lunedì, marzo 31, 2008

Que cor teria a felicidade? Verde?



Há dias tenho pensado na felicidade, ou melhor na falta dela. Não, não busco conceitos exatos, quanto menos entendê-la, mas quem sabe apenas sentidos para justificar sua presença ou falta na minha vida, na tua vida. Afinal quem não se viu em algum momento invadido bruscamente com um sentimento de felicidade descontrolado, ou então, por um sentimento inesperado de infelicidade. Pode se levar horas de um poló a outro, ou também questão de segundos. Eu sou assim, de um segundo à outro...feliz...um segundo mais..infeliz... E vejam que despertada pela curiosidade de ver o que se fala sobre a felicidade encontrei coisas muito interessantes na internet.


Alguns usam a felicidade até mesmo para seus trabalhos cientícos como é o caso da pesquisa "Os Determinantes Empíricos da Felicidade no Brasil" que você pode ver aqui. Como diz a introdução da pesquisa: "Este trabalho examina de forma empírica a questão do papel de variáveis econômicas na determinação do nível de bem-estar dos indivíduos, utilizando a felicidade declarada como uma aproximação do bem-estar individual, a partir dos micro-dados retirados da World Values Survey para cinco paises, enfatizando o caso brasileiro. Os resultados mostram que há uma correlação positiva e significante entre renda e felicidade."


Então felicidade estaria ligada diretamente à renda, à nossa condição social? Aqui tenho minhas dúvidas, mas quantas mais teria. Um hipótese parecida é explicada pelos gregos que ligavam a felicidade ( eudaimonia ) a uma condição concedida por favor divino, e é feliz aquele que desfruta do favor dos daimones, isto é, daqueles poderes divinos que poderiam ser hostís. A felicidade, então seria uma força espiritual distante dos homens, que se torna brinquedo dos deuses. Eles (os deuses) seriam os portadores da verdadeira essência da felicidade. “O bom senso é a principal parte da felicidade, e nós não devemos ser ímpios diante dos deuses..." teria dito Sófocles.

Já para Cristiane Bicca seguidora do espiritismo felicidade "...não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos, mas sim, a noção de que podemos nos satisfazer, com nossas reais possibilidades. A felicidade nós a encontraremos na harmonização, no amor verdadeiro, na renúncia e no desprendimento. Nós a encontraremos ainda, dedicando-nos aos que sofrem, procurando amenizar-lhe as dores".


Bom, bom, independente do que cada um pensa, uma coisa é certa - felicidade é vivida, sentida e pensada por cada um de uma forma diferente, dependente de suas necessidades, de cada trajetória, de cada história de vida, de cada referência de mundo - . Para alguns ela nem existe, estaríamos cercados apenas por momentos felizes...Para mim, momentos devem ser eternizados, bem como sensações. Por isso, acredito sim na felicidade, mas sinto muito mais quando ela faz falta, naqueles rápidos segundos de desconforto durante o dia:

quando não se tem um olhar;

quando se ouve uma palavra;

quando se sente somente passos;

quando não se sabe como sonhar;

quando se tem vontade de gritar;

quando as tripas se torcem desconcertadas;

quando a lágrima insiste no canto do olho;

quando sinto que sou humana , muito humana e queria então ser apenas um dos deuses gregos a brincar...

giovedì, marzo 27, 2008

Gritaria verde...preto e mais nada!!


O verde...não deveria ser

se fosse , deveria ser preto...

Nada deveria ser...

e o tudo para mim

deveria ser nada


Mas o tornei tudo

e tudo quando é nada

faz o verde ficar preto

e o preto seria tudo

o tudo escuro

o tudo tenso

o tudo sofrimento....


e eu não queria nada

mas o nada verde

sendo tudo

seria preto

e eu soube sempre da verdade

ou da verdade verde

nunca esperei nada

mas o preto verde do nada

hoje para mim é tudo

e eu então sou mais nada....
e quanto tempo ainda serei o tudo nada?

martedì, marzo 25, 2008

Aqui...ali... Aos olhos do mundo!!!


Mais de dois anos de blog me faz perder a noção de tantas coisas que já escrevi por aqui, e por isso me tem reservado várias surpresas. No começo, quando ainda estava no segundo ano da faculdade queria que o blog fosse um espaço para crônicas e críticas sobre a mídia, o dia-a-dia, e assim foi durante um bom tempo, no finalzinho de 2005 e começo de 2006. Depois acabou se tornando um espaço bem mais pessoal, com poesias, desabafos precipitados e descabidos sobre a vida. Precisava desabafar, precisava escrever mais e mais. E por isso muitas coisas legais que escrevi lá no começo ficaram esquecidas, porém não offline.

Na rede nossos blogs são livros abertos e de livre acesso a quem bem entender e estiver com saco para dar uma viajada pela internet, ou então por pura necessidade como é o caso da nossa profissão. Quantas vezes a internet passa a ser fonte, ou apenas referências para nossos textos, para nossas fotos. E foi assim que ontem uma jornalista me liga para saber se podia usar um antigo texto do meu blog, lá dos meados de 2005..

Bom, no primeiro momento fiquei muito feliz, especialmente por que ele faz parte daquela fase que eu curtia muito criticar o mundo do meu próprio jeito, como uma estudante de jornalismo nos primeiros semestres. Num segundo momento fiquei preocupada já que a colega de profissão era do jornal concorrente, mas enfim se está na rede qualquer um pode usar, não é mesmo, mesmo assim falei com a chefe, que também não viu problema, então mais uma vez fiquei feliz.

No entanto hoje a mesma jornalista me manda um recado dizendo que meu texto não teria sido usado na sua reportagem. Por que?? O seu chefe é total de esquerda. E eu já não sou mais a mesma daqueles tempos, mas também não mudei minhas criticas daquele velho tempo. O texto de que me refiro você pode ler aqui.


O meu outro blog que tem novas referências e visão de mundo você pode curtir por aqui ( e não é que é bacana brincar com os "aquis" dos links). Estamos diante do mundo com nossas palavras e por vezes esquecemos disso. Bah, minha vida é um blog aberto...

mercoledì, marzo 19, 2008

...


Offline...

Online...

Sem assunto...

Sem pretextos

Offline...

Totalmente vaga.

giovedì, marzo 13, 2008

Opa...é hora de partir!!!


Passa da meia-noite. Trem das onze: crônicas na cabeceira da cama. Ele teria me dito: quem sabe lê alguma coisa. Quanto tempo não fazia isso. Quanto tempo não lia mais; crônicas, poesias, contos, Marcelo Canellas. Quanto tempo não sentava mais na cabeceira da cama. Quanto tempo não escrevia mais.

Então de repente sou tomada por uma vontade absurda de viajar, pelos becos escuros da velha Paris, como diria Oswaldo Montenegro, ou apenas pela deliciosa sensação de escrever na madrugada. Escrever por que se esta com vontade, escrever por que se quer dedilhar coisas bonitas, escrever por que se quer viver com intensidade. Nossa, há quanto tempo não me sentia assim.


Tenho passado inerte perante o trem da manhã, o ônibus do meio-dia, o congestionamento no final da tarde. Tenho passado sombria próximo do perfume das meretrizes, dos penteados das colegiais e das coxas das moças faceiras dos romances de botequim. Tenho passado ligeira nos cartazes dos novos filmes no cinema, nas janelas abertas do salão, das plantas recém-regadas. Não tenho viajado, então não tenho escrito, será que tenho vivido?

Mas, eis, que nesta madrugada sou tomada pela frenética e feliz necessidade de escrever, pela incomoda e sincera vontade de viajar. Caros leitores, ela renasceu mais uma vez, caros leitores vos digo que é hora de partir para a mais soberba volúpia das viagens das minhas madrugadas humanas, sarcásticas e fraternas.

Vens comigo? És capaz ainda de me dar uma chance??

mercoledì, marzo 12, 2008

Sem perguntas, por favor!!!


Ontem mesmo peguei o certificado que garante a minha conclusão num curso superior, pois vejam estou formada e com direito a ter canudo, quadro, presentes, enfim tudo de uma formanda em casa. Vocês então me perguntam: O que mudou na tua vida? O que fazer de agora em diante? Calma, calma, caros amigos, caros leitores, nem consegui ainda me acostumar com a idéia de ter um curso superior. Coisa que para mim, há uns 8 anos atrás lá no interior de Charrua era apenas um sonho logínquo. Apenas, uma vaga possibilidade.


Naquela época fazer uma faculdade era o ápice da minha vida. Era a garantia de sucesso, de reconhecimento, de orgulho infinito para meus pais. Ok, a última parte continua valendo, mas hoje os velhos também me perguntam: E agora, o que vai fazer da vida? Já arrumou trabalho? Quanto vai ganhar mesmo? Será que já dá para sustentar tua irmã mais nova que aqui dois anos vem estudar em Santa Maria?


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA... Puta que o pariu posso ter um tempo para assimilar a idéia de que agora já sou jornalista? Mas será que o sou de fato? Será que eu quero ser? Viu só, vocês me perguntam, mas eu preciso das minhas próprias respostas, ok....

Foto: Fran Rebelatto


Não, não isso não é um desabafo, nem estou em crise por estar formada, só quero dizer que minha vida não está tão diferente assim, uso os mesmos all star com calças largas, falo os mesmo palavrões, escrevo as mesmas sentimentalidades. E hoje fiz minha matrícula nas cênicas e olha que nem me sinto velha para isso. Calma, amigos, tudo a seu tempo. E o diploma? Faltam 20 dias para ficar pronto!!!!


OBS.: Na foto Ana Paula...grande amiga, minha cobaia fotográfica, hehe.

lunedì, marzo 10, 2008

Perdão aos hematomas...


Hematomas nos braços
batidas no canto da cama
Hematomas nas pernas
batidas no canto da mesa
entrada do quarto
Hematomas na planta do pé
chute na cadeira no meio do quarto
Hematomas no ombro
mochila com máquina fotográfica
Hematomas embaixo dos olhos
quanto coisa para chorar
Hematomas na garganta
o quanto foi importante gargalhar
Hematomas na alma
...
Perdoa-me...

mercoledì, marzo 05, 2008

Fugiste!! Verdade!!!

Sonhei...Sufocante...incompreensões perdidas no tempo, naquelas dúvidas imprecisas sobre a realidade. Quem sabe apenas sobre meu mundo à parte. Foi apenas um sonho, tão breve quanto a madrugada, tão angustiante quanto a falta.... Sonhei delírios verdadeiros de nós, prefiro acordar, então!!!