Rostos com traços perfeitos são motivos de várias concepções pré-concebidas por mim. Dou uma valoração que se distancia dos fatos reais, concretos e verdadeiramente humanos. Os traços são sim perfeitos, muito próximo da idéia do sagrado, no entanto, em oposto estari posteriormente o profano. E as ambiguidades.
Mas os rostos não são religiões, nem fatos sociais descarnados, quanto menos pode se atribuir à eles somente representações individuais. Vejamos os contextos. Os rostos perfeitos, enquanto fenômenos, são tomados por mim como representações difusas de imensas e inquestionáveis possibilidades. E elas se desvincilham num emarranhado de acontecimentos cronológicos, mas nem tanto lógicos.
Por isso, tenho me detido em apenas olhar para os rostos perfeitos, sem vontade de tocá-los. Pois longes do toque eles continuariam sagrados, religiosamente dotados de uma perfeição que lhes concebeu o criador ou a criatura. Num pedestal os resguardo, com veneração e lástima, pois sei que da perfeição sobram rugas, e da amargura as lágrimas que desterram os traços imperfeitos.
Por isso, me visto de imperfeitos rostos...Deles não espero nada, a não ser o cair das máscaras. Devaneios proféticos numa noite de insônia, vividos por uma futura antropóloga que na mais tênue febre de observação, tenta encontrar lógica entre as palavras, os rostos e a vida...
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