvel, só ouvindo, atrapalhada, tremendo, encabulada. Por quê?

Você diz tchau, um beijo, e eu? Queria tanto te dizer, mais, bem mais. Mas e aí o que fazer? Isso é o que ficou: o reflexo de teus olhos verdes na minha mente, o som da tua voz e meu desejo de falar bem mais, muito mais. Mas era só uma linha telefônica, e isso parece bastar, mas infelizmente eu quero mais, infinitamente mais, falar, tocar, ter. Quem sabe assim falaria o quanto... Bah, caiu a ligação...Que droga essa tecnologia, pior essa distância. Por quê?
Na foto, o Monte Grappa, em Ivorá , na quarta colônia, um fim de semana perfeito. Dia 25/o6/06. Só não tão perfeito, por que faltou teus olhos, que são tão perfeitos quanto. Nossa! Voltou o romantismo... salve o ritmo dos versos e a cadência das idéias.

martedì, giugno 27, 2006

Vamos lá...Pra frente Brasil, com cara de Brasil...

Santa Maria estava agitada na manhã de sábado. Estudantes de Artes Cênicas protestavam por mais espaços culturais, mas eu queria apenas a batida perfeita. Do coração, quem sabe, na verdade apenas uma foto que de certa forma remete a lembranças do meu coração (nossa, que profundo). Estava a procura de alguma coisa que caracterizasse bem a torcida do Brasil pela nossa seleção. Depois de mais de uma hora pelas ruas da cidade, nada mais vi do que camisetas e bandeiras verdes e amarelas vestidas em pretos, que me lembrariam Gana, então evitei. Depois vi outras camisetas vestidas em brancos, que me remetiam a italianos e alemães, em fim não serviam. Mas não queria desistir, sabia que alguma canto dessa cidade iria encontrar a imagem perfeita, algo bem diferente e que carregasse sim a verdadeira identidade brasileira.

Continuei minha procura no calçadão da cidade, sem pressa. Caminhava, sentava, batia umas fotos, mas nada me inspirava o suficiente para fazer qualquer homenagem a copa. Até que depois de muito tempo, estava quase desistindo, quando vi uma cena muito perfeita. Sim, duas meninas índias brincavam com uma bola no calçadão, uma de tão pequenina, só rebatia a bola entre gargalhadas, a maior já conseguia agarrar a bola e apresentava Ter muita intimidade com ela.


Não é que minha sorte estava realmente grande, pois além de ser uma bola, era uma bola verde e amarela, com o nome do Brasil, que apesar de na foto estar de cabeça para baixo, assim como o Brasil óbvio, representa como nunca nosso povo. Sim, era de índios que eu precisava para representar nosso povo, e era de um sorriso desses que a lente da câmera queria captar. Sentei-me com elas na rua e então desfrutamos de momentos bem agradáveis entre uma brincadeira e outra.


Bom, mas agora o que tenho para dizer entre o bom e o ruim do futebol é que quero compartilhar com vocês da minha torcida pelo Brasil e desses momentos que presenciei. Pois minha busca pela batida perfeita tem tudo a ver com o nosso povo, índio e bola, quer coisa melhor. Pois é, depois da vitória encima de Gana, depois de um final de semana todo com meu pai, agora me sinto mais segura para torcer pelo Brasil e por nós brasileiros e me sinto mais segura de colocar qualquer foto aqui.


Vamos lá então!!! Pra frente Brasil, salve a seleção!!!

venerdì, giugno 23, 2006

Minhas meninas...uma breve homenagem...

O mundo pararia com...
Sua gargalhada gostosa
Criatividade inusitada
Brincadeiras de criança
Porém, quase mulher...

Sorriso libertador
Sonhadora infindável
Olhar curioso
E o jeitinho mais amável...





Essa é minha menina
Tão radiante quanto as estrelas
Tão profunda quanto a poesia
Não tem como não amá-la ao vê-la...

Apenas mais um ano desponta
Apenas mais uma ano que enfeitas
Enfeitarás ainda muitos jardins

Mas será sempre a minha criança...

Egoísta sou ao querer que seja só minha
Enfim que o mundo a tome nos braços
Pois é minha pequeninha
Que desejo dar um imenso abraço...

Essa é minha homenagem as minhas duas pequenas, minha irmã Tati que está de aniversário hoje...e minha irmã Gracieli que está precisando de umas vibrações positivas para sua vida...Amo vocês e isso basta.

A foto creio que não preciso dizer nada, a não ser sua localização. Ela foi tirada quando estive na Amazônia, durante o Projeto Rondon e através dela lembro com saudade das outras meninas que lá conheci, as meninas ticunas, que me conquistaram e deixam com imensa vontade de voltar...

lunedì, giugno 19, 2006

O que será isso? Apenas uma segunda-feira, quente...

Teu corpo sedento de carne/
tuas mãos sedentas de seios/
tua boca sedenta de escarro/
teu membro sedento de mim

Boca/saliva/cheiro/esperma/gritos/dizeres/me chamas de vadio/puta. Ufa! suor/calafrio/tremo/tremes/assim no vazio.

Grita/Grito/me come/me lambre/me cheira/quer mais. Então larga sobre mim, o branco, contrário de tua pele/o gemido contrário de tua descrição/o olhar satisfeito de tesão.

Ufa! Cansei, cansaste? Pois, foi só impressão...

sabato, giugno 17, 2006

E elas me virão, as metáforas?

Sexta-feira à noite, sim dia, aliás, noite de ir ao DCE, e eu? Mais uma vez me recolho num quarto frio, penso em alguns filmes que posso assistir e aproveito minha solidão para me inspirar. Não entendo, mas ultimamente ando mais romântica do que o normal, segundo amigos, meu jeito “Fran de ser” permite isso, na verdade eu que não me permitia, até então. Escolho assistir O carteiro e o Poeta, por que aí está três coisas que fazem meu olho brilhar ainda mais nessa vida: cinema, literatura e Pablo Neruda, e o comunismo? Não, esse prefiro não comentar.

Não é a primeira vez que assisto ao filme, mas o momento pela qual passo pela minha vida me permite mais uma vez assistí-lo, pois ando muito inspirada e nada como ouvir palavras belas de um mestre, mesmo que na ficção, para tentar encontrar o caminho certo das rimas e das metáforas. Mas o que são metáforas? (Mário Ruopollo) Metáforas são feitas constantemente e creio que aqui não vem ao caso explicar. Só sei que brilha em ti a esmeralda mais perfeita (seus olhos verdes, quem sabe?)

Sei que o filme traz tantas lições de vida que fiquei extasiada como da primeira vez que o assisti, pois vivemos entre a busca do amor e da aceitação, não é mesmo? Bom, mas não é minha intenção me deter nos méritos do amor no filme, mas sim na descoberta da poesia como algo renovador e engrandecedor da personalidade humana (isso, sim foi profundo).

Mas como alguém se torna poeta? (Mário Ruopollo). Tente caminhar pela costa até a baía lentamente e olhar a sua volta (Pablo Neruda) Elas virão até mim, às metáforas? (Mário Ruopollo) Certamente.(Pablo Neruda). Sim, isso que é uma resposta digna de um grande poeta, pois não existe nenhuma fórmula mágica para se tornar um poeta, mas sim existe possibilidade de aos poucos irmos ensinando nossa sensibilidade a se dar conta do que pode se tornar poesia. E certamente tudo pode ser poesia, afinal como diz no filme, “por que um poeta não poderia pensar enquanto descasca cebola?” E convenhamos descascar cebola é algo extremamente inspirador, assim como caminhar lentamente e perceber as coisas ao nosso redor, assim como correr sem sentido para qualquer lugar. Assim como ir ao cinema, assim como deitar numa cama gelada e olhar para o teto vazio.

Nossa! Creio que nunca escrevi tantos absurdos e obviedades, mas é por aí que começamos a deixar nascer nosso poeta, quando duvidamos das obviedades e aproveitamos os absurdos. É como juntar a história do Príncipe encantado, que chega com um cavalo branco, uma caixa de chocolate, e o sapatinho da Cinderela, mas então descobre que vai ter que subir pelas tranças da Rapunzel, pois nada é fácil, nem para um príncipe. E quando chegar até a janela da princesa vê que ela está cercada de 7 anões. De fato parece absurdo, mas a poesia te permite recriar a vida de uma forma absurda sim, porém digna de aplauso e de lágrimas nos olhos.


Estou cansado de ser homem (Pablo Neruda) às vezes também me sinto assim (Mário Ruopollo, Francieli Rebelatto). Como poderia me explicar isso, Grande poeta? Quando você explica a poesia ela se torna banal, melhor do que qualquer explicação é o sentimento que o poeta pode revelar a uma alma suficientemente aberta para entendê-la. (Pablo Neruda). Creio que posso me abster de maiores explicações, ou então de opiniões pessoais, por que aí estão sábias palavras e não merecem que eu as conclua, fiquem a vontade leitores e julgam como quiser, eu achei perfeito. Para suprir minha falta de conclusão, desnecessária é certo, lá vai alguns trechos de poesia...

O mar...ele acaricia, beija, molha
e bate no peito repetindo seu próprio nom
e



Nossa! As palavras iam para frente e para traz com o mar...Esse é o ritmo, como um barco balançando no sentido das palavras ( Mário Ruopollo e sua primeira metáfora.). A riqueza primordial da poesia, despertar no leitor, o ritmo condizente com suas palavras, a sensação condizente com o que o leitor precisa para a sua vida. Pois a poesia não é de quem a escreveu, mais sim de quem a precisa. Não acham? Democrático, sim, porém, extremamente real? Quantas vezes precisamos nos apegar a poesias para entendermos nossa própria vida, ou para termos coragem de continuar nela, ou então mudá-la? Quem nunca precisou que atire a primeira pedra. E quanto atirar perceba que estará sujeito a fazer tua primeira metáfora.

Mas se eu fizer metáforas sem intenção? A intenção não é importante, pois as imagens nascem espontaneamente (Pablo Neruda). Quer dizer que o mundo inteiro é uma metáfora para outra coisa? Certamente. Mas o poeta precisa conhecer seu objeto de inspiração, ou ao menos ter uma noção básica para que na sua mente comece e se formar suposições daquilo que lhe inspira, pois não temos como escrever sobre algo que nosso cérebro não tem em seu repertório (teoria da comunicação/semiótica, enfim).

Enfim, até a mais sublime das idéias pode se tornar boba quando dita muitas vezes, por isso, chega de tentar aglomerar palavras sobre poetas, se na verdade temos é que viver como poetas. Bom, ou ruim? Bom, por que temos a sensibilidade de ver mais facilmente as coisas e de encontrar saídas para resolvermos nossos problemas, mesmo que isso fique no papel. Ruim, por que percebemos demais a dor alheia e por que sofremos demais com nossa própria dor. Mas se você acredita que vale a pena, quando a vida for motivo de poema, então não desista de encontrar o poeta que mora dentro de si, nem que ele nunca venha escrever, mas que ele tenha a sensibilidade de fazer com o mundo seja mais justo e agradável.

Estou cansado de ser homem, Mas por que se até mesmo o mar, acaricia, beija e molha? Poesias e metáforas lhes peço que nunca saiam da minha vida. E agora vou andar lentamente da “costa até a baía” e observar ao meu redor, “da janela do quarto até a sala” e observar ao meu redor, “do chuveiro até o espelho” e observar o poeta que está ali refletido... E se ele ainda não nasceu, então estejamos preparados para o parto.

Yo vine aquí para cantar
y para que cantes conmigo.

Bom, aí vai três dicas para esse final de semana cinzento. Primeiro assitir o filme o Carteiro e o Poeta, uma obra do cinema, para rir, aprender e chorar, é óbvio. Segundo leiam o livro Um chute na rotina, de Von Oech, é bom para nos darmos conta dos papéis que devemos exercer em nossa vida e de que como as coisas parecem menos óbvias do que as julgamos. Terceiro, ler é claro, Pablo Neruda, tanto suas poesias, quanto ler o livro Eu confesso que vivi, que é sua autobigrafia de um dos maiores poetas latino-americanos, famoso por sua militância política em defesa dos movimentos libertários. A obra, é a única em prosa de Neruda.

Quanto a foto, ela foi tirada em Fortaleza, mas a coloquei aí, por que além de ilustrar os versos de Pablo Neruda, ela mostra o céu, a terra e o mar no mesmo tom cinza, cabendo ao poeta que existe dentro de nós desvendar a dimensão que existe entre um e outro.

lunedì, giugno 12, 2006

Dia dos namorados! E mais uma vez o que dizer!

Tinha elaborado um belo texto para aqui postar sobre esse dia, mas não é que não salvei e perdi ele, que droga. Mas, enfim tive preguiça e por isso vou sintetizar em poucas palavras e com uma foto o que desejo para todas as pessoas que amam. Conheci uma nova amiga hoje pelo msn, e depois de algumas breves filosofias ela me fez acreditar que príncipe existe (tá me devendo essa parte da história, heim, Laura?), por isso mudei meu discurso, antes meu texto iria apontar coisas ruins, agora trago só palavras bonitas, por que espero que todos tenham coragem de desabrochar para o amor e se dêem a liberdade de viver grandes histórias. Nem que não tenha cavalo branco, o importante é ter muita paixão...

O fato é que cálculos dizem que somente 20% das pessoas encontram seu par ideal. Não importa se você esteja entre os 20 ou entre os 80%. Se estiver entre os 20 ame, se estiver entre os 80 continue procurando. Pois, o pior de tudo, é quando tu acreditas que encontrou e não pode viver,mas isso não vem ao caso.
Então desabrochem seus corações e se permitam serem felizes...

sabato, giugno 10, 2006

Realmente! Um post desabafo!!


Uma árvore perdida no meio do caminho e quando a única coisa que ela almeja é um céu bonito e uma luz que a guia para encontrar definitivamente um caminho, certo, errado, quem poderá dizer. O fato é que ela deseja desesperadamente ser feliz. Suas raízes estão fracas e seus galhos aos poucos podados, suas folhas. A! essas somente o chão poderá tê-las... Um post desabafo, de quem está angustiada numa tarde de sábado, mas que ao menos seja bonito...



Fotos de um caminho já percorrido...Outro?? Quem sabe? Mas estou presa a este! E por mais que tente não consigo desviar, então será que devo segui-lo, sem medo? Se alguém tiver resposta me dêem uma luz...

giovedì, giugno 08, 2006

Essas noites de vento, é inevitável não escrever uma poesia...

Eu jurei que ia me aguentar, mas é inevitável, disse que ficaria dias sem postar nada para que todos pudessem ler e responder as indagações dos textos abaixo, mas ontem à noite o vento que embalava a noite, me fizeram escrever essa poesia, inspirada num desconhecido, que apreciei por momentos num lugar que a muito tempo não voltava. Me deu saudade, de que?? Não sei, mas poderia ser de tanta coisa...Lá vai o poema então...

Som leve
O toque de suas mãos
deslizavam sobre as cordas
e o violão devagar chorava
notas atrapalhadas
de uma letra mansa...

Tudo me trazia a memória
saudade de um passado remoto
o vento traz lembranças
e no ar o cheiro daquele tempo...

Escuto sua voz
tom e afinação confundem a noite
E eu lembro, escrevo e sinto...

A lua sobre nós somente observa
vai ver também sentes saudade de outras noites
E o céu continua tão infinito quanto antes
só que o antes passa...

Tu permaneces deitado
sobre ti o violão lamenta
E eu vou embora
e com palavras também lamento...

Ai! vento bate devagar
como bate as cordas e o violão
Acelerado? Só meu coração e minha emoção...
Você sozinho, ou o violão?
Eu, a caneta e a vontade
de tua voz macia...

Quem será? Não sei.
Seu rosto é indecifrável
E espero, sim, com a música o seu coração
Mas, o vento insiste em me levar, e eu?
Então, vou.
Mera covardia? Mero medo de ficar.
Será? E se tivesse ficado?
strong>
Essas respostas nem as notas, nem o vento quente
podem me dizer.
Pois fui embora, sem olhar pra traz
Mesmo que de longe ainda possa ouvir aquelas toadas...

Nessas noites de vento, lembro do meu passado, não com um olhar fatalista de Ana Terra que dizia que noites de vento lembravam sangue derramado, mas lembro de uma realidade e de um lugar que distantes se escondem no meu passado. Esses dias um amigo me perguntou por que deixavamos as casas dos pais e nos submetíamos a viver com saudade, de repente nem tando confortável? Pois é, largamos tudo isso, por que queremos muito mais para nós, eu pessoalmente por que acredito que tenho tantos caminhos a mais para percorrer. Caminhos que meu passado limitado não me mostraria. Mas, isso não quer dizer que saudades não ficam, principalmente em noites de vento quente em Santa Maria.

martedì, giugno 06, 2006

Dirigido a um grande amigo, que aprendi a amar, pois tem um brilho de admirar...

Assim somos nós, meros seres humanos. Se num dia temos o brilho intenso como o do sol em outros somos simplesmente escondidos. Ou então, temos como opção nos esconder. Dos medos? Sim, talvez da nossa covardia. Mas como é difícil ter coragem se o que mais queremos é simplesmente nos refugiar por de trás de algumas coisas. Pois, de repente podemos nessas coisas encontrar um pouco do brilho que escondemos.

Mas será que a fuga é a melhor forma de resolvermos nossos problemas? Será que se esconder em palavras, em passado e possível futuro nos salva de nossas angústias? Pois é, queria eu ter respostas para todas essas perguntas e queria eu ter o poder de trazer teu brilho que mesmo ofuscado, nunca deixou de existir. Como disse já em seu blog( www.cabruuum.blogspot.com) , meu amigo Augusto, de repente nada melhor do que rirmos interiormente ou exteriormente de tudo isso. Pode parecer banal, mas ao menos estaremos dando um primeiro passo.

Parece confuso tudo o que falo, mas é que nossa vida é muito confusa, creio que para os astros seja mais fácil. Num turno tem seu brilho reconhecido e em outro simplesmente adormecem. Nós? Ou brilhamos o tempo todo, ou então choramos por não termos tido força. Mas, eu sugiro velho amigo que encare a vida, como se encara o vento na cara e como se encara os pedais de uma bicicleta, com vontade, com serenidade e com coragem. Podemos não ser astros para ter uma vida fácil, mas temos a dignidade para nos mantermos vivos.

Mas, o mais importante de tudo isso, meu amigo é que não percas nunca o brilho que carregas no olhar e que em poucos seres percebo. O importante é vencer tuas próprias limitações e ter a cabeça erguida, mesmo que o vento bata forte e o importante é ter sempre a consciência que por trás de tudo isso, tem alguém que te admira, que te adora e que acredita ter em encontrado em ti muitas razões para também brilhar. Permito que se esconda, mas não permito que se apague, lutarei todos os dias, por mais que minhas armas sejam pequenas, para te ter em meus dias e quem sabe em minhas noites. Diz-me um professor muito sábio que amamos o outro por nos amarmos, sim eu me amo, e por isso busco em ti meu próprio amor. Sol ou a lua quem poderá desvendar esse mistério??


sabato, giugno 03, 2006

Você acredita que se ama pela falta de esclarecimento? Você acredita que a palavra destrói o amor e o beijo cura?

Uma noite de sábado chuvosa propícia para uma leitura calma, reflexões breves e palavras escritas sem muito sentido. Mas, eis que ouço o Jornal Zero Hora ser jogado na porta de casa (do meu irmão, no caso), curiosa sem muito temer abro a porta e pego o jornal, que está um pouco molhado devido à chuva que devagar cai sobre Santa Maria. Sento no sofá, divido o jornal entre os cadernos e vou ao que mais me interessa, adivinhem? Claro que seria o Cultura, e de cara me interesso por uma crônica com o título Sem nome, de Fabrício Carpinejar.

O interesse rápido com certeza foi pelo próprio título do texto, afinal nada mais curioso do que algo sem nome não acham? Bom, mas não foi difícil perceber que naquelas linhas, idéias bem interessantes dividiam espaço com dúvidas que na minha cabeça começavam a se formar. Betinho diz: Que dúvidas são essas??? Então caro amigo Betinho, o jornalista diz que quando não se entende o que se sente é a melhor parte, pois os namorados se beijam nem sempre para beijar, e sim para não ter que falar. A palavra destrói, o beijo cura”. Essas são afirmações que no texto vem permeadas de breves explicações, mas o fato é que eu não fiquei satisfeita e comecei a buscar respostas entre amigos que estavam no MSN, ao invés de afirmações, lancei a seguinte questão Você acredita que se ama pela falta de esclarecimento? Você acredita que a palavra destrói o amor e o beijo cura? Lau diz:Dá pra acreditar que se ama pela ausência do esclarecimento. Mas não por aquela ausência perdida, consentida... Mas sim pela ausência de esclarecimento incompleta, aquela que a gente sabe que - de algum modo - será preenchida pelos encontros, suspiros compartilhados, noites insones e divagações mútuas. Aquela ausência que existe, mas não tem forma. Que grita, mas não se entende. Uma ausência de esclarecimento que (acho eu) é necessária em um princípio, e vai sendo preenchidos com intimidades, respeito, paixão e carinho...

Não foi pouca minha surpresa, por que percebi que essa é uma dúvida que perdura na mente e na vida de todos nós. Dos vários entrevistados não teve nenhum que me respondesse de imediato, alguns até mesmo fugiram do assunto, embriagados pelo medo de demonstrar o que pensam e sentem, mas não estou aqui para julgar, mas para tentar entender. Vejam o que eles disseram: Queli diz: Por que ausência de esclarecimento?Explica...pera aí...ama por que não discute a relação? mais ou menos isso... O que não tem nada a ver...Acho que discutir a relação ajuda a alimentar o amor...Por que talvez conforte...e a sensação é de que se ama mais. A palavra destrói, o beijo cura sim, mas o beijo nem sempre cura o que a palavra destruiu, depende de quanto destruiu...ajuda isso fran...hehehe...hum...Quando tu passas a conhecer muito do outro talvez o amor diminua...to pensando nisso tb? Mas por outro lado quando se conhece melhor o outro e esse outro é o que realmente e a gente espera que seja ...o amor pode fortalecer...as 3 perguntas estão entrelaçadas não é? Tipo a palavra pode destruir o amor....E o beijo pode reavivar a paixão. Ana, na crônica o escritor traz muitas afirmações a esse respeito e segundo ele o “Absoluto entendimento parte da seguinte confusão; será que estou ou não estou amando? Quanto mais confuso, mais intenso”. Mas, é claro que isso gera muitas controvérsias, pois nossas experiências podem nos levar a acreditar em outras hipóteses: Juliano diz:Amar pela ausência de esclarecimento é difícil. Mas a palavra destrói e geralmente o beijo cura isso sim dependendo da dor..Se os problemas são sentimentais/do coração, às vezes o beijo cura, o problema pode ser carência, e contato físico às vezes resolve.

Fabrício Carpinejar afirma ainda que as dúvidas não se encerram por que foram resolvidas, mas se pode definir aquilo que é maior do que a própria vida. Continuando o escritor diz : “Duas vidas juntas são mais difíceis de serem resumidas. Não é como tese , que vem com uma sinopse na primeira página”. Será que meus amigos têm alguma coisa a dizer sobre isso: Betinho diz: Chegamos à conclusão de que um bom relacionamento não é um compromisso sabe.Não é tipo sei lá uma aliança.. É à vontade dos dois...Se os dois viver uma vida só...É errado tem que viver duas vidas...um relacionamento serve para melhorar as duas...não sucumbir uma...então...entende! Augusto - Marvelkipedia no www.cabruuum.blogspot.com diz: Assim é sobre independência nas relações...Qualquer tipo de relação...Quanto mais independente, desde que haja amor, melhor será um relacionamento...Pois a boa relação está na vontade de se estar junto apesar da independência de cada um, o que é bem diferente de ter o compromisso de estar junto, q é o que alguns namoros se transformam.

Sim, é certo que muitas respostas foram dadas, por homens e mulheres que assim como eu tentam diferenciar qual é a melhor forma de se amar e de se apaixonar, mas qual seria a definição de ambos. Amor ou paixão? Aí entramos em outra questão complexa e mais uma vez evitaram dar respostas, por que creio que seja bem difícil encontrar um limite entre um e outro, quando não sabemos o que sentimos. Mas, voltamos ao texto “O casal pode varar madrugadas debatendo o comportamento, o que é certo e o que é errado, o que é justo e injusto, só que não chegará a nenhuma conclusão. Chegar a nehuma conclusão é o Sem Nome”. Queli diz:Fran... segundo um amigo meu q ta aqui, disse que a relação não se discute por que se é relação não precisa discutir. Tiago Brugnara diz: Hum...Eu só aprendi uma coisa na vida, sobre amor e essas coisas todas, nunca se tem certeza das coisas, "só sei que nada sei”, talvez o motivo que te faça fazer essas perguntas seja a respostas afinal “planeja tua vida com se fosse eterna e viva cada dia como se fosse o último”.

Ta , mas não fujamos mais uma vez do assunto caros amigos, a pergunta é Você acredita que se ama pela falta de esclarecimento? Você acredita que a palavra destrói o amor e o beijo cura? DanuZa diz:Acho que o beijo é um analgésico instantâneo...e, na verdade, não só a palavra destrói, mas a não-palavra o faz - e com mais intensidade, creio eu...Só não entendi ao que te referes com "ausência de esclarecimento"...Qual esclarecimento? Sobre a pessoa amada em si, ou sobre o silêncio da pessoa amada, a indiferença dela com o teu amor?Acho que o amor se desgasta com muitos esclarecimentos, mas um amor não sobrevive somente de beijos. Palavras precisam ser ditas. E sou daquela que: "tudo o que cala, fala mais alto ao coração". Prefiro - e preciso - falar, desengasgar.Rezinha diz:Acho que se consegue amar por muito tempo com 'ausencia de esclarecimentos', mas especifique melhor isso...Acho que o beijo nem sempre cura o mal que uma palavra pode fazer.TATO diz: Se a palavra destrói outra deve tentar consertar e não apenas um beijo. Bê diz: Acho que na maioria das vezes se ama pela ausência de esclarecimento sim.Mas quanto ao beijo, acho que ele não cura nada que a palavra tenha destruído, sabe...Acho que pode ate ser às vezes, mas não sempre... É que pra mim as palavras são importantes e o q se destrói, seja com palavras ou ações, raramente se conserta com beijo.

Sei que essa discussão é tão longa quanto esse texto, e sei também que tenho somente feito perguntas, no entanto não dei nenhuma resposta. Mas por que então fiz e continuo fazendo essa pergunta aqui no meu blog? Fiz e farei, por que assim como vocês, vivo em relações e em situações que me enchem de dúvidas e sei que lidar com sentimentos, principalmente com o dos outros, sempre é muito difícil, senão todos seríamos felizes demais nas nossa relações sentimentais. Mas depois de tudo isso, fico me perguntando se demoramos de responder por que sabemos exatamente a resposta, a partir de nossas histórias nos relacionamentos, ou se realmente o homem tem uma limitação muito grande em se entender? Mas, vamos lá, o que eu acho? Concordo com a Laura quando ela diz que de certa forma a falta de esclarecimento é benéfico, pois sabemos que é a aproximação, a convivência que aos poucos vai nos mostrando quem é o outro, sem que esclarecimentos formais precisem ser dados, mas é óbvio que uma pitada de conversa, às vezes, não vai fazer mal a ninguém. Também, não vamos passar uma madrugada discutindo nossas relações, nessa horas os beijos e tudo mais compensa. Quanto à história das palavras e dos beijos, Meu Deus, fiquei admirada como alguns respondiam fácil, pois eu tenho muitas dificuldades, principalmente para falar, prefiro o beijo e acabo me torturando com as palavras na minha mente. Bom ou ruim, pra mim tem sido ruim, mas cada com suas experiências.

Não vou me alongar demais, afinal já está longo por demais esse papo, mas na verdade o que queria dizer é que sempre vamos ter dúvidas sobre tudo que sentimos e isso é muito normal, e que acredito que relacionamento é para ser bom. A partir do momento que te fazer mal deixa de ser relacionamento e passa a ser torturamento (olha quem falando, o difícil é aceitar). E respostas sempre serão buscadas “Enquanto não tivermos palavras para explicar, continuaremos amando” Augusto diz:“Um bom relacionamento não está no compromisso, mas sim na vontade" diria mais na vontade única e exclusiva de ser feliz, aliás como diz meu querido professor Adair, já buscamos o outro para suprir nossas necessidades e gostamos do outro por que gostamos de nós mesmos. Tenho dito, escrito e pouco feito.

Gostaria de expressar meu agradecimento a todos os amigos do msn e da vida que me responderam e colaboraram com esse texto, para aqueles que não tiveram a oportunidade de responder ou fugiram do assunto leiam e se quiserem deixem seu recado. Desculpa por encher o saco e ter dado um nó na cabeça de muitos, a minha também está ainda perturbada...Beijos... e amam acima de tudo, se permitam viver mesmo que não entendam e lutem por aquilo e aquele por quem queiram, não deixem que palavras e ilusões se sobressaim ao que realmente é vivido quando se está presente, olho a olho, toque a toque, beijo a beijo, lágrima a lágrima, pois nada pode ser mais esclarecedor do que o pulsar de dois corpos que se desejam e duas almas inquietas.