Nos reunimos para matar saudade dos velhos tempos de janta com a comida da Susana, com o negrinho de sobremesa e para falar dos outros. Ok, mas depois de muito "criticar" os que não estavam presente e o que eles estariam fazendo começamos a falar da gente. Sim, da nossa trajetória e principalmente dos nossos defeitos. 2 meses de formados, 4 anos de colegas, quantas histórias, algumas que nem fazia idéia que ainda existiam nas nossas memórias. Parecia que tínhamos feito cursos diferentes. Comentávamos das aulas e dos discursos exagerados e inflamados, do meu texto de três página horrível, dos meus atrasos nos trabalhos, nos meus exames, das minhas críticas ferrenhas que até fariam colegas chorar...dos meus erros, e quantos deles...Falei deles também, mas virginianos sempre são alvos mais interessantes de se atacar.
Tudo bem, eu permitia. E ela repetiu: a Fran sempre tinha um discurso novo a cada dia (hahaha) os outros concordaram, e meu ego ferido se retirou para lavar a louça. Porém, depois de muita reflexão entre espuma, prato sujo, e toalha gordurosa, voltei a sala e os convenci que neste tempo eu era bem mais feliz, era bem mais audaciosa, bem mais sonhadora e por isso os trilhos tinham bem mais sentido. Agora, acordar, trabalhar, voltar para casa, projetar coisas vagas, durmir, ter pesadelos não tem sido nada divertido, mesmo que hoje segundo a Anaqueli eu seja uma pessoa bem mais centrada...
Foda-se a centralidade das coisas, foda-se a formalidade do mundo, prefiro passar horas no RU filosofando e projetando discursos absurdos mesmo que amanhã o caminho já seja outro...Eles continuam aqui do lado assistindo filme e eu preciso escrever (rrrrrrrrrr, meu texto jornalístico é um lixo).