lunedì, luglio 16, 2007

A contemplação do que não se conhece, senão lentamente!!!



A arte de contemplar é a arte de seduzir e ser seduzido pela vida. Confesso que essa idéia tomou posse dos meus pensamentos há poucos dias, depois de uma viagem a Porto Alegre. Sim, precisei fugir do meu cotidiano para me dar conta da arte da contemplação, mas isso não se deve somente ao fato de que passei dois dias em frente a exposição do Goya, de Vera Chaves Barcelos, assistindo A Medéia, O Horla, obras de Iberê Camargo. Esses pensamentos se devem especialmente a uma mudança de percepção de mundo.

Dizem bons e velhos amigos que isso acontece todo o dia comigo. Quem me dera amigos, enquanto esbravejo filosofias apaixonantes por novos sonhos, meu interior continua insistindo nos mesmos valores de vida. Mas isso vem mudando, creio que muda conforme nosso amadurecimento. Que acontece de forma calma, silenciosa, e só o percebemos quando nos damos conta da nossa forma de pensar, ou então da nova forma de contemplar a vida.

E é neste ponto, que queria chegar. Percebam caros leitores que este é mais um daqueles longos textos frenéticos e confusos, onde nada fica muito claro, por que a mão que a escreve está mais uma vez emocionada pela mudança. Mas enfim, tenho percebido e creio que os senhores também que temos vivido nossa vida de uma forma ínfima, vazia, corremos dias e nos dias em busca de algo que na verdade não entendemos ao certo o que é. Dizem alguns que é felicidade, outros falam em bem-estar, tranqüilidade, riqueza, amor. Mas será que já paramos para contemplar o verdadeiro sentido de tudo isso para nossas vidas, para nossas essências? Não sei, aliás, não, nunca paramos. Tentamos sempre fugir deste ato, por que quando paramos para fazer isso, nossa vida se torna mais bonita, mas fantasiosa, e assim quem sabe mais sem graça.

Pois, somos educados a lutar e buscar a dificuldade, isso nos engrandece, nos dignifica, mas quem sabe o que é dignidade se nunca a contemplou? E assim, deixamos de contemplar os olhares, as cores das ruas, as sensações de cada dia, o ritmo daquelas canções, o suspiro da pessoa ao lado no ônibus. Deixamos de contemplar nossas fraquezas, nossas vitórias, nossos sonhos. E apenas vivemos, assim meio que sem sentido, um dia após o outro.

Mas, senhores se pudesse lhes dar um conselho que pode mudar suas vidas, diria: Contemplem o mundo, assim, de uma forma pura, com um olhar calmo, e com paixão no coração e verão que a vida fica mais bonita, os problemas mais brandos e os olhares mais verdadeiros. E assim tudo vai tendo um sentido, sem sentido. Afinal quem disse que a arte de contemplar precisa ter sentido, aliás, quem disse que precisamos de respostas para tudo?

Bom, bom, paro por aqui, por que essas palavras ainda sujariam páginas e páginas deste modesto caderno virtual, afinal a arte de contemplar não te da limites para você perceber a vida com outro olhar.

Este texto é fruto da contemplação, aos ritmos, palavras, poesias e entrelinhas do olhar de um novo amigo nos meus dias. Ele há de entender, já que a pipa foi solta para o mundo, já que ele, creio já tenha experimentado a arte de contemplar suas próprias fúrias.

Nessun commento: