giovedì, novembre 30, 2006

Estavas ali...

Estavas ali, caída, no chão, desamparada pela beleza de que um dia foi tua. Permanecia quente, de uma vivacidade imprescindível que conduzia meus passos até tua essência mais profunda. Da qual também já não lhe pertencia e da qual pouco tiraria.

Passei ligeiramente sobre a calçada, mas ao avistar-te, me avistei perdida no chão macio daquela rua indigna. O que fizeram de nós? Pergunto-me. O que fizemos de nós? Lamento já me dando conta de que nos jogamos gradativamente aquela alcova.

Foto: Francieli Rebelatto

Éramos passantes das ruas escuras, vibrantes de dizeres concisos, falantes de poesias bonitas, porém, somos agora vítimas do vazio da existência, da frieza com que nos ignoram. Somos aprisionadas ao ritmo frenético do movimento brusco dos pés humanos sobre nossa essência.

Mais do que tudo somos vítimas, ou responsáveis pela banalidade daquele chão que nos abrigou, pelo desprezo daquele que escarra ao passar e da indiferença daquele que simplesmente finge que nada somos em mais uma manhã de sol na rua larga da Zona Norte de Santa Maria.


Eu, porém, a vi, será por que com ela me identifiquei? Sei que olhei, me olhaste, parei, voltei, fotografei. Eras tu, era eu, éramos nós, em tão pouco, porém ai

martedì, novembre 28, 2006

Falei com teus passos, enquanto se distanciavam...

Ouvia o som leve que tocava minha pele fraca
Sentia muito mais teus passos que tocavam minha alma
Sentia o cheiro do teu olhar
E divagava sobre minha ilusão tenra

Sonhava com teus olhos brilhantes
Enquanto divagava sobre mim mesmo
O que fui antes da badalada verde dos teus olhos
E o que sou agora com tal badalada distante


Choro na última canção
Por que não pensar que é por ela se tratar de uma despedida
Por que ouço teus passos indo
E eu permaneço imóvel
No ritmo da ultima canção
Pois sentia que teus eram verdes...


Meu coração porém grita, pulsa
Vibra, dilata, canta, chora, dança, toca
Depois que tua música tocou
Me esvai nas lágrimas frenéticas
Que tentam te buscar,
Mas será que devem ir, te seguir?
Incógnitas, somente o que me resta em mais está noite quente...

sabato, novembre 25, 2006

Para refletirmos sobre nossa própria existência...

Visto a correria do dia-a-dia e também a fuga das idéias desses dias em que apenas fazemos as coisas automaticamente. Passam horas, manhãs de sol, tardes de sol e noites de calor e apenas fazemos as coisas muitas vezes sem se dar conta se de fato elas nos fazem feliz, por tudo isso trago à vocês um pequeno trecho do conto O Horla e carta de um louco de Guy de Maupassant.

Também, aproveito a oportunidade para convidar a todos de Santa Maria e os que aqui passarão para assistirem nos dias 09 e 10 de dezembro, às 20 horas, este texto que estará sendo apresentado no teatro Caixa Preta por Leonel Henckes, meu irmãozinho.

Mas, por que deste texto? Primeiro leiam, depois refletimos.

Eu vivia como todo mundo, contemplando a vida com os olhos abertos e cegos do homem, sem me espantar e sem compreender. Vivia como vivem os animais, como vivemos todos, executando todas as funções da existência e examinando e acreditando ver, acreditando saber, acreditando conhecer o que me cercava, quando, um dia, percebi que tudo é falso”


Será que preciso escrever algo mais? Creio que não já que tudo é falso e apenas contemplamos a vida, ou será que quando vemos que tudo é falso transcendemos nossa própria ignorância? Conto com reflexões de todos, ajudem-me a responder, apesar de que não vejo muitas respostas ao nosso olhar limitado a acreditar que vemos.

martedì, novembre 21, 2006

Ai o verão. O que vai contar para seus netos...


Pode ser uma mera coincidência entre o fato de que faço comunicação e ao mesmo tempo admiro uma boa propaganda. Mas o que seria uma boa propaganda? Desprezando totalmente comunicação persuasiva, já que faço jornalismo, me firmo na idéia de uma boa propaganda é aquela que atende aos nossos anseios, que supre nossas necessidades: afetivas, econômicas, sociais, enfim.

Como diz nosso querido mestre da semiótica Professor Adair Caetano Peruzollo, comunicar-se é uma busca constante do outro, para suprir suas necessidades em prol das nossas necessidades também. Então, as propagandas suprem nossas necessidades e nós as consumimos, indiscriminadamente, e com muita satisfação quando se trata de uma propaganda eficiente.

Mas do que me proponho a falar. Para variar aquele “nariz de cera” (nariz de palhaço para alguns jornalistas) básico. Venho, porém até aqui para parabenizar a propaganda que tem me arrancado risos, me tem feito refletir a própria vida e o que tenho feito deste verão. E aí, já sacou qual é? Seja otimista meu amigo. Vai contar o que para seus netos, que ficou jogando aquele dominó? Humm, bom, eu depois de assistir a propaganda da Skol, decidi que vou aproveitar o verão com uma sirigaita, ou mais sirigaitas, afinal sou otimista, vou pular cachoeiras, tomar banho de sol, jogar aquela conversa fora no fim da tarde, andar de carrinho de lomba.

Vai dizer isso tudo remete a infância, meche com nossas necessidades entravadas pelo ritmo frenético de nossas vidas condicionadas a aula, a trabalho, a computador, a instrumentos portáteis, a responsabilidades sociais sem maiores prazeres, enquanto o verão ta aí meu amigo. E o que vamos contar para nossos netos? Que ficamos jogando o dominó.

De fato ela me conquistou. Ela? A propaganda? A skol? Não, apenas a narrativa escolhida, a mensagem persuasiva que faz minha garganta pedir mais uma. Malditos publicitários, vão entender das “minhas” (e de todos nós) necessidades desse jeito lá na p.....praia, afinal seja otimista meu amigo. E muitas sirigaitas, nos tragam.

Acordei feliz hoje? Não, sei, sei que acordei com vontade de voltar a viver intensamente, pois essa sou eu de fato, não só nas fotos, como também com brilho no olhar.

sabato, novembre 18, 2006

Voltaste Satania?

-Voltaste então Satania a esbanjar sorrisos nas manhãs compridas deste verão? Mas por que voltaste, depois de tanto me fazer penar?

- Cara, poeta, cá retorno para trazer luz aos teus poemas. Sei que tenho me ausentando profundamente, mas fiz de minha vida um manto negro de lamúrias e de descrenças. Momentos difíceis, quem sabe incompreensíveis, por isso, não os trago nas linhas de tuas sublimes poesias, só nas entrelinhas dessa amargura. Mas, cá estou: decidida a dar uma nova chance às poesias, na verdade a minha própria vida. Espero, cara poeta, que desfrute prazerosamente desta luz que emana mais uma vez dos meus dias, já que percebi que se apagasse os faria sofrer mais e eu também estremeceria de dor, de angústia. Por isso subi ao mais alto do monte, onde sempre encontro nossa sábia fênix e ela mansamente, sem julgamentos apenas me oferece a transpiração de suas cinzas cálidas, frescas, puras. Então, volto.

- Agradeço-lhe Satania a volta sincera aos meus versos. Padeço, também com teu sofrimento, como se fosse minha própria alma que sofre. Mas volto, então a escrever palavras bonitas, livres e poéticas com intuito de acalentar tua dor que adormece no teu peito e para enfeitar teus novos dias que despontam no alvorecer deste verão. Para ti, minha nova Satania, um pouco de poesia:


Teu sorriso...
Cálido, quente, poético.
Sopra vagarosamente rápido.
Sobre o monte devaneia:
A sua forma, a sua cor.
Rasga minha face enrugada.
Desregra o cabelo desregrado.
Carrega minha nostalgia padecente.
E me entrega nos braços,
A liberdade de soltar pandorgas.
Pedalada no meio da estrada comprida.
Elasticidade na minha cara.
Seria o vento norte?
Sim, se antes não soubesse que existe teu sorriso.
Se antes não soubesse que retornas aos meus dias.

mercoledì, novembre 15, 2006

Passam corriqueiramente sobre o papel...


Nas entrelinhas da minha alma
Veria tudo apagado
nas entrelinhas das minhas palavras
estaria tudo revelado...

Correriam entre a penunbra
os dizeres de palavras soltas
mas diria mesmo temendo
e se não dissesse haveria de não ser minhas


Esbravejo, escrevo, deleito-me
sobre as entrelinhas, as linhas mesquinhas
do sentimento, de um tormento
de teus olhos que não vejo passar
mas me detenho em esperar...

martedì, novembre 14, 2006

Diferenças ideológicas

Visto os acontecimentos que marcaram as ruas de Santa Maria na tarde de ontem, trago até vocês um daqueles textos escritos à mão há muito tempo atrás. Acredito que este seja o momento de trazê-lo á tona, já que não quero esbravejar palavras para falar mal dos políticos, nem do PT, eles não merecem se quer tais palavras (no fim já deixei minha opinião). Mas o que se passa em Santa Maria? Camelôs (trabalhadores informais) expulsos pelo poder público de sua função fazem passeata pela cidade reivindicando o direito de trabalhar. Baseados em tal grito de protesto: “Nós queremos trabalhar, e políticos só querem roubar”. Enquanto isso, lojistas fecham e abrem suas portas com medo dos Camelôs (trabalhadores informais) de saque em massa? Ou seria de vergonha na cara por estarem por traz de tudo isso? Isento-me da resposta, se que isso é possível e lá vai uma pequena mensagem:

Na busca constante pela perfeição, o ser humano aí está, cada vez mais tentando adequar o mundo conforme suas necessidades. Seja no erguer daquele prédio, ou então, no derrubar daquela árvore. O movimento perpetua a existência do homem, como alicerce na conquista de novos espaços inexplorados.

Nesse inconstante caminho do inatingível surgem as ideologias opostas que se lançam no seio abstrato das diferentes formas de pensamento. O homem ser racional, que dotado da capacidade de ser subjetivo, vê nessas ideologias o preenchimento de uma brecha deixada pela inutilidade da existência. E essa nova perspectiva de olhar o mundo, gera estas ideologias utópicas, transformando os grupos humanos em seres imutáveis em relação aquilo que acreditam.

Dessas incondicionais formas de pensar nasce a necessidade de expansão desses ideais, para que o restante da humanidade compartilhe da mesma essência. Mas, visto que este círculo de seres aparentemente "iguais" se difere nas atitudes em questão a sua comunidade, então é dado o impasse infinito pelas diferenças comportamentais de cada grupo. Como é de caráter humano querer dominar algo, ou até mesmo a si, cria-se enfim, as intermináveis disputas, não agora tão somente pelo território, mas, especialmente pela forma de julgar e até mesmo viver.

E é justamente essa incompreensão entre esses ditos "animais" que floresce a cada dia mais o ódio e a vontade de mostrar quem é o mais forte. Como se não bastasse à seletividade natural, o homem tem a magnífica capacidade de impor aos limites sua própria "seleção artificial”: Sejam bombas, gases, balas ou a "simples" representação dos diferentes tipos de pensamentos para acabar com algo que poderia ser perfeito: a união entre os povos. Não que isso exija a igualdade de estilos e condutas, ao contrário apenas que as inacabáveis diferenças sejam aceitas e que o respeito mútuo perpetue entre as nações nos seus mais diversos "mundos ideológicos".


Com isso me retiro devagar da praça, de onde observava o movimento ao longe, polícia esfrega nas mãos a raiva incontida, trabalhadores informais gritam pelos seus direitos, lojistas riem da desgraça alheia e de suas maiores vendas no natal, e a imprensa como abutres esperam a carnificina. Eu? Sento no banco do ônibus e entre filosofias e divagações tento encontrar respostas para tanta hipocrisia. E como que ninguém enxerga as entrelinhas?

sabato, novembre 11, 2006

No parede do quarto, nos resquícios da alma...

Porto Alegre adormecia lá fora, naquelas noites que ainda eram frias, bem diferentes daquelas de a poucos dias. Segunda-feira e eu cada vez menor. Eu? Na verdade Satania, vazia, permanece imórbida no quarto quase escuro e gélido. Da sua bolsa descolorida retira uma caneta que voraz desliza sobre o papel escurecido. Era só isso que a mantinha presa àquela certeza: tais palavras, tal sentimento do que teria feito.

Caneta e papel cúmplices de um encontro seguro, porém imaturo, cúmplices da covardia dos olhos de Satania, que nervosa esmorece a cada nova palavra que brota de sua alma inquieta naquela noite e em tantas outras pelas quais estava subjugada.

No quarto resquícios de sua alma insegura naquela noite nervosa, porém calma de segunda-feira. Queria ela fugir daquele ambiente sufocante, porém, escolherá permanecer, escolhera pela fraqueza. O quarto, como ia dizendo: escuro, vazio, frio, mofado, com móveis desalinhados e no banheiro o chuveiro chora vagarosamente gotas de saudade do último banho da tarde. O último antes de o ser uma nova Satania.



Perfeita descrição de sua alma traduzido nas paredes manchadas do cômodo incomodo. Enfim, Satania adormece mais uma vez inconformada com o que se tornara, inconformada com a saudade do banho da tarde, das páginas da vida que deixará em Santa Maria.

venerdì, novembre 10, 2006

Desacreditei dos meus próprios olhos verdes...

Meus desassossegos tomam conta da minha vida, da minha roupa, da minha energia. Queria então me despreender de tais dúvidas, lamúrias, incertezas. Devastaria minhas fraquezas nos prados inquietantes na qual transformei minha vida.

Perdida, quieta não mais tão bonita. Seria então, melhor, pior, uma nova pessoa, seria o que deixei de ser, o que passei a enganar, a desfazer. Não sei, se os traços seriam os mesmos, se as desavenças caberiam.Mas o fato é que magoei, tripudiei a vida, as palavras, a mim, a tu. Desfiz o desespero da minha vida, através do que não merecia, do que não deveria, chorei, ri, pensei, me acabei...

Quero então voar, fugir, renascer, desabafar, gritar, ser, desfazer, tecer, compartilhar... Quero esquecer, quero tirar de mim tudo que me fizeste ser, tudo que me fizeste temer...Sou, o que não fui, fujo do que tenho medo, temo o julgamento do tempo, já que teus olhos me julgaram, me romperam...


Perdi o que sempre prezei em minha vida, perdi a dignidade que via em teus olhos, a sinceridade que tive de tuas palavras...Me perdi, me enganei, me deturpei, me fiz pequena, quando tudo sempre foi grande.

Agora? Não lhe peço perdão, por que eu mesmo ainda não fui capaz de me perdoar, por que eu mesmo lamento o que me tornei, o que escolhi para me desvincilhar do que na verdade eu mesmo tracei. Não sou, não quero, não me tente, não convém...

Fui, foste, fomos, agora apenas vago de mansinho tentando traçar novos caminhos...Arrependo-me de ter me enganado tanto, de ter resistido tanto, de ter mentido pro mundo que sempre me teve nos braços, agora me escondo no manto das minhas próprias fraquezas...


Desculpa queridos leitores, minhas palavras tão devastadoras e lamentosas, mas sempre acreditei que é difícil isentar nossas poesias da nossa vida, dos nossos sentimentos, e como diz um amigo é nos momentos de maior depre que as melhores coisas são escritas, não sei se as melhores, porém creio que as mais sinceras...Mas o que me leva a estar assim?? Tantas coisas, tantos enganos e dúvidas, na verdade tudo não passa de uma atitude perversa que acarreta tantas outras coisas ruins, mas aos poucos o coração vai apaziguando tantos erros e devagar a fênix vai encontrar forças para renascer, espero que com o mesmo brilho que sempre teve, mesmo que isso seja difícil de acreditar. Pois eu mesmo deixei de acreditar nela, ao menos por enquanto.

giovedì, novembre 09, 2006

Desculpe-me pela minha fraqueza...

Foto: Francieli Rebelatto
Atriz: Juliana Demori
Poesia: Francieli Rebelatto
Sentimentos: Francieli, porém Satania.
Agradecimentos: Ao lapso desordenado de uma possível vida pela inspiração de tuas palavras.


Voaria apenas em traços
embaraços.
Fugiria apenas das noites frias
maltrapilhas
Rezaria apenas pelas lendas
encomendas
Seria apenas eu
perdida
Um traço embaraçado
de uma possível vida.


Voarei
sob uma rajada de vento,
sob sóbrios pensamentos
Fugirei
da lamúria inquietante dos sentimentos
Rezarei
por mim, e pelas minhas fraquezas
Serei
Uma nuvem mais uma vez crente em recomeçar.

mercoledì, novembre 08, 2006

Oficina de Jornalismo, bons momentos, novas concepções.

Se há duas semanas me perguntassem o que pensava a respeito do Correio do Povo, eu diria que não pensava nada, pois me limitava a passar as aulas de Jornalismo Impresso falando mal do Diário Gaúcho e nunca parei pra pensar muito bem sobre o Correio do Povo. Mas , eis que de uma hora para a outra, me encontro na redação deste jornal e aí muitas opiniões passo a ter, na verdade apenas uma: Uma empresa ética e séria.

Redação do Correio do povo: Paixão e ética.


Mas o fato que estava ali não para julgar o jornal, mas sim para participar de uma oficina, dividir momentos com futuros colegas de profissão. Num primeiro momento, tudo me pareceu confuso, diria que meio sem graça, mas bastou os primeiros instantes para perceber que seria uma grande experiências com pessoas bem diferentes, mas que carregavam nos olhos os mesmos sonhos.

Meus queridos repórteres numa discussão difícil sobre uma pauta.


Antes mesmo da viagem confesso que fui ao orkut e dei aquela avaliada em cada um dos colegas da oficina. TrÊs deles onhecidos de longa data, velhos companheiros de tragos e de trapos. Os outros incógnitas. Incógnitas bonitas, incógnitas confusas, incógnitas surpreendentes, incógnitas falantes, outras mais calmas, porém apenas incógnitas. Uns com feeling irremediável, Giuliana, nossa menina, outros mais calmos, Raíza, Rafael. Uns mais descolados: Camila, Natália. Uns muito qualificados para a oficina: Thaís, Thais, Augusto, Leonardo. Uns quietos, porém explosivos: Belisa. Outros, apenas uma mistério: Carlos. E o que falar de Liana Pithan? Especial, apenas editora chefe, sem palavras. Eu? Tomei café com os repórtesres fotográficos.


Observando atentamente o trabalho depois de feito


Além de conhecermos pessoas diferentes, incógnitas com diversas personalidades, conhecemos uma nova realidade, ou algo próximo da verdadeira realidade da nossa profissão. Tudo isso através de pessoas super profissionais e apaixonadas pelo que fazem. Acho que foi mais ou menos isso: da idéia da pauta, até ver letra por letra transcorrendo no papel. Incrivelmente inesquecível.

Quase lá e a briga pelo fotolito.


Idéias, divagações, dúvidas
Menores, pequenas, enormes
Palavras, letras transcorrendo
No papel, na mente no coração
Olhares perpicazes, mansos
Dizeres baixos, explosivos
Nós, cada um de nós...
Você? Quem sabe eu?
Então deslizo pela máquina e clic
Toda essa história está aí...
Pra vocês, para nós.


No correio é assim: até os tios que distribuem o jornal tem um sorriso no rosto

Uma breve homenagem ao correio do povo e a todos os colegas da Oficina de Jornalismo do Correio 2006. Adorei estar com vocês...

venerdì, novembre 03, 2006

Perdida em Porto Alegre ou seria em mim?

Estar em Porto Alegre seria sinônimo de estar alegre? Quem sabe. O fato é que ouvi um bolero, o primeiro no reencontro e o último na despedida e acabei ficando assim:

Sinto-me perdida
Na ilusão de uma vida
Até então minha.

Sinto-me vazia
Num caminho
Que acreditei um dia seguro.

Sinto que já não sou
mais a mesma
Vibrante perante os olhos do dia.

Tornei-me mórbida, fraca e fria
Tormei-me o que sempre lamentei ser.


No entanto foi apenas um bolero e está na hora de voltar a Santa Maria. Domingo estou de volta. Quem sabe um dia volte a ser feliz ao ouvir mais uma vez um bolero, por enquanto é o tango que toma posse dos meus olhos verdes, me fazendo lembrar dos teus.