mercoledì, giugno 25, 2008

Me perguntava uma vez por que seguir os mesmos caminhos
Hoje, já sou capaz de responder:
que no mesmo caminho estou por que ele vale muito a pena....
e por isso vivo poema,
na dor, não cor
no caminho que a cada dia sou capaz
de vê-lo em outras entrelinhas
Palavras calvas, em dias vagos...

martedì, giugno 17, 2008

Vomitando uma manhã....



Vontade visceral de regogitar saliva//doce, amarga, saliva estridente//os olhos amassados //Carnal desejo de vomitar venéreas chamas//quente, secas, sedentas//mãos grossas que me acalma.

Dor exaustiva na garganta estrangulada//deliro minuciosas crateras de confusão//lendo passos afastados, amargos//hora de voltar... vontade visceral de despertar da manhã quieta entre nós// desfazer saudades...

giovedì, giugno 12, 2008

Devorando árvores...pensamento...seguindo a linha...


Há dias tortuosos, assim como há opiniões adversas.

Há caminhos profundos, assim como há idéias escassas

Há pessoas desconfiadas, assim como homens na beira do mar

Há palavras imprevisíveis, assim como decisões mais acertadas

Há noites que me lanço pro mundo

noutros beijo o espaço

Há dias que quero ajudar, assim como há egoísmos latentes ao meu redor.

Há na beira do mar,

em outros tantos dias tortuosos

caminho para se julgar....



Palavras inspiradas em Zé Ramanho que se espalha no meio da noite confusa e também numa decisão que tomei durante o dia, que para mim foi a menos egoísta, a que eu gostaria que fizesse por mim. Mas, o mundo é egoísta e mais dias tortuosos existirão....porém não serei um vão no mundo....

martedì, giugno 10, 2008

Gélido em mim....

Sentia frio na espinha, nos joelhos e também meus pés tirintavam desgostosos com a madrugada. A janela batia, pois o vento irritado insistia em me perseguir.
Longa noite de inverno, as prisões me emudecem e o sorriso ao lado do roupeiro me escraviza. Vigias meu sono que demora a chegar e me depois me leva as profundezas de pesadelos sem nexo. Está frio, meus músculos fracos vegetam na cama desarrumada. É preciso durmir, é preciso sossegar...Fantasmas da madrugada não me deixam a apagar leve, errante, perdido....
É hora de partir, é hora de apagar os resquícios do outro mundo....

sabato, giugno 07, 2008

O que você entende nem sempre é o que eu quis dizer!!!!

Para mim as coisas são assim....natural....Sem encanação, escrevo e posto as coisas aqui sem me importar muito com o que os outros vão pensar, ok. Até por que este blog é um blog pessoal de devaneios e loucuras das minhas madrugadas, manhãs ou tardes sem sentido. Se tenho intenções?
Sim, sempre temos intenções ao fazer qualquer coisa, ao tomar qualquer atitude, ao escrever qualquer palavra. Mas assim, caros leitores nem tudo que eu escrevo por aqui corresponde exatamente com o que vocês vão entender. Somos seres, subjetivos e por isso nem todos vêem este nascer do sol aí da foto do mesmo jeito, com a mesma tonalidade, com a mesma intencidade.

O por que desta postagem? Sei lá, to revoltada...
E assim, às vezes eu só quero escrever, só quero fotografar, só quero devanear, entende, sem estar pensando que isso é para fulano ou ciclano.....Só quero escrever...só isso....

martedì, giugno 03, 2008

4 anos...2 dias...Saudades sem número...Na CEU !!




Está sendo estranho. Confesso. Depois de 4 anos morando na Casa do Estudante - CEU, agora sinto saudades. No começo eram 60 meninas no mesmo quarto, mais de 80 na fila para o mesmo banheiro, Tomar banho, lavar roupas, fazer necessidades. Sem nenhuma privacidade, mas foi breve.

Passei pelo bloco 15. No começo moramos em 3, num quarto para 2, mas o negócio era ser solidário, ninguém ficaria mais na União. Conheci pessoas que hoje fazem mestrado em São Paulo, físicos, engenheiros químicos, agrônomos, engenheiro elétrico, guitarristas, artistas. Almoço no domingo, opa durante a semana janta coletiva, uma briga para lavar a louça, mas todos a disposição para olhar um filme, ou tocar violão. O pai de alguém viria, o churrasco estava marcado. Putz, e como eles eram irmãos. E como eu me sentia protegida, mesmo com pesaço na cabeça quando treinávamos nin-jutsu na calada da noite. O Jairo que o diga, por aquele acontecimento até hoje não sou mais tão normal.

Nos mudamos para o 21. Agora moravámos em duas. O Banheiro continuava coletivo. 3 lugares para o banho, mais 3 para as necessidades. Vizinhos que até hoje ainda merecem filosofias no meio de uma festa. Sim, eles também acreditavam que um homem não pode viver sem "fé e política" - num sentido muito mais amplo que merece estas palavras. Paredes do 21 que muitas coisas viram acontecer, novos vizinhos, novas histórias absurdas, visitas inesperadas, barulhos estranhos e comprometedores na noite escura e perversa. Tristeza no meio da madrugada quebro o quarto e me tranco no banheiro. Nada de anormal no CEU já vi muito mais, inclusive amigos no psiquiátrico, no meio da madrugada alguém mais se entristeceu.


Time de futsal, vôlei e não é que ganhamos até caixa de cerveja por isso. Quantos tragos, algumas boates, algumas domingueiras no Hall, muitos almoços e jantas no RU. Muita cumplicidade. E acesso à internet no laboratório de vários cursos. Mas éramos do bem, caminhávamos calados na noitinha. Camas no alto do teto, medo de cair, mais fazíamos tantas coisas lá em cima, lá embaixo então nem se fala.

Por último o 3119. Mais do que um bloco, mais do que um apartamento. Ali 3 pessoas, depois 4, 5, 6 e até que um dia 07. Volta a 6, depois 5 mas esses podem ser 10. Diversidades de opiniões, apesar de gostos parecidos. Pipocas espalhadas pela casa e brigas com os vizinhos. Ali todo mundo já surtou um dia. Pelo cara que usa teu sabonete no banheiro, pela comida que faltou na geladeira, pela porta que todos sabem abrir. Todos já riram muitos dias, normais ou um pouco alterados. Todos com sonhos, com intensidades, com vontade de viver abruptamente, irresponsavelmente, responsavelmente. Alguns com cara e personalidade de artistas, outros com vontade de o ser, alguns refugiados na comunicação, mas com visão de sociólogos, antropólogos ou afins. Vizinhos estranhos e inertes. Seres estranhos espalhados pelos cantos, Horlas, damas de vermelho, só faltava o vinil.

Muitas vezes sem grana. Domingo no almoço a Tia do 1 real. 5 horas, 6 horas da manhã pegar ônibus voltar para a Universidade. Banho de sol na lage, encima de um dos blocos. Encontro pelos corredores. Convivência, respeito mútuo, diversidade, verdade e sacanagem.


Sinto saudades da Casa do Estudante, mesmo que façam somente dois dias que me mudei. Sinto saudades do vento gelado embaixo da ponte e dos cartazes da vizinhança pelas escadas. Da Diversidade cultural nos churrasco que aconteciam na frente da minha janela: uns ouviam música gaúcha, outros aderiam ao Funk e eu sussura a eterna Elis, enquanto degustava o verde Saramago. Sinto saudade, e me atrevo a dizer que quem não passou, almoçou, conviveu, dançou, morou no CEU não sabe de fato o que é uma universidade.