lunedì, gennaio 07, 2008

Frestas...estômago - muito, demasiado Humano...


A sensação de perda, de afastamento. Fazia tempos, que não sentia tais sensações. Quem sabe por que o poeta sempre teve controle sobre suas palavras, sobre suas entrelinhas. Mas ontem enquanto lia Nietzche no seu livre Humano, demasiado humano, me deu aquela sensação já descrita pelo autor "...um rebelde, arbitrário, vulcânico anseio de viagem, de exílio, afastamento, esfriamento, enregelamento, sobriedade, um ódio ao amor". Uma vontade incontrolável de entrar nas frestas, como aquela que tinha sentido horas antes ao fotografar as rachaduras que marcaram a estética do prédio em frente.

Entrei nas frestas, e meu estômago ínfimo se retorceu compulsivamente, e continua assim neste momento, aquela estranha sensação de vulnerabilidade, aquela estranha sensação de medo. Medo de perder, medo de não mais ter, medo de querer não mais ser, ou então de ser...Medo do medo...Putz! Que sensação angustiante, entro mais uma vez mas frestas, naquela vontade de penetrar no escombro mais perverso da minha alma. Quem sabe sofro, quem sabe volto a poetizar.

Sabe aquela vontade de correr, de ter nos braços, de amar, de chorar baixinho, de querer ter mais perto, de ser intenso, de olhar nos olhos, aquela angústia mais uma vez de perder...E o poeta não queria perder, mas ele é apenas um velho moralista, apanhador de pássaros, e eu continuo com o estômago embrulhado, não quero te perder....Humano, demasiado humano, é isso que somos....meros, hipócritas humanos

2 commenti:

Secreta ha detto...

Olá,
Venho desejar-te um bom ano de 2008 , com muitas alegrias.
Beijito.

Nilson Barcelli ha detto...

O poeta bem disfarça, mas a verdade é que todos têm essas sensações.
Um belo texto, diria realista.
Bom resto de semana.
Beijinhos.