Me identifico com pessoas que acreditam que caminhos podem e devem ser construídos ao caminhar, como já disse o poeta anteriormente. Nestes caminhos, sofro com minha "vã inocência" em escrever, pensar, amar e me entregar demais as coisas, especialmente quando entendo que tenho que buscar e construir um novo olhar sobre um caminho já dado, ou então propor um novo caminho, ainda inexplorado. Se bem que a originalidade está cada vez mais difícil. Então, original é nosso olhar e como damos nossos passos, por estes caminhos previamente frutos de constructo social.
Ai, as rebuscações de uma linguagem, as experimentações da pragmática, da epistomologia, nada disso pode estar ao alcance, do "doce- amargo" sabor da imprevisibilidade. Que na verdade, não deixa de ser fruto de um mecanismo já engendrado na nossa maneira de encarrar e propor as coisas. Os cálculos propostos pelo individualismo metodológico. Viajei 17 dias pelas terras de Neruda. Em janeiro de 2009 não fazia a mínima idéia de que está viagem aconteceria, nem por isso exitei em colocar como destaque na minha agenda que para 2009 queria sentar em frente ao mar e entender ainda mais as metáforas do olhar para a infinitude do horizonte, e quem sabe se chegar a nada, que para o poeta se converte em tudo.
E por circunstâncias, e mais do que isso pela energia depositada em um novo sentido que se pretende diante mediocridade da vida, a viagem para o Chile aconteceu. Num momento de turbulências diplomáticas, de morte de Maicon Jackson, de gripe A, de confusões afetivas, de crises com a profissão, com as palavras mal-escritas e ditas. Enfim, uma viagem que não foi por acaso, e agora depois de estar diante desse pc no meu quarto quieto, tenho a plena convicção que era pra ser. Como sempre digo: romantismo extremo, tendência ao fatalismo, ou enfim o que quer que seja. Eu acredito que existe energia neste mundo, existe fluxo de energia que faz com que a mim venham coisas pela qual disponho tempo, energia, luz para que elas aconteçam.
Resumindo: Me sinto imensamente feliz, invadida inocentemente por uma vontade absurda de viver na estrada. Por que parece que ali estamos diante de nós mesmos. Ok, sei que isso é tentar fugir que existe um retorno, pessoas, sentimentos, vulnaribilidades (??) cotidianas, mas a estrada parece que deixa os calos humanos, mais fantasmagóricos, mais permeáveis de encontros que fazem o brilho no olhar retornar. Pode dar em nada, mas pode ao mesmo tempo mudar tudo....
Breve reflexão cotidiana sobre o eu.....Para entender a viagem que falo basta dar uma olhadinha no meu outro blog aqui
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