Sinto vozes de um vento estranho a crepitar em mim...
Quem sabe são apenas as lamúrias destes longos e tardios dias
que não são nem mais, nem menos tristes
que não são nem mais, nem menos dramáticos
vejo que árvores tem raízes
das mais esbeltas, as rarefeitas
vejo que a beleza da eternidade reside em não divagar mansamente nesta infinitude
paro para escrever estas meia dúzias de vagas idéias
já é madrugada
lá fora mais calor, mais barulho da noite mansa, estranha
do alarme de um carro, algumas vozes, do boteco da esquina
aqui dentro novos porta-retratos, as costas tortas
e as árvores lá de fora que eu abracei naquela tarde?
Ai, as árvores....que não são nós, que não são sós...
as árvores e as madrugadas...queria abraçar eternamente...
1 commento:
Cara amiga ex-futura freira.
Estou zangado com vc... retirou os comentários do outro blogue...
Gostei imenso do seu último post (o da carta...).
Pena que vc não tenha lá colocado a foto que o tal fotógrafo lhe fez... será que a posso ver ainda que digitalizada? Não sei fazer fotos, mas aprecio muito a qualidade de quem as sabe fazer como vc.
Gostei do seu poema, é belíssimo, de fina sensibilidade poética.
Feliz Natal, beijinhos.
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