Eu não gosto do mar para tomar banho na sua água salgada, quando menos para deitar na areia e passar a tarde tomando banho de sol. Eu gosto da imensidão do mar, daquela fantástica magnitude que parece nunca ter fim...que parece que circunda o mundo tirando a respiração de quem gosta de metáforas.
Passei um bom tempo sem ver o mar...Meus pais nem o conhecem...Nunca tivemos a tradição de viajar em família nas férias para a praia ou coisa do gênero. Aliás nunca tivemos férias em família, os recursos eram poucos,e a vida que levávamos não permitia que toda a família saísse de casa. Quem mora pra fora sabe o que é isso, os animais dependem do homem e o homem depende do animal. Cumplicidade, ou então prisão, sei que as coisas nunca foram fáceis e por isso o mar era tão distante.
Mas sempre ouvi comentários sobre ele, muitas vezes o vi pelas novelas e filmes. Fiquei em frente a ele, bem depois dos meus 15 anos. E era de tirar o fôlego, aquela vontade de trancar a respiração para não atrapalhar aquela beleza...para não perder cada centímetro de metáforas que iam e voltavam com as ondas, com o vento gelado de uma viagem no inverno à Santa Catarina.
Mais tarde, os tempos mudaram, e a vida me levou muitas vezes mais ao mar...em tantos lugares deste país, que meus pais nunca seriam capaz de imaginar. Na semana passada depois de uns 2 anos sem mar, eu volto a tocar nele. Sentar em frente a sua magnitude e então me ponho a pensar que o poeta estava muito coerente ao explicar metáforas ao carteiro, ali na areia da praia, quando as ondas vão e vem....Quando a água, o vento e a brisa conseguem me fazer sonhar....E um dos meus maiores sonhos é levar meus pais até lá, bem pertinho para sentir a leveza do mar....Logo, logo se Deus Quiser...Pois para 2009, mais mar, mais vento na cara, mais mochila nas costas, mais família comigo....
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