domenica, dicembre 13, 2009

A vidraça e o aço!!!


Mergulho nas horas longas
o silenciar dos passos
burbulham inconstantes nuâncias do íntimo

prescrevo as palavras guardadas
são enunciados
significantes murmúrios do vagar

carrego atônitos secretos toques
estendes tuas mãos
toca meus pés
fazemos amor,
e divagamos na essência de um querer estonteante!!!

mercoledì, novembre 25, 2009

As nuances de um cheiro impregnante.


Confesso que minha memória visual é bem mais eficiente que a olfativa e a tátil. Tanto que lembro-me perfeitamente sempre dos traços, das rugas, dos calos, e muito pouco do cheiro. Mas, isso é uma questão de maturidade, de consciência corporal e existencial, não tenho dúvida. Tanto que ultimamente ando me dando conta do quanto consegui desenvolver minha memória olfativa. E é impressionante como o cheiro impregna na gente, na nossa vida, nos meandros mais insólitos de nossa existência. Até meu próprio cheiro é mais consciente agora. E eu gosto de cheirar, por exemplo, meu próprio nariz...hehehe...Cheirar o próprio nariz é coisa de louco eu sei, mas eu gosto, que posso fazer: "de santo e louco todo mundo tem um pouco, não é mesmo?"

Mas o que mais tem me perturbado é o cheiro do "outro", daquele que é diferente de mim, mas ao mesmo tão desejado próximo, daquele que invade. O cheiro vem de longe, fica na roupa, no travesseiro, do lado de fora da porta ainda fechada. E que cheiro: perturbador, estonteante, o que é pior....excitante, bom....

Enfim, apenas o relato de que um cheiro me perturba profundamente neste momento, que permaneço calada por aqui. São as produções acadêmicas que sugam minha poética, desculpa, mas voltarei....logo!!! Renascendo como sempre, devaneando como sempre!!!

sabato, novembre 07, 2009

No intocado mundo das bruxas...caem!!!


caem pétalas
a pele é branca,
e o frescor da noite invade...

caem gotas de suor
o calcanhar é silencioso
e os passos mansos dançam...

caem paixões
os pés pequenos desenhados
e as mãos do mesmo tamanho, com calos...

caem palavras
a vontade do toque insistente
e as intenções longas, venéreas, quentes...


caem as noites
os sonos leves impregnados
e as rosas rosa, vermelhas
e um bilhete ali guardados....

domenica, novembre 01, 2009

Clâmides frescas, brancuras frias...nebulosa..a lua!!!

Ontem a noite foi assim. Fomos cúmplices singelas de uma longa conversa madrugada a dentro. É, fazia tempo que nossas faces brancas não compartilhavam de um momento nostálgico e quente na janela do quarto verde lá de fora. Deitei-me na cama, com lençóis de cetim, ela estava do meu lado, invadia bem devagar minha retina, cobria por vezes meu corpo.

E assim fomos deslizando as profecias, de bruxas insensatas, de lendas que se perdem em tantos discursos. Mais uma vez discorria a ti aqueles segredos pormenorizados e escondidos nas rugas da minha face sempre sedenta de energia. Lá fora a noite estava calma, quente, um silêncio ensurdecedor invadia os tímpanos sensíveis das donzelas, e em leves sopros eu lhe confessava em forma de poesias.

É, fazia tempo, as estações já passavam despercebidas, e eu vã descrente das crenças mais loginquas, esquecia da lenda perdida. Os lençóis me cobriam, ela também deslizava sobre ele, numa dança norteada de leves toques. Entre o ir e vir das palavras, eis que eu lhe confessava. Estavas comigo, mas me sentia sozinha. Mas, eu gosto da solidão das montanhas e das janelas da casa verde, em alguns momentos.

É, fazia tempo, que meu olhar não mais procurava confidenciar nostálgicas sensações, ou então, vibrantes desejos. Mas, ela sabia, de cada detalhe de todas as histórias, de todos os segredos, de todas as vontades depositadas em "meros" 25 anos. E assim voamos juntas...Adormeci entre os medos. Adormeci como uma criança que volta pra casa. Mas, não era minha casa. Quem sabe a sensação se deva por ela estar ali, a me tocar. Cada centímetro desnudo dos meus poros, da minha alma.

Lhe resguardava sempre nitidamente rimas que se estendem entre uma madrugada e outra. E sempre lhe pergunto se minha insanidade a incomoda? E a mim incomodaria? Sei lá, é como não se sentir humano, ou então, humano demais diante da vida. Carnal demais para quem gosta de sublimar entre devaneios atemporais. E a madrugada se distende infinitamente. Durmo devagar. E ela a me tocar. Mas acordamos separadas...

Olho pela janela da casa verde e vejo que as coisas mudaram por aqui também. E lá fora continua quente, silencioso e singelo!!!! Ela se foi com pés leves sob as nuvens, deu espaço ao sedento desejo de um dia quente, inebriado, violento e que me retiro para não lhe confessar mais!!!...Sou insana e nunca tive dúvidas disso - confessa-me Satania...A não lembram? da velha bruxa de antigas histórias!!!...Ela voa leve por aí, e às vezes volta!!!

giovedì, ottobre 22, 2009

A caça!!!

Deleito-me no jogo sinuoso de palavras
portas
limites
medo
olhar
deleito-me, por fim, no jogo sinuoso de caça
Palavras, portas, limites, medo, olhar...caça
o jogo sinuoso de ter-te em mim!

lunedì, settembre 21, 2009

Passaste em mim



Um toque
longa permanência adentra na escada
tão pouco - tão nítido
me dilacera os poros
demarca minha pele

Breve
um instante de presença
invade a melanina
e transpiro já tua ausência

uns sentimentos vão
outros porém, ficam...

martedì, agosto 25, 2009

No meu caminho...


Curvas sinuosas refazem pensamentos
Solidão de noites longas com estrelas
e a escuridão das madrugadas....
Silenciosas
Vozes dilaceram os poros inquietos
São tantos
tão poucos
Absolutamente despidos ao meu redor
Somos ligeiramente poetas
Somos intensamente o medo de amar...

mercoledì, agosto 05, 2009

do lado de lá...ecoaaaaaaa....

A garganta....
subo alto e grito
ecoa sonoramente
o suave toque da minha saudade..

algumas distâncias mais
e tudo deixa de ser distância
aqui nesta fronteira
os braços e suas nuâncias...

domenica, agosto 02, 2009

ao novo amor dará...o que tiver que dar...


E a dor poderia dar no mesmo lugar..
da alma - ao corpo material...
mas os devaneios se sobrepõe a real tentadora vontade de ficar
partir e então levar os devões

ficar e então ser forma e conteúdo...

Amor dará...e receberá...
o tempo é um espiral
existe mão, boca e o ato nada banal....

vamos assim esmiuçando as tentações
do tempo partido e descarnado do ontem
o hoje, o porém do amanhã sem sentido

mas é na estrada
que as pétalas vulneráveis se desfazem

que a sedenta noite cai e proclama
é a saudade que resiste

enfim somos tolos, humanos, calejados
as fraquezas mais carnais e almáticas
que percorrem veias, sangue, áurea
e a flor se abriu
prefiro as pernas que me movimentam
o amor que me contrai

mas a gente não inventa a dor
e frente um ao outro a gente se sente bem melhor
Bem-vindo ao amor....

lunedì, luglio 27, 2009

momento singelo



Singularmente

nos meus dias

em todos ansiosos...

mercoledì, luglio 22, 2009

Longos respingos de uma solidão passageira



Longa madrugada silenciosa
um vazio
o vento cortante debaixo da porta
nas veias saudade....

giovedì, luglio 16, 2009

Fragmentos: 02:00horas da manhã....


Sutilmente me toca
perversamente me possui
densamente me consome
futilmente me destrói
profundamente me desejas
vulgarmente me esnoba
tensamente me envenena
cordialmente me ignoras
moralmente me ama
formalmente me condena
parcialmente me admira

a outra parte tratarei de ter só pra mim...


OBS.:Fragmentos: 02:oo horas da manhã..tentarei durmir, depois de cortar o dedo, e deixar correr o sangue...Gosto dele...e às vezes acho que sou um pouco louca....

mercoledì, luglio 15, 2009

Os refúgios e seus devaneios intrínsecos.....


Aquele refúgio produtivo no meio da madrugada, entre uma reflexão densa e outra. Ah sim, queria falar de refúgios que são materializados e justificados das mais diversas formas. O refúgio na barra de chocolate quando se está nervoso. O refúgio da cama quente, quando está muito frio aqui fora. O refúgio numa boa conversa do msn quando já não se quer mais discursar sobre ação social e a "porra" do teu objeto de pesquisa. O refúgio dos blogs para preencher o vazio existencial - essas coisas que escrevo aqui por que não quero estar enchendo a cabeça dos amigos. O refúgio a uma foto, ou a uma lembrança quando se está com saudade. O refúgio a novela das 9 quando se acredita que a intelectualidade já está te deixando "careta". O refúgio as bergamotas no canto da mesa, quando no meio da madrugada dá uma vontade de um suco gelado de laranja, mas: Jayme, as crianças estão com sede e não temos mais laranja.

Os refúgios objetivos, subjetivos, que podem ser de uma natureza imediata, quer dizer não pode ser mediada por algo. Ou mediata, quando se tem um ente, uma razão, uma perspectiva entre. Mas eu prefiro o refúgio materializado numa boa conversa numa mesa de café. Numa cafeteria qualquer, que pode ser de um "distinto" grupo de pessoas que acreditam ser "cults" e "pós-modernos", ou a uma cafeteria que tem um público que fica horas debatendo os velhos problemas, e as velhas motivações. Pode ser uma cafeteria nova, que tem um público ainda a se formar. Enfim, mas minha atenção não está no público da cafeteria, nem nas "meninas" que servem o café, mas sim nas pessoas e nas intensidades das pessoas que se sentam na minha mesa.

Hoje, foi um dia assim, uma quase "reunião" comemorativa e pautada por interesses, projetos futuros em comum. 4 pessoas que compartilham de: ideais, ide(´)ias, posturas, e especialmente a fotografia. Um mais introspetivo senta no canto da mesa e parece estar numa "pós-vida". Outro mais entusiasmado quer saber os pormenores de uma viagem recém realizada. O outro que tem definições sobre a estrada no mínimo perspicaz e uma caderneta recheada de informações que norteiam certamente boas discussões. E eu, numa intensa crise de sinusite que se dissipou logo, aos meandros da conversa intensa. As motivações são várias, os planos muitos, as feições se amenizam.

O introspectivo paga a conta. O curioso tentado pelos detalhes sórdidos e o de definições perspicazes entusiasmado com as novas discussões que tem encontrado entre pessoas que pensam e discutem a tal "crise" das artes visuais. E eu, que também, me questiono sempre se de fato a "pós-modernidade" e seus movimentos estéticos justificam todas as produções, todas as discussões estéticas. É foi um bom refúgio de final de tarde de um dia norteado pela expectativa de quem ainda não sabe se vai estar impregnado pelo "estado da arte" constante para escrever mais um artigo em dois dias.

Agora são 02:10 da manhã meu refúgio é este texto, uma foto da estrada aqui do lado. Me refugiando em sentimentalidades para matar a saudade, e acreditar que toda essa história é bem real.... Ah, valeu amigos Fabiano Dalmeyer, Rafael Haapke e Ronai Rocha pelo café, e pelas sempre motivadoras ideias e motivadores refúgios....

martedì, luglio 14, 2009

"eu confesso que vivi...metaforicamente e numa linguagem rebuscada"


Um frasco de perfume poderia ser um fato social? E as escolhas racionais estarem condicionadas ao evaporar de um cheiro pela amplitude das distâncias territorias? Estas são as perguntas pela qual começo outro no meu blog Narrativa Inscrita em Luz. Mas naquele texto me proponho em falar de um dia, e as escolhas racionais que fazem com que ele de fato tenha valido a pena. E aqui quero responder a pergunta que foi inevitável hoje: E aí já podemos chegar a conclusão que o sentimento atravessou a fronteira? Mas eu continou perguntando, como se mede, se descreve, se intensifica sentimentos. Pela externalidade dos fatos, quando somos adeptos a pré-noções, ou pela proposta metodológica de ir adiante numa experimentação que pode ou não levar ao erro.

Mas o erro pode motivar o "decifrador de sentimentos" a buscar outras verdades intrínsecas no objeto cognitivo, no sujeito que sente, que é sentido. Enfim, mas nos questionar quanto as probabilidade do sentimento - até então inominável e indescritível- foi nosso intenso jogo durante os dias em que a relação se estabeleceu concretamente. Uma proteção mútua, certamente, por medo do devir. Que para mim por ser o "devir" não pode ser coerentemente esperado. Por que por mais que existam matemáticas, fórmulas, métodos que nos dizem que tal objeto, tal mistura dá tal resultado, para mim, ainda o campo das subjetividades e das questões não-lógicas persitem dotadas de intenso valor.

Por que não adianta, dependemos de atitudes racionais intencionais, não -intencionais. Que são racionais levando em conta um objetivo, ou um valor, ou apenas são irracionais. Mas, continuamos a nos defender, era melhor acreditar na tentadora possibilidade de apenas uma aventura...assim sem "pós-cedentes", sem variáves que fossem dar continuidade dos cálculos. Medo? certamente, aí ficamos jogando um com o outro, com a intencionalidade sentimental, apegada a diferenças de etnias, culturais, territorias e principalmente as intelectuais. Meros instrumentos de "auto-coerção", "auto-sabotagem mútua" (termos de uma teoria sentimental pós-moderna by Fran Reblatto).

No entanto, conseguimos racionalmente tomar posturas diante dos fatos quando nos distanciamos ligeiramene e temporalmente do vivenciado em campo. Mesmo que o campo de pesquisa, seja a própria vida, os próprios sentimentos no caso. Ao nos afastarmos territorialmente e temporalmente surgem alguns outros estranhamentos, diferentes dos experimentados no ato da prática concreta dos fatos. Então, as metáforas tomam mais formas e resultam em significados que aparentemente para os incrédulos nada significam. Para mim, significam muito, e tudo começa a tomar sentido: a insistência nas escolhas, a intencionalidade no olhar, o lembrança que ficou esmaecida, o cheiro que se evapora, o frasco que ficou no lixo do quarto de um hostel. E a atitude singela de esquentar os pés mutuamente, ganha a forma de sentimentos irrevogavelmente verdadeiros.

Resumidamente, sem rodeios científicos (é que aproveito alguns momentos de folga entre um artigo e outro para a prática da argumentação teórica sem compromisso): nosso sentimento cruzou a ponte, a fronteira, as diferenças e os limites. A sim, os não limites, isso justifica muita coisa. Enfim, eu estou apaixonada...e isso tem me feito um bem danado, ainda mais em tempos de dois artigos em 3 dias...Ai, uma péssima estimativa.

martedì, luglio 07, 2009

saudade da estrada finda...do que nada se viveu ainda...

Feixes tensos de saudade
a noite calada consente
uma distância finitamente demarcada
nos faz tão próximos distantes....


no limiar da estrada que cruza
do olhar extenso sobre poesias
és madrugada quase nua
a manhã fervilhante - meu amor BOM DIA...

Sinto odores de outras paisagens
constantes dialéticas de sentimentos
teus pés gelados, minha miragem
a pele morena de discursos dúbios...

E o tempo corre tortuante
longe das estradas vulneráveis
nem mesmo o frenético dia exultante
só o toque da saudade na lembrança perdura...


Sinto saudade do que ainda não vivi...

lunedì, luglio 06, 2009

Breve reflexão cotidiana sobre o eu.....pós-viagem ao Chile


Me identifico com pessoas que acreditam que caminhos podem e devem ser construídos ao caminhar, como já disse o poeta anteriormente. Nestes caminhos, sofro com minha "vã inocência" em escrever, pensar, amar e me entregar demais as coisas, especialmente quando entendo que tenho que buscar e construir um novo olhar sobre um caminho já dado, ou então propor um novo caminho, ainda inexplorado. Se bem que a originalidade está cada vez mais difícil. Então, original é nosso olhar e como damos nossos passos, por estes caminhos previamente frutos de constructo social.



Ai, as rebuscações de uma linguagem, as experimentações da pragmática, da epistomologia, nada disso pode estar ao alcance, do "doce- amargo" sabor da imprevisibilidade. Que na verdade, não deixa de ser fruto de um mecanismo já engendrado na nossa maneira de encarrar e propor as coisas. Os cálculos propostos pelo individualismo metodológico. Viajei 17 dias pelas terras de Neruda. Em janeiro de 2009 não fazia a mínima idéia de que está viagem aconteceria, nem por isso exitei em colocar como destaque na minha agenda que para 2009 queria sentar em frente ao mar e entender ainda mais as metáforas do olhar para a infinitude do horizonte, e quem sabe se chegar a nada, que para o poeta se converte em tudo.

E por circunstâncias, e mais do que isso pela energia depositada em um novo sentido que se pretende diante mediocridade da vida, a viagem para o Chile aconteceu. Num momento de turbulências diplomáticas, de morte de Maicon Jackson, de gripe A, de confusões afetivas, de crises com a profissão, com as palavras mal-escritas e ditas. Enfim, uma viagem que não foi por acaso, e agora depois de estar diante desse pc no meu quarto quieto, tenho a plena convicção que era pra ser. Como sempre digo: romantismo extremo, tendência ao fatalismo, ou enfim o que quer que seja. Eu acredito que existe energia neste mundo, existe fluxo de energia que faz com que a mim venham coisas pela qual disponho tempo, energia, luz para que elas aconteçam.


Resumindo: Me sinto imensamente feliz, invadida inocentemente por uma vontade absurda de viver na estrada. Por que parece que ali estamos diante de nós mesmos. Ok, sei que isso é tentar fugir que existe um retorno, pessoas, sentimentos, vulnaribilidades (??) cotidianas, mas a estrada parece que deixa os calos humanos, mais fantasmagóricos, mais permeáveis de encontros que fazem o brilho no olhar retornar. Pode dar em nada, mas pode ao mesmo tempo mudar tudo....

Breve reflexão cotidiana sobre o eu.....Para entender a viagem que falo basta dar uma olhadinha no meu outro blog aqui

giovedì, giugno 25, 2009

Felicita....um breve toque....

Felicidade de fato, pode ser apenas um ato momentaneo. Alguns vivem em mais momentos, outros tentam fugir destes o tempo todo. Ah que se desconfiar de quem diz ser feliz o tempo todo. Tambem a que se cuidar das pessoas que no conseguem ser feliz em nenhum momento.

Mas eu acredito em felicidade e muito, e tento vive-la na maior parte do tempo. No entanto, sou humana repleta de defeitos, problemas, apreensoes. No tenho como fugir disso, quanto menos quero fugir das amarras e peripecias da vida que eu mesmo construi. Seria a teia de significacoes proposta por Geertz ao teorizar sobre culturas.

Pero, felicidade depende de tao pouco as vezes, de tao breves atos e coragem de dar a cara a tapa...de apenas viver....Apenas contemplar...ok, a contemplacao e algo bem dificil, eu sei...mas no custa nada subir ao topo do morro e se emocionar...

Uma breve reflexao aqui do Chile para no deixar o eu - Fran introspectiva morrer....Estoy muy feliz...Gracias....

lunedì, giugno 08, 2009

a parede fria..e o perfume da menina...

No caminho de volta da menina...

O fogo, a lua, um corpo...
um toque repentino na face
Toque constante no olhar
E o fogo crepita vorazmente
Observa denunciosos momentos de nós...

A madrugada se esvai...
no fogo que arde
nas rimas vazias
nos corpos que desejam desnudar-se de imprecisões
não resiste nem o toque, a intenção, a voz...

Uma parede fria, uma noite...
Um corpo suas mãos, braços e entranhas
O caminho pequeno fumegante
Insanidades se materializam ...a lua
perpetua-se enfim a vontade, desejo atroz...

Derepente fez-se uma saudade
O tempo é devagar
A parede fria parece falar
e o braço no ombro coberto
A lua...de clâmides frescas, esconde o dia
Os beijos quentes maltratados...

Me agradeces à luz...minha menina...
Mas a menina canta o fim de um lugar
Ai..parede fria / Ai...vontade de ficar
E se a poesia se concretiza
É chegada a hora de voltar....

domenica, maggio 31, 2009

O tempo e o vento de uma saudade....pequena...


O tempo corta o ar...
Tão manso, tão devagar
as nostálgicas saudades do arvoredo
choro, me escondo, sinto medo...

O vento corre pela manhã
nas vagas horas, de uma saudade vã
balança a cabelera da pequena
corro, me espalho, sou uma menina facera....

O tempo cobre a colina
os carros de lomba, e a doce menina
vagueia pela manhã que se finda
e pelas tardes frias do ainda...

O vento carrega lembranças
de outrora, de tantas infâncias
da pele grossa na mão enrugada
da minha querência que permanece ali, inalterada...

No lombo do cavalo, na hora do regresso, avisto ao longe minha morada.

lunedì, maggio 25, 2009

Contemplamos o silêncio..um do outro...

Silêncio.
Aqui do lado de fora tudo está mudo.
Sentamos lado a lado.
Um toque nas mãos. Mais silêncio.
No velho rádio uma música te lembra outros tempos.
Silêncio.
Entre nós.
Em mim pensamentos frenéticos se apossam da racionalidade.
Em ti...não sei o que pensas.
Apenas toca, toca, toca...como se quisesse confortar.
Silêncio.
O caminho é rápido.
Os carros, as sinaleiras, nossas mãos.
Algo absolutamente estranho no nosso silêncio.
Vontade de falar.
Mas prefiro a esquizofrenia passageira.
Ela coagula minha saliva.
Alimenta as vísceras.
E o silêncio embala o que pensamos.
Penso em ti.
Pensas em mim.
Nos calamos e pensamos o quanto é impossível falar...

lunedì, maggio 18, 2009

a versão dramática 2.4 mais intensa...quebrando a cara mais uma vez

O vazio. sim, é ele. sem sentido.consentido...tudo está vazio: cá comigo, quem sabe contigo.também fervilho, e ao mesmo tempo do tanto vazio que me comove.

mas o vazio é assim... vazio... inexplicável e acho que nem é sentido, sendo assim, simplesmente vazio...parece sem sangue nas veias. mesmo que nas veias o sangue lateja. é um estranho descontentamento. pelo vazio que é agora. pelo tudo transbordante que foi outrora. um vazio autorizado pelo livre-arbitrio. um arbítrio arbitrário, visto os fatos de um ponto-de-vista vazio. estranhezas também rolam neste manso divagar. manso. vazio. incomodo. eufórico. sinto aquela necessidade breve de me lançar. o vazio que não é um mito, nem uma caverna, faz frio. um frio real, surreal no plano essencialmente do imaginário delírio deste vazio. humano, convertido em desumano. afinal nem de órgãos, nem de sentimentos e vontades, somos vazios. mas o vazio incomoda. mais a gente que ama. do que a gente que não ama mais e está vazia. se está vazio lá fora, imagina aqui dentro, caro poeta. as paredes são brancas. as ideias planas. a libido contida. o vazio é da alma. o vazio que encarna... a pele descarnada. no olhar abduzido. no mais longo delírio. é vazio. e por isso para mim já é mais nada.

mercoledì, maggio 06, 2009

E no filme eu acreditava em me salvar no final...


Sei que este blog sempre teve um público fiel e bem oculto, que às vezes solta breves comentáros pela rua, visto que este blog já está o seu quarto ano. Mas assim, para quem gosta mais da Fran objetiva, jornalista, antropóloga, os direciono para meu outro blog . Mas, para quem gosta de divagar em palavras desconexas e bem pessoais fica por aqui mesmo e ajuda a construir mais devaneios. Se bem que agora estou na fase: Psicanálise do fogo, não mais Poética do devaneio.


É que enquanto metade de mim é tristeza, a outra metade é pura beleza, no sentido mais real da palavra. Hoje, encontrei três pessoas na rua, em que faço questão de parar para conversar, dessas antigas parcerias, a Renata, o Lobato e o Rondon. A velha guarda da Facos, que sempre mesmo, que de uma forma discreta, encorajavam meus sonhos. Os três, separadamente, foram unânimes em dizer que estou mais bonita, que enfim alguma coisa estava diferente em mim. E eu, com meu ego obviamente bem servido, fui convicta em dizer que assim me sinto, mais bonita, leve e enfim decididamente bem convicta em relação ao meu corpo, meu intelecto e minha alma. O professor se arriscou em perguntar ao que se devia tal leveza.

Não, não, não é um novo amor, nem um velho, é o amor próprio. Tudo isso pode ser "balela", papo de pscicólogo, mas entendam que me sinto bem, com uma vontade de viver inexplicável. Vontade dos velhos becos de uma "Paris", dos "Beatles" ao fundo, de uma literatura densa, de um discurso apaixonado, daqueles bem tendenciosos aos valores mais pessoais. E sem medo, eu sei que posso sacudir o mundo, ao menos o meu, e é isso que preciso, sacudir o mundo severamente, depois de todo o sarcasmo e a maldade permitida, dar meia volta e ir embora...Uma beleza, dotada de maldade? Não, não, apenas um Jeito Fran de ser, sem segundas intenções, com todas as intenções - as boas, as más, isso não vem ao caso.

Mas, fica tranquilo, Baby, sem sonhos perturbadores, sem desconfianças, sou assim mesmo, to calma, no meu canto, só sacudindo o mundo a meu jeito, por mim mesmo, sem ningúém, sem porém...


E se querem saber não nasci ontem, então desistam de tentar me entender e saber...To na boa, na paz....e o espírito é só paz...Momento de desfazer os apegos mais profundos e voltar pra casa, apenas isso, e tenha certeza que tudo volta bem melhor, e mais intenso....Ele volta, eu volto, e a ordem das coisas segue...Que sem lógica a ordem das coisas..

Ok, um texto que não é pra ser entendido, nem interpretado, é a Fran aqui tentando "exorpilar" um pouco, depois de um artigo cientíico sobre as apreensões culturais na fronteir. Por que esta vida de artista é bela, mas nem sempre é fácil...Zé Limeira falou pra seguir viagem..a feiticeira do amor, a preta da estalagem, Clementina falou que era sacanagem...ai, ai, dança da coragem, e som da loucura, manda a tempestade pra beira do mar....

Ah, mais algumas coisas (verso estilizado, ou apenas conselhos tolos que não deve ser dado, quanto menos seguido) não movimente ondas num mar que ta calmo. Não crie tempestade, onde há bonança...Não crie problemas, onde só existe as intenções...Se acalmem seres ocultos que tentam me desvendar, tudo não passa de uma falsa impressão... Sou assim...E não me sinto culpada por isso....E to arrisca sim à todos e a tudo, por que sei que sou um ser estranho, bem estranho...e to nem aí pra isso também..o corredor segue, as palavras são poucas....mas só me basta intensidade....


Mas, confesso, que de certa forma, eu tenho medo de ver as criaturas da noite...Porcelana, lua de luz violeta....

sabato, maggio 02, 2009

A silenciar..lá fora!!!

O silencioso batuque
abafa a música ensurdecedora
aqui fora

O mais profundo e inquietante silêncio
da música nostálgica que soa, soa
...se tudo fosse calmo

Nem mais o silêncio
nem mais as canções de nina
nem os batuque dos negros na senzala
Tudo devagar
a se silenciar, silenciar

E as frenéticas composturas dançantes
perderiam-se nas noites
longas e massivas


Afinal tudo é silêncio
na estridente música que insiste em tocar...
Toca...toca...a tocar


O batuque toca a silenciar...

mercoledì, aprile 15, 2009

Aos braços e abraços...
Mais difícil perder...quando ainda se pode ter...

Sempre tive dificuldades em dar abraços. Isso não significa que seja uma pessoa "fria", "insensível". Muito, mas muito pelo contrário. Apenas, tenho uma certa dificuldade em expressar meu carinho através do toque, do abraço. Por isso gosto das palavras e das longas conversas...Ouvir, ouvir, ouvir, falar, falar, falar, falar bem mais, obviamente...

Tento entender por que é tão estranho para mim abraçar e ser abraçado. Conto nos dedos quantas vezes fiz isso com meus pais, meus irmãos, meus amigos. Parece que este ato fica restrito somente aos momentos de intensa alegria, ou profunda tristeza. E me incomoda quando tudo que preciso é abraçar o outro, que está ali de pé na sala esperando um abraço, no canto do banco, no corredor, na sacada. Parece que algo me trava, uma angústia fica na garganta e eu falo, falo, tento dizer palavras bonitas, filosofias de vida meio que sem fundamento, essas coisas. E o abraço fica resguardado na minha vontade. Mas eu queria tanto te acolher num abraço. Quando consigo fazer isso me sinto constrangida, parece que meu abraço não é verdadeiro, parece que não condiz com o que quero dizer. Resumindo: é um trauma para mim, nunca expressado antes. Precisou amigo Ceratti partir para mim conseguir entender também mais este fato.

E quando me abraçam também me soa estranho, até mesmo quando é as pessoas mais íntimas, não sei como lidar com isso...Não sei na verdade como retribuir com a mesma intensidade e verdade. Mas o que sinto é verdadeiro, entendem. No entanto, nestes últimos dias os abraços tem tomado uma dimensão muito grande na minha vida. Por que recebi e me entreguei nos braços de tantas pessoas especiais que isso tem me feito um bem danado...Pessoas que por motivos banais, ou até mesmo os sem fundamento , me afastei. Pessoas que sempres estiveram do meu lado, e até mesmo e especialmente pessoas que conheci ali, naquele momento, naquele segunda-feira.

Então, as re-significações nos meus conceitos e formas de ver a vida tem sido constantes e essenciais. Um parte de mim é dor, vazio, um tentar o tempo todo achar explicação e justificativa por que perdemos pessoas que amamos assim tão repentinamente. E elas não vão estar aí nunca mais para um abraço, especialmente ao final de uma dança. Mas parte de mim está feliz, em paz, por que encontrou nos abraços significados e verdades que eu não queria ver, quem sabe não queria entender....

Obrigado à todos que estiveram do meu lado...me abraçaram....Desculpa àqueles que não abracei, vão ter sempre com a mesma intensidade nas minhas palavras, meu amor, meu carinho. E à quem ficou me devendo só um abraço...digo..é ainda mais triste ter que perder, escolher perder as pessoas que estão vivas..e poderiam ainda tantas vezes se aconchegar nos meus braços....Mas já não posso mais abraçar, quem deixou de me abraçar no momento que mais precisei....É uma tristeza imensa....principalmente ao perceber que não terás paz...Eu já tenho em mim....

giovedì, aprile 09, 2009

Rostos profanos...

Rostos com traços perfeitos são motivos de várias concepções pré-concebidas por mim. Dou uma valoração que se distancia dos fatos reais, concretos e verdadeiramente humanos. Os traços são sim perfeitos, muito próximo da idéia do sagrado, no entanto, em oposto estari posteriormente o profano. E as ambiguidades.

Mas os rostos não são religiões, nem fatos sociais descarnados, quanto menos pode se atribuir à eles somente representações individuais. Vejamos os contextos. Os rostos perfeitos, enquanto fenômenos, são tomados por mim como representações difusas de imensas e inquestionáveis possibilidades. E elas se desvincilham num emarranhado de acontecimentos cronológicos, mas nem tanto lógicos.

Por isso, tenho me detido em apenas olhar para os rostos perfeitos, sem vontade de tocá-los. Pois longes do toque eles continuariam sagrados, religiosamente dotados de uma perfeição que lhes concebeu o criador ou a criatura. Num pedestal os resguardo, com veneração e lástima, pois sei que da perfeição sobram rugas, e da amargura as lágrimas que desterram os traços imperfeitos.

Por isso, me visto de imperfeitos rostos...Deles não espero nada, a não ser o cair das máscaras. Devaneios proféticos numa noite de insônia, vividos por uma futura antropóloga que na mais tênue febre de observação, tenta encontrar lógica entre as palavras, os rostos e a vida...

martedì, marzo 24, 2009

Sou agora, o que querias...

Ai, o sabor doce da inquietude
Sou, o que sou
e me vês como não eras...


Agora sou o que me via
Não mais o que fui
e me delicio com o amargo da finitude...

domenica, marzo 15, 2009

Uma tarde de domino e um colo...


Uma voz turva no telefone. Nem por isso menos meiga. Era a voz dela. Doce, pequena, a menina dos olhos de mel, dos cabelos cacheados, do meu amor mais incondicional. E com ela vieram os odores do porão velho quase que abandonado. Das paredes de madeira que aos poucos perdem a tintura. Das teias de aranha que eu tirava do teto em todas as manhãs de sábado. Rapidamente a voz se transformou em pranto do outro lado do telefone, deste lado do telefone. Éramos portadoras de uma distância tão grande naquele momento, mas nossas fragilidades nos faziam iguais. Isso pode ser devido ao simples fato de que somos irmãs. No entanto, somos mais, parece tão nítido que somos iguais.

E então Louis Chadourne estava certo quando devaneou: "Minha infância é um feixe de odores...E quem então não se lembra - ó fraternidade- de uma árvore,de uma casa ou de uma infância?". Ao atender o telefone fui tocada rapidamente por todos os odores daqueles outonos. Os aromas, os dissabores, cada sentimento da infância, do lugar, das pessoas, de tudo que me remetia ao lugar que minha menina estava. Mas, ela se desfez em prantos, mal conseguia soletrar sua angústia ao telefone. Eu cá deste lado da linha, 8 anos mais velha que ela não podia dizer mais nada a não ser, fica calma, dá uma volta...quem sabe sinta o vento na cara.

Mas, isso era tão vago para ela, que está impregnada no dia-a-dia daqueles odores e dissabores. Certamente aqui uns 8 anos, quando ela estiver deste lado da linha, como eu, vai entender que "nossa infância eterniza um odor de veludo"...tão bonito, tão puro, tão pequenos pertos aos grandes odores e dissabores da vida...

Queria ser o colo dela nesta tarde...Mas agradeço com toda a sinceridade o colo que tive nesta tarde...

lunedì, marzo 02, 2009

A viagem entre os dentes...


Aveludas estradas tortuosas
Nas "veradas" os poestas autênticos
se debruçam em tempestade de palavras...

Verbos, amores espalhados
nos versos murchos de verdes abóboras
As pedras ressaltam caramujos esbeltos
e teus olhos meu amor são só saudades....


Se vão os caminhos...das curvas deslizantes
Rodas, muros e outrora mais paisagem
Liquidamente perambulam os poetas
Verdes, sarcásticos e amantes...

E eles queriam as estradas mais sem curvas. Que bobagem se nas curvas se encontra o sabor doce da viagem....

giovedì, febbraio 19, 2009

Se quebram os vasos, também os amores!!!



Rosas verdes incolores
Cheiram Chuva turva nesta noite
Coloridas, sépias são minhas flores
Janelas fechadas, gritos e mais açoites.

Barulho estranho, sem calçadas
E as rosas vermelhas do outro lado
Os vitrines e as gotas despedaçadas
E o passo manso desencontrado.

Escrevo rima pelos cabelos soltos
E os espinhos das rosas gritam
Verdes incolores negros diamantes envoltos
das rosas desfeitas que se agitam.

Mais mãos nos cabelos enrosados
De perfumes nobres das minhas flores
secretas chuvas guardadas nos frascos
Um dia se quebram! Ai, os amores!

mercoledì, febbraio 11, 2009

Sete pecados..Quantos mais...


Desafio feito ...desafio aceito...Uma nova amiga de blog me desafiou a escrever sobre os 7 pecados capitais e a relação que temos com eles. Confesso, que nunca pensei sobre os sete pecados e tive que recorrer ao dicionário para entender os conceitos de alguns. Mas vamos ao que eu penso deles, e como vejo eles na minha vida.

Gula_Minhas gulas são insaciáveis, isso não posso negar. Poderia apenas dizer que sou fissurada por chocolate, ou frutas. Mas, minha gula se estende a vontade de conhecer e ter o mundo. Uma gula incontrolável de querer ir além do que sou e do que tenho, não no sentido material da coisa, quem sabe também dessa maneira. Acho, que sou visionária mesmo e minha gula maior é por conhecimento, novos lugares, novas culturas, assim novos molhos picantes em pratos afrodisíacos.

Inveja_Tenho sim inveja de algumas coisas. Não no sentido mal da palavra, quem sabe o que denominamos como "Inveja Boa", se é que essa expressão existe de fato. Sinto inveja de quem consegur ir longe, consegue ser grande. Quem sabe por que assim também quero e vou ser...

Ira_O que mais me deixa com ira, nervosa demais, é o julgamento sem cabimento. O julgamento com muitas acusações e poucas argumentações. Acredito na justiça, mas não na que os homens acreditam ser a mais coerente. Se o homem é o lobo do homem, por que deveria se acreditar na justiça feita pelos homens lobos, então?

Vaidade_Sou vaidosa sim com meu trabalho, minhas fotos, com o que escrevo...Sou vaidosa também com o meu cabelo, e às vezes com minhas unhas quando consigo deixá-las crescer...Gosto de saias compridas, de colares grandes e de brincos maiores ainda...To fazendo academia e tentando retomar uma dieta que abandonei na semana passada depois de passar alguns dias na casa dos meus pais.

Preguiça_Sou preguiçosa de manhã ao acordar, depois do almoço...e no final da tarde. Nada que me impeça de passar meus dias na correria, com muitos planos, projetos e papos, mas sou preguiçosa sim.....E queria uma praia e uma rede mais alguns dias...Não muitos também, por que monotonia me deixa muito nervosa...Não gosto de pensar demais na vida, por que penso demais, vivo de menos. E gosto de viver, e muito. O que me faz acreditar mais uma vez que é hora de acabar...

Avareza_Heheheh, o que é isso mesmo? Pelo que entendi avareza é apresso enorme por dinheiro, ou coisa do gênero. Gosto de dinheiro sim, por que sei o que é não tê-lo, no entando dinheiro não é o carro-chefe da minha vida. Ele pode comprar emoções, mas ele não é responsável em criá-las. Ou será que é? Bom, não sei o que dizer sobre este pecado. Gosto de dinheiro e quero ter bem mais para poder financiar minhas gulas, mas sei que ele não compra virtude.

Luxúria_Só a coisas subjetivas....


Aí estão meus e teus setes pecados capitais. É bem interessante pensar sobre eles...mas acho que ainda não tenho maturidade para identificá-los na minha vida....Mais bobagens e bobagens..

venerdì, gennaio 30, 2009

ela queria que o mundo terminasse ali...


Uma tarde cinzenta e miúda. Dessas tardes que chega doer o olhar de tão calado, tão parado. Ela caminhava. Não buscava nada, só se deliciava em pensamentos julgadores da felicidade abstrata de tantas pessoas a sua volta. Sentia a falta de calos nas mãos e seria capaz de passar a tarde toda a tatear apenas aqueles fragmentos.

Nada procurava, no entanto foi breve quando tudo encontrou. E as horas parecem que também paravam, inertes, um único foco. Tudo soava mais calmo agora, mais verdadeiro. Tudo era de um olhos mergulhados em falta de respostas. Era estranho carregar tantas memórias ainda na pele. Um toque, um olhar, uma palavra. E a tarde ia mais devagar, mais rápida...E como poderia um dia supostamente acabar? Sabia cada detalhe de pele, de cheiro, de olhares. Sabia descrever minuciosamente cada detalhe, cada palavra que seria dita..Poucas, no entanto, seu mundo parava naquelas horas.

Assim, naquela minúscula tarde vazia, tudo tomara um sentido indiscrítivel como se os calos às mãos pertencessem, como se as respostas ao mundo não abalassem. E tudo poderia morrer ali parado naquela paisagem, que sua vida seria mais uma vez feliz, mais uma vez verdadeira....

giovedì, gennaio 22, 2009

Tão pesado .... não falas mais nada

Os ossos exaustos dóem de amor
Nas emaecidas manhãs que se findam
As velhas unhas já sem cor
Querem se despedir das mãos que me duvidam...

Nos olhos pesam incongruências
Tão pesado, tão doído, tão absurdo
E as costas marcada de tantas penitências
Desfilam no chão sombrio, mas sorriem, contudo....

Divagam na dor aguda dos ossos
Versões, nítidas de querer, não querer
Como água destilada que as mãos tocaram no poço
E as costas a desfilar uma breve vontade de viver


É...tão pesado, tão doído, tão absurdo
Ossos, unhas, costas e mãos
O meu rosto repentinamento desnudo
E imaginar que a vida é assim precípua ilusão...


Versos de Fran Rebelatto, escrito nas margens de uma folha de papel hoje à tarde, quando mais uma vez as horas demoram silenciosamente a passar..Um eu poético, um tanto verdadeiro, um eu poético um tanto melancólico. Eu? Não eu? Entre poetas, fantasmas e a carne tudo é tão breve, tudo é tão fugidio....Gosto destes momentos de intensa solidão...

martedì, gennaio 20, 2009

...uma tarde mais...


A tarde rasga gargantas mudas
Espinhos dormentes cortam...
de uma nitidez quase desnuda
a fragilidade das horas que sobram...


Os pés rígidos cercados de desgosto
E os espinhos rasgam também a face
tudo são notas vagas longe de agosto
é a tarde...está vaga e longínqua tarde...



sabato, gennaio 10, 2009

rua…

Os pés ansiosos caminhavam apressadamente. A cidade muda, as pessoas inertes. Tudo era velho e estranho, ao mesmo tão familiar. Um pouco de ar, depois de dias no enclausuramente do meu quarto. Silêncio. Minha irmã balbuciava algumas palavras do meu lado. Eu evasiva sentia vontade de caminhar mais rápido.

A direção insensata das poucas palavras de saiam dos meus poros, era fugaz, desconhecida. Eu queria o cheiro de mar, queria o cheiro do outro lado do oceano. Quem sabe do inesquecível que ainda não conheço. O mundo tão imenso, nós tão humanos…

venerdì, gennaio 09, 2009

Saudades in the arms, legs, eyes...


Nostalgia ... Saudades love of the sea in the arms, legs, no eyes...

Saudades nos braços, nas pernas
no olhar evasivo que se espalha na madrugada doentia
tudo tão longe do mar
tudo tão abandonado em mim...

gosto amargo de saudade nos lábios
duro instante que não me ouve
é silêncio, nem mesmo frio
tudo está tão quente
faz mais uma madrugada de silêncio nos calcanhares...

Um toque, duas palavras
mas me abandonaste em meio ao concreto
os prédios gélidos, os olhares desconhecidos
a solidão, de fininho uma angústia corrói tecidos...

Minha doença é o excesso
minha falta do sal
minhas feridas no mar
meu amor queria encontrar-te ao final...

rimas desrimadas
vida, desvivida
do sofá, para as paredes mórbidas do quarto
quantas poesias piegas mais
só queria sua voz ao telefone
nem que fosse a me gritar...

martedì, gennaio 06, 2009

Ai que saudade do mar..amor


Eu não gosto do mar para tomar banho na sua água salgada, quando menos para deitar na areia e passar a tarde tomando banho de sol. Eu gosto da imensidão do mar, daquela fantástica magnitude que parece nunca ter fim...que parece que circunda o mundo tirando a respiração de quem gosta de metáforas.

Passei um bom tempo sem ver o mar...Meus pais nem o conhecem...Nunca tivemos a tradição de viajar em família nas férias para a praia ou coisa do gênero. Aliás nunca tivemos férias em família, os recursos eram poucos,e a vida que levávamos não permitia que toda a família saísse de casa. Quem mora pra fora sabe o que é isso, os animais dependem do homem e o homem depende do animal. Cumplicidade, ou então prisão, sei que as coisas nunca foram fáceis e por isso o mar era tão distante.

Mas sempre ouvi comentários sobre ele, muitas vezes o vi pelas novelas e filmes. Fiquei em frente a ele, bem depois dos meus 15 anos. E era de tirar o fôlego, aquela vontade de trancar a respiração para não atrapalhar aquela beleza...para não perder cada centímetro de metáforas que iam e voltavam com as ondas, com o vento gelado de uma viagem no inverno à Santa Catarina.

Mais tarde, os tempos mudaram, e a vida me levou muitas vezes mais ao mar...em tantos lugares deste país, que meus pais nunca seriam capaz de imaginar. Na semana passada depois de uns 2 anos sem mar, eu volto a tocar nele. Sentar em frente a sua magnitude e então me ponho a pensar que o poeta estava muito coerente ao explicar metáforas ao carteiro, ali na areia da praia, quando as ondas vão e vem....Quando a água, o vento e a brisa conseguem me fazer sonhar....E um dos meus maiores sonhos é levar meus pais até lá, bem pertinho para sentir a leveza do mar....Logo, logo se Deus Quiser...Pois para 2009, mais mar, mais vento na cara, mais mochila nas costas, mais família comigo....