venerdì, dicembre 26, 2008

Em 2009, novas janelas...


Gosto de pensar o novo ano como janelas, aquelas já citadas em poemas de Mário Quintana. O ideal seria se conseguissemos sair à rua como quem vê das janelas novas possibilidades. Das janelas novas paisagens, por isso um novo jeito de olhar. Da janela novos ares.

Bom, estou partindo para uns dias de férias de uma janela à beira do Mar, do sol, da areia...Depois mais uns dias em Charrua...Para todos, um 2008, com muitas janelas, com muita luz que vem delas, e com um novo olhar sobre o mundo, todos os dias ao abrir uma nova janela

giovedì, dicembre 18, 2008

Múrmurios

Decididamente, hoje estou muito mais indignada do que todos os outros dias. Perdão por ser assim, mas francamente eu não sai de Charrua, para sofrer, para passar minha vida de uma forma medíocre e sem sentido. E olha que nesse caminho entre sair de Charrua, e hoje estar aí disposta a ir muito longe no mundo, já fiz muito burrada, mas muitas coisas bacanas também.

Mas, assim, to de saco cheio dessa história de reclamar da vida. De pessoas, que vêem o seu umbigo como a única coisa sucetível aos problemas do mundo, como se o resto da humanidade não tivesse mazelas, como se as pequenas coisas insignificantes da sua vida fosse motivo para tragédias, para se trancar no quarto, para querer ver os outros sofrendo....

No entanto, temos escolhas, disso não temos como fugir, eu escolho voltar todos os dias...Fazer o que...Estou certa, estou errada? O que posso dizer é que preciso voltar, por que preciso provar para mim, para ti que a vida é mais linda do que se imagina, que o mundo é maior do que se pode crer...e que ser feliz é tão simples, e tão mágico. Pena, que tens medo...pena que tantos de nós temos medo...é muito mais fácil fugir, não é mesmo...É muito mais fácil vestir máscaras...sofrer...
É difícil admitir que se pode ser feliz, que se pode perdoar, que se pode amar...quem sabe tenha muito ainda que aprender...Assim, como eu....que a cada dia aprendo mais e mais...com dor, com alegria....Tudo num singelo acordar e dar sentido para a vida...

lunedì, dicembre 15, 2008

árvores...


Sinto vozes de um vento estranho a crepitar em mim...
Quem sabe são apenas as lamúrias destes longos e tardios dias
que não são nem mais, nem menos tristes
que não são nem mais, nem menos dramáticos

vejo que árvores tem raízes
das mais esbeltas, as rarefeitas
vejo que a beleza da eternidade reside em não divagar mansamente nesta infinitude
paro para escrever estas meia dúzias de vagas idéias

já é madrugada
lá fora mais calor, mais barulho da noite mansa, estranha
do alarme de um carro, algumas vozes, do boteco da esquina
aqui dentro novos porta-retratos, as costas tortas
e as árvores lá de fora que eu abracei naquela tarde?
Ai, as árvores....que não são nós, que não são sós...

as árvores e as madrugadas...queria abraçar eternamente...

giovedì, dicembre 04, 2008

Nas manhãs, nas madrugadas


Respingam gotas de solidão
sobre a noite esfacelada
a pólvora ainda seca nas mãos
e a doce e vil garganta calada...

Goteja o grito abafado
na quase madrugada despedaçada
O perfume dos meus olhos condenado
e um pedido às horas atropeladas

Não sinto mais brilhar
nem as manhãs, nem as passadas
sinto apenas a gotejar
o desejo de tudo ser um dia águas abandonadas.


Eu queria apenas voltar a ser feliz...Queria apenas te fazer feliz...

lunedì, dicembre 01, 2008

Um medíocre ponto-de-vista



Eu queria sentir a cabeça de curiosos homens que os artistas anônimos deixam esculpidas no meio do nada. Quem sabe são peça inacabadas, e por que não homens já feitos de tensões, apreensãos e felicidades?

Eu queria também, entender a cabeça de curiosos pensadores como Lévi-Strauss no seus 100 anos, de Darwin, Sócrates, Aristóteles, e a minha então, por que não. Eu queria entender as obras, também o sabor dos vinhos mais quentes.

E nesta batalha de tentar entender, Einstein um dia diria:

"Uma coisa é importante: abalar o que é chamado de realidade através de alucinações adaptadas, assim como alterar as hierarquias de valor do real".

Eu queria entender por que os fenômenos astronômicos demoram tanto tempo para acontecer, e por que as catástrofes são cada vez mais freqüentes. Eu queria entender, por que é necessário pichar as escadas da Cesma com uma "arte" vulgar e pequena. E por que tem gente que reclama tanto da vida, quando tem tantos e ínúmeros motivos para viver....

Caros, leitores, depois de uma breve hibernação introspetiva, cá estou de volta, ainda tentando entender o mundo, agora no caminho da antropologia... Mas ainda, com a mesma subjetividade tão pertinente e importante ( ao menos, do meu medíocre ponto-de-vista)