As palavras são minhas
As verdades são tuas
Minha alma não quer entender
Busca nas drogas, entorpecentes
Devaneios, palavras e as verdades
Mas nada, tenho às vezes tudo
Tudo tenho apesar desse nada
O nada das palavras absurdas
O tudo das verdades absolutas
Drogas, entorpecentes, devaneios e prostrações...
Malditas palavras verdadeiras de tua boca
Malditas verdades entediantes de minha alma...
Domingo, 00:00 na verdade já é segunda...
lunedì, gennaio 30, 2006
giovedì, gennaio 26, 2006
Fumaça, cigarros e uma madrugada calma...
Sim! fumaça de cigarro
cigarro na fumaça
cheiro de cerveja
cheiro de perversidade
ritmo de mistério
mistério no cheiro da fumaça
calma música,
vozes vorazes e frenéticas
conversas absurdas entre cigarros e cerveja
mas fumaça, mais fumaça
paira no ar e na minha vontade
de cerveja, de cigarro, de perversidade
de calmaria...
Mas apenas a fumaça paira nesse lugar...
e somente isso é capaz de me inspirar...
cigarro na fumaça
cheiro de cerveja
cheiro de perversidade
ritmo de mistério
mistério no cheiro da fumaça
calma música,
vozes vorazes e frenéticas
conversas absurdas entre cigarros e cerveja
mas fumaça, mais fumaça
paira no ar e na minha vontade
de cerveja, de cigarro, de perversidade
de calmaria...
Mas apenas a fumaça paira nesse lugar...
e somente isso é capaz de me inspirar...
Palavras perdidas e pensamentos repetidos...
Três horas da manhã não é suficiente para que o sono chegue, para que as conversas descabidas se cessem e para que eu esqueça que espero ansiosamente por esse momento. Amigos me rodeiam, cheiro de cerveja, de uma leve maldade, de desejos reprimidos, e o leve som de Chico Buarque e Belchior permeiam esse ambiente quase que sem sentido se não fosse a lembrança desse momento.
À vontade de descrever essas músicas, essas pessoas e esse vento gélido que bate na sacada e percorre o meu corpo encurvado na frente do computador. Eles adoram Belchior, adoram conversas destemidas e adoram sentir o gosto da cerveja que molha devagar suas entranhas.
Mas e eu me pergunto o que poderia fazer para que essas horas passem mais rápido. Quem sabe ouvir os sussurros de palavras que não me pertencem, quem sabe conversar com as letras de Belchior, admirar o letreiro do hotel ao fundo, cantar com as estrelas que cobrem o céu dessa noite. Quem sabe poderia partilhar da alegria daquele momento, da presença dessas pessoas agradáveis poderia navegar sem compromisso pelas páginas mais insólitas da internet, ou então simplesmente me jogar no sofá da sala e adormecer com a paz que me contagia nesse momento.
Mas não!! Eu continuo aqui presa a essas palavras mal ditas e escritas e principalmente continuo aqui presa aos pensamentos que me levam até você, até sua presença, até sua lembrança, até tudo que lembra de você...
Então te pergunto usando das palavras de Pablo Neruda: "tudo em ti foi naufrágio", então por que voltas como salva-vidas??? Para salvar minha vida ou para me afundar ainda mais nessa paixão absurda e ao mesmo tempo tão necessária.
Perguntas sem respostas em mais uma noite que permaneço presa a tudo que me leva a ti e a essas palavras perdidas no vazio desses meus pensamentos...
À vontade de descrever essas músicas, essas pessoas e esse vento gélido que bate na sacada e percorre o meu corpo encurvado na frente do computador. Eles adoram Belchior, adoram conversas destemidas e adoram sentir o gosto da cerveja que molha devagar suas entranhas.
Mas e eu me pergunto o que poderia fazer para que essas horas passem mais rápido. Quem sabe ouvir os sussurros de palavras que não me pertencem, quem sabe conversar com as letras de Belchior, admirar o letreiro do hotel ao fundo, cantar com as estrelas que cobrem o céu dessa noite. Quem sabe poderia partilhar da alegria daquele momento, da presença dessas pessoas agradáveis poderia navegar sem compromisso pelas páginas mais insólitas da internet, ou então simplesmente me jogar no sofá da sala e adormecer com a paz que me contagia nesse momento.
Mas não!! Eu continuo aqui presa a essas palavras mal ditas e escritas e principalmente continuo aqui presa aos pensamentos que me levam até você, até sua presença, até sua lembrança, até tudo que lembra de você...
Então te pergunto usando das palavras de Pablo Neruda: "tudo em ti foi naufrágio", então por que voltas como salva-vidas??? Para salvar minha vida ou para me afundar ainda mais nessa paixão absurda e ao mesmo tempo tão necessária.
Perguntas sem respostas em mais uma noite que permaneço presa a tudo que me leva a ti e a essas palavras perdidas no vazio desses meus pensamentos...
Velha infância, novas possibilidades...
Naquela noite sai já tarde de casa. Percorria a cidade com um amigo, a procura de um bar ou apenas mais uma cerveja gelada. Depois de algumas tentativas encontramos o bar que queríamos, ele não era dos mais confortáveis, mas era o suficiente para aquela noite. Logo que cheguei a avistei, não tive como não reparar, pois ela chamava atenção de todos.
Julia estava animada naquela noite. Rodeada de amigos, cuspia palavras entre uma cerveja e outra. Percebi que mantinha um diálogo constante, mas não bebia apenas observava sua roda de amigos que animados conversavam entre um gole e outro.
Julia estava sentada no muro, devido a sua baixa estatura balançava os pés que não alcançavam no chão. Calçava um chinelo simples e rasteirinho, um short, pois fazia muito calor naquela noite e vestia ainda uma regata cinza, como de costume. Seu cabelo cacheado e loiro já estava mais comprido e atingia metade das costas mesmo estando amarrado.
Julia não fumava se detinha em respirar a fumaça insistente que saia da boca e narizes de seus amigos que a rodeavam, ela apenas falava e questionava. Percebi que a curiosidade era sua grande virtude, ou apenas mais um defeito.
E ali Julia permaneceu horas, às vezes descia do muro e então se encostava na parede, sua roupa colada deixava transparecer um pouco do peso acima do ideal, mas mesmo assim Julia não deixava de chamar a atenção. Habilidosa com as palavras, e com a troca de olhares, Julia conquistava quem a rodeava e quem aos poucos mesmo não conhecendo chegavam até ela para desfrutar de sua presença e do início de uma conversa amigável.
Percebi, também, como suas mãos eram habilidosas ao tocar e usufruir do celular que possuía. Meu amigo curioso e de certa forma encantado não teve dúvidas e foi até Julia para iniciar uma conversa, quem sabe uma futura conquista. Dessa conversa descobriria eu depois, que Julia não era apenas encantadora, mas sim era esperta demais para nós. Meu amigo descobriu que aquele celular não era de Júlia, era fruto de uma oportunidade, isso quer dizer um furto sem intenção de um moço que o esquecera num lugar visível. Sim, Julia era uma ladra, mas nem por isso menos perspicaz.
A noite estava quente, a cerveja estava gelada e as ruas de Santa Maria agitadas e a Julia, a menina de 3 anos de idade continuava ali entre nós conversando, bebendo e fumando indiretamente madrugada à fora.
Meu pai sempre tem razão...não se fazem mais crianças como antigamente...
mercoledì, gennaio 25, 2006
Distante de ti, perto dos seus olhos...
Percorro o olhar sobre palavras
Que embaralhadas destoam significados
Leio páginas e páginas marcadas
Mas os pensamentos estão aprisionados
Reviro folhas, marco passagens
Abro, livros, revistas e cadernos
Mas não esqueço da paisagem
Confisco notas de outros invernos
Rabisco a agenda na primavera
Recordo fotos daquele verão
Ler e escrever quem me dera
Se no pensamento seus olhos apenas virão...
Que embaralhadas destoam significados
Leio páginas e páginas marcadas
Mas os pensamentos estão aprisionados
Reviro folhas, marco passagens
Abro, livros, revistas e cadernos
Mas não esqueço da paisagem
Confisco notas de outros invernos
Rabisco a agenda na primavera
Recordo fotos daquele verão
Ler e escrever quem me dera
Se no pensamento seus olhos apenas virão...
giovedì, gennaio 19, 2006
A arte instiga a vida ou a vida instiga a arte??
ARTE. s.f. 1. Conjunto de regras para bem fazer uma coisa. 2. habilidade; perícia com que se faz algo. 3. Atividade criadora que expressa, de forma estética, sensações ou idéias. 4. (fam) Travessura; traquinice, 5. Red de arte-final.
É assim que descreve o dicionário sobre o conceito de arte. Mas que conceito adotamos para nossa vida sobre a arte? E de que forma a vivemos? Mas quero deixar claro aqui, que a arte não se propõe a explicar e a ser explicada, ela apenas deseja provocar, colocando-nos diante de nossas próprias contradições e limitações.
E com essa intenção de provocar a arte se delinea entre a indecisão de representar Eros, o mais belo entre os deuses imortais e persuasivo, aquele que transtorna o juízo e o prudente pensamento, ou então representa Tanatos, o deus terrível filho da noite obscura. E é nesta pulsão entre o bem e o mal, o amor e a morte que fazem com que um simples uníssono de sons seja suficiente para sensibilizar.
Mas todo esse desenrolar de explicações mitológicas e fundamentadas em considerações já feitas por Aristóteles, Sófocles, Péricles, Lula, você e eu é para aqui descrever um pouco sobre minha experiência e percepção da arte.
Ainda não encontrei particularmente uma definição para a arte na minha vida, mas deixo minhas emoções fluírem a partir das vivências através dela. A um tempo tenho deixado de lado as expressões artísticas carnais, isso quer dizer, visíveis, palpáveis aos meus olhos. Nossa vida efêmera e nossas relações fortuitas, fazem com que vivamos numa pós-modernidade destinada a deixar de lado a ousadia de com os braços abertos nos entregarmos as experiências subjetivas de amor e de observação da arte em si.
Corremos freneticamente pelas ruas e não percebemos a arte fotográfica dessa caminhada perfeitamente encaixada no quadrado áureo. Passamos pelos nossos discos e deixamos de perceber a simultaneidade e harmonia dos sons dos instrumentos que se sobrepõe. Fazemos coisas tão frenéticas e dotadas de responsabilidades que não percebemos a arte nos movimentos de nosso corpo, da freqüência de nossa voz, das poses invisíveis para a fotografia e do enredo de muitos filmes que nossa história pode conceber, que poderia suscitar sonhos e delírios.
Depois desse tempo afastada desse mundo mais subjetivo, agora volto ao auditório para assistir pausadamente os espetáculos da arte do teatro, da música, do cinema e da própria vida. Aos poucos o calculismo e o compromisso culposo dão espaço à criatividade e a inspiração. É isso que sinto da arte, a oportunidade de revermos e percebermos minuciosidades do nosso dia-a-dia que pode transformar a pós-modernidade em algo suscetível a interpretações artísticas convincentes.
Sentar no auditório e sentir os movimentos, os ritmos, os traços e aos poucos sentir aquele friozinho inconsciente que sobe vagarosamente da "ponta do pé ao último fio de cabelo", sentir cada pêlo dos membros se arrepiar e sentir quase que um espasmo de prazer ao perceber que mais uma vez a arte da sentido e encanta a objetividade de nossa vida.
Se vivemos entre Eros e Tanato não sei qual a melhor definição para arte, mas sei a explicação para as sensações dilacerantes de viver, assistir, perceber e fazer parte desse orgasmo artístico.
Esse texto é uma homenagem às apresentações dos formandos das Artes Cênicas, da UFSM, que batalham pra caramba, sofrem, choram, riam, ensaiam e estão dando um show no palco do Teatro Caixa Preta. Também ao Grupo Voz que conheci na semana passada e que me encantei pela sua musicalidade perfeita, e ainda para o Cineclube Lanterninha pelas suas iniciativas...E especialmente esse texto vai para todas as pessoas que apreciam a arte num piscar de olhos e na palma de uma mão...Vivam e incentivem, vocês verão que a vida terá um novo sentido e novas descobertas...
sabato, gennaio 07, 2006
Ardente desgosto palpável pelo gozo perdido numa noite de estrelas...
In Prefácio
Depois de fatos interessantes de uma sexta-feira à noite, muitos chegaram a acreditar que não conseguiria escrever esse texto, por que não lembraria mais de nada, levando em conta o estado alcoólico em que me encontrava. Assisti à uma peça teatral no Caixa Preta, por sinal sintam-se todos convidados para os espetáculos de formatura do curso de Artes Cênicas, espetáculos impecáveis e de alta categoria, o que só mostra a batalha dessa gurizada que passou todo o ano, todas as semanas e quase todos os dias ensaiando para um espetáculo a altura da cidade cultura. Infelizmente, poucos prestigiam e se perde a oportunidade de incentivar nossa arte local. Os espetáculos estarão acontecendo durante todo mês de janeiro em diferentes datas, mas sempre no Caixa Preta, com entrada franca. Mas estava assistindo a essa peça, que foi impressionante, forte e audaciosa...e muitas idéias perpassaram pela minha cabeça...Então comecei a matutar o texto abaixo O fato é que eu sabia que depois tomaria demais e minhas lembranças poderiam ser prejudicadas, então, sentei no ônibus e pensei mil possibilidades de texto, tomando um copo de cerveja buscava resposta para os parágrafos seguintes, no Macondo escrevi resquícios nas paredes. Para alguns amigos, Ciro e Tuty, repeti continuamente esse título, enfim foi a discussão da noite essas idéias. Já de manhã andava na rua para chegar em casa, depois de uma longa noite de pensamentos, discussões, conclusões, enfim continuava eu procurando palavras difíceis para escrever esse texto...
Mas vamos a ele, pois o prefácio está bom, já o texto vai tentar por no papel, apesar da puta dor de cabeça, eu tenho que escrever, pois sinto que aos poucos minha cabeça perde detalhes planejados anteriormente e que podem não ser descritos.
In Realidade Subjetivada
-Maria, Maria, venha até aqui, volte por favor. Eles indagavam e gritavam continuamente.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Por isso eles a procuravam e loucamente chamavam-na para junto de si, pois seu nome não bastava, eles necessitavam sentir seu corpo ardente, sua voz doce e sua beleza inconfundível.
No entanto Maria sabedora do seu poder de sedução deixava escorrer de seus lábios o fel de palavras doces, não para um, nem para outro, mas para todos. Sentia em cada gozo diferente a necessidade de buscar mais, sentir mais cada qual com suas particularidades. E assim Maria passava sua vida, caindo em aventuras fortuitas que alimentavam momentaneamente suas entranhas e seus lábios sedentos de ardentes beijos.
Vorazmente Maria dilacerava os corações apaixonados ou nem tanto de todos eles, deixava respingar de seus olhos um risco de luz envenenado pelo descaso posterior ao prazer atingido. Mas eles não percebiam e continuavam a chamar por Maria.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Já disse o poeta, o pão, com sua superfície dourada, seu miolo quentinho e sua textura apropriada, arranca de nossas bocas o desejo de comer sem pensar e sem limites, mas derretido nela e assentado no estômago, não resta mais nada. A água com sua fluidez, seu frescor e sua magnitude, deixa-nos sedentos por senti-la escorrer pelas veias, pelo corpo, pela alma, mas depois de seca, da água não resta mais nada. E Maria? Seu nome como já sabemos não bastava:
- Ma-ria. Gritavam e mais nada. Pois de sua pele quente, de seus olhos iluminados, de seus lábios carnudos, de seus gemidos volúveis, depois daquele gozo, não restava mais nada.
Envolvia-nos num manto de sedução e plenitude, fazia se sentirem os melhores homens, depois de verem sua pele rosada, ou simplesmente fazia-os se sentirem os piores, por perceberem que perto dela sua racionalidade se perdia em meio a diferentes desejos e periculosidade de seu corpo. O fato é que mesmo depois de se sentirem melhores ou piores, de Maria não recebiam mais nada. Nem um beijo ardente, nem o cheiro de seu corpo, nem suas palavras doces e nem um tapa de desgosto. Pois desse momento de lascívia não restava mais nada. E quando a viam, tremiam e freneticamente buscavam impulsivamente pelos desejos de Maria, mas sem respostas ou até mesmo olhares, eles inconformados indagavam por Maria.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Mas seguindo os passos de Eva no jardim do Paraíso, Maria comeu irracionalmente da fruta proibida e por assim o fazer ela fora castigada. E eis que entra nessa história o gozo perdido, nosso amigo José. Maria sabia, que sempre abusara do fruto proibido, mordera-o, lambia-o e desfrutara-o sem limites, seu limite era à busca de uma nova fruta. Então naqueles dias buscava sim, uma nova fruta, apenas para mais uns momentos de lascívia, pois Maria não se permitia deixar-se envolver por nenhuma fruta, nem mesmo as mais maduras, pois madura queria ela ficar. E cor da fruta madura a enjoa facilmente, não que as outras cores não enjoassem, tanto que isso explica as tamanhas diversidades de frutas que provara.
José, então apareceu no seu pomar, ou melhor, caiu de uma frutífera já amadurecida para sempre na sua vida. Ele era uma fruta com cores fortes, brilhantes e envolventes. Mas Maria sabia que essa fruta estava longe de ser sua e de ser por breves momentos, então temeu buscá-la, comê-la. Maria permanecia somente a apreciá-la, a inspirar-se nela, pois de todas essa frutas o que ainda lhe restava era suas inspirações e criações. Maria ao se deparar com essa já conhecida, mas esquecida fruta, criou além do que já imaginara e viu em José a inspiração para seus beijos ardentes, suas palavras doces e seus gemidos nem tanto mais volúveis. Resistiu, até o dia em que sentiu dos olhos deles nascer um risco de luz envenenado pelo prazer de também possuí-la e então Maria saboreara indiscriminadamente daquela benção e como ela sabia daquela maldição.
Maria esquecera de outras tantas frutas, que indagavam pelo seu nome. Mas do nome de Maria nada mais restava. Passou-se o tempo e a frutífera sempre produzindo aquele brilho nos olhos, aquela frescura nos lábios e aquele perigo no corpo.
Mas a três coisas na vida de Maria, que o gosto não sacia:
As palavras escritas
Os poucos momentos
E somente o nome de José.
As palavras escritas são leves e facilmente levadas pela brisa de mais um dia e depois desse dia mais nada resta das palavras ditas e escritas. Os poucos momentos são breves, como a luz que cobre um dia, e quando ele acaba nada mais resta dos momentos. E o nome de José é lindo, simples e solto, mas não pode ser dito quando desejado, nem gritado no momento da falta, nem citado para a brisa e para o dia, pois depois de mais um gozo de José nada mais restava.
Maria fora enganada como todos que enganou. Enganada pela vontade de ter essa fruta, pela vontade de chamá-la e pela vontade de não precisar buscar em outros, o que encontrara em um só. Mas Maria mais uma vez fora enganada, pela brevidade do tempo, pela longa demora das horas, pela falta de palavras e principalmente pela falta de gozo constante que sempre buscara. Mas Maria como sempre sem racionalidade para lidar com novas frutas verdadeiras, não pensa e não quer desistir, pois se antes nada mais restava, agora:
Existem três coisas que na vida de Maria o gosto sacia:
Os olhos
O beijo
E o gozo de José.
Porém, Maria sabe que aos poucos têm que deixar suas criações terem vida própria, para assim não apenas a condenarem pela suas insuficiências, mas para sentirem o ARDENTE DESGOTO PALPÁVEL DO GOZO PERDIDO NUMA NOITE DE ESTRELAS...Maria perde aos poucos esse gozo, mesmo o céu estando estrelado e as luzes tendo vontade de brilhar:
Mas existem três coisas nesse mundo que o gosto não sacia
O ardente
O desgosto
E a falta desse gozo...
Assim se fez Maria e assim se faz José, duas frutas condenadas por buscarem a si, mas principalmente por desistirem de si. O fato é que mesmo depois de se sentir melhor ou pior, Maria lhe oferece tudo que sempre negara. O beijo ardente, o cheiro de seu corpo, suas palavras doces e um tapa de desgosto. Mas depois de breves gozos, nada masi resta além da saudade daquele outono e daquela fruta...
Depois de fatos interessantes de uma sexta-feira à noite, muitos chegaram a acreditar que não conseguiria escrever esse texto, por que não lembraria mais de nada, levando em conta o estado alcoólico em que me encontrava. Assisti à uma peça teatral no Caixa Preta, por sinal sintam-se todos convidados para os espetáculos de formatura do curso de Artes Cênicas, espetáculos impecáveis e de alta categoria, o que só mostra a batalha dessa gurizada que passou todo o ano, todas as semanas e quase todos os dias ensaiando para um espetáculo a altura da cidade cultura. Infelizmente, poucos prestigiam e se perde a oportunidade de incentivar nossa arte local. Os espetáculos estarão acontecendo durante todo mês de janeiro em diferentes datas, mas sempre no Caixa Preta, com entrada franca. Mas estava assistindo a essa peça, que foi impressionante, forte e audaciosa...e muitas idéias perpassaram pela minha cabeça...Então comecei a matutar o texto abaixo O fato é que eu sabia que depois tomaria demais e minhas lembranças poderiam ser prejudicadas, então, sentei no ônibus e pensei mil possibilidades de texto, tomando um copo de cerveja buscava resposta para os parágrafos seguintes, no Macondo escrevi resquícios nas paredes. Para alguns amigos, Ciro e Tuty, repeti continuamente esse título, enfim foi a discussão da noite essas idéias. Já de manhã andava na rua para chegar em casa, depois de uma longa noite de pensamentos, discussões, conclusões, enfim continuava eu procurando palavras difíceis para escrever esse texto...
Mas vamos a ele, pois o prefácio está bom, já o texto vai tentar por no papel, apesar da puta dor de cabeça, eu tenho que escrever, pois sinto que aos poucos minha cabeça perde detalhes planejados anteriormente e que podem não ser descritos.
In Realidade Subjetivada
-Maria, Maria, venha até aqui, volte por favor. Eles indagavam e gritavam continuamente.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Por isso eles a procuravam e loucamente chamavam-na para junto de si, pois seu nome não bastava, eles necessitavam sentir seu corpo ardente, sua voz doce e sua beleza inconfundível.
No entanto Maria sabedora do seu poder de sedução deixava escorrer de seus lábios o fel de palavras doces, não para um, nem para outro, mas para todos. Sentia em cada gozo diferente a necessidade de buscar mais, sentir mais cada qual com suas particularidades. E assim Maria passava sua vida, caindo em aventuras fortuitas que alimentavam momentaneamente suas entranhas e seus lábios sedentos de ardentes beijos.
Vorazmente Maria dilacerava os corações apaixonados ou nem tanto de todos eles, deixava respingar de seus olhos um risco de luz envenenado pelo descaso posterior ao prazer atingido. Mas eles não percebiam e continuavam a chamar por Maria.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Já disse o poeta, o pão, com sua superfície dourada, seu miolo quentinho e sua textura apropriada, arranca de nossas bocas o desejo de comer sem pensar e sem limites, mas derretido nela e assentado no estômago, não resta mais nada. A água com sua fluidez, seu frescor e sua magnitude, deixa-nos sedentos por senti-la escorrer pelas veias, pelo corpo, pela alma, mas depois de seca, da água não resta mais nada. E Maria? Seu nome como já sabemos não bastava:
- Ma-ria. Gritavam e mais nada. Pois de sua pele quente, de seus olhos iluminados, de seus lábios carnudos, de seus gemidos volúveis, depois daquele gozo, não restava mais nada.
Envolvia-nos num manto de sedução e plenitude, fazia se sentirem os melhores homens, depois de verem sua pele rosada, ou simplesmente fazia-os se sentirem os piores, por perceberem que perto dela sua racionalidade se perdia em meio a diferentes desejos e periculosidade de seu corpo. O fato é que mesmo depois de se sentirem melhores ou piores, de Maria não recebiam mais nada. Nem um beijo ardente, nem o cheiro de seu corpo, nem suas palavras doces e nem um tapa de desgosto. Pois desse momento de lascívia não restava mais nada. E quando a viam, tremiam e freneticamente buscavam impulsivamente pelos desejos de Maria, mas sem respostas ou até mesmo olhares, eles inconformados indagavam por Maria.
Mas existem três coisas nessa vida que o gosto não sacia:
O pão
A água
E o nome de Maria.
Mas seguindo os passos de Eva no jardim do Paraíso, Maria comeu irracionalmente da fruta proibida e por assim o fazer ela fora castigada. E eis que entra nessa história o gozo perdido, nosso amigo José. Maria sabia, que sempre abusara do fruto proibido, mordera-o, lambia-o e desfrutara-o sem limites, seu limite era à busca de uma nova fruta. Então naqueles dias buscava sim, uma nova fruta, apenas para mais uns momentos de lascívia, pois Maria não se permitia deixar-se envolver por nenhuma fruta, nem mesmo as mais maduras, pois madura queria ela ficar. E cor da fruta madura a enjoa facilmente, não que as outras cores não enjoassem, tanto que isso explica as tamanhas diversidades de frutas que provara.
José, então apareceu no seu pomar, ou melhor, caiu de uma frutífera já amadurecida para sempre na sua vida. Ele era uma fruta com cores fortes, brilhantes e envolventes. Mas Maria sabia que essa fruta estava longe de ser sua e de ser por breves momentos, então temeu buscá-la, comê-la. Maria permanecia somente a apreciá-la, a inspirar-se nela, pois de todas essa frutas o que ainda lhe restava era suas inspirações e criações. Maria ao se deparar com essa já conhecida, mas esquecida fruta, criou além do que já imaginara e viu em José a inspiração para seus beijos ardentes, suas palavras doces e seus gemidos nem tanto mais volúveis. Resistiu, até o dia em que sentiu dos olhos deles nascer um risco de luz envenenado pelo prazer de também possuí-la e então Maria saboreara indiscriminadamente daquela benção e como ela sabia daquela maldição.
Maria esquecera de outras tantas frutas, que indagavam pelo seu nome. Mas do nome de Maria nada mais restava. Passou-se o tempo e a frutífera sempre produzindo aquele brilho nos olhos, aquela frescura nos lábios e aquele perigo no corpo.
Mas a três coisas na vida de Maria, que o gosto não sacia:
As palavras escritas
Os poucos momentos
E somente o nome de José.
As palavras escritas são leves e facilmente levadas pela brisa de mais um dia e depois desse dia mais nada resta das palavras ditas e escritas. Os poucos momentos são breves, como a luz que cobre um dia, e quando ele acaba nada mais resta dos momentos. E o nome de José é lindo, simples e solto, mas não pode ser dito quando desejado, nem gritado no momento da falta, nem citado para a brisa e para o dia, pois depois de mais um gozo de José nada mais restava.
Maria fora enganada como todos que enganou. Enganada pela vontade de ter essa fruta, pela vontade de chamá-la e pela vontade de não precisar buscar em outros, o que encontrara em um só. Mas Maria mais uma vez fora enganada, pela brevidade do tempo, pela longa demora das horas, pela falta de palavras e principalmente pela falta de gozo constante que sempre buscara. Mas Maria como sempre sem racionalidade para lidar com novas frutas verdadeiras, não pensa e não quer desistir, pois se antes nada mais restava, agora:
Existem três coisas que na vida de Maria o gosto sacia:
Os olhos
O beijo
E o gozo de José.
Porém, Maria sabe que aos poucos têm que deixar suas criações terem vida própria, para assim não apenas a condenarem pela suas insuficiências, mas para sentirem o ARDENTE DESGOTO PALPÁVEL DO GOZO PERDIDO NUMA NOITE DE ESTRELAS...Maria perde aos poucos esse gozo, mesmo o céu estando estrelado e as luzes tendo vontade de brilhar:
Mas existem três coisas nesse mundo que o gosto não sacia
O ardente
O desgosto
E a falta desse gozo...
Assim se fez Maria e assim se faz José, duas frutas condenadas por buscarem a si, mas principalmente por desistirem de si. O fato é que mesmo depois de se sentir melhor ou pior, Maria lhe oferece tudo que sempre negara. O beijo ardente, o cheiro de seu corpo, suas palavras doces e um tapa de desgosto. Mas depois de breves gozos, nada masi resta além da saudade daquele outono e daquela fruta...
martedì, gennaio 03, 2006
Toque ou desatino...
Era assim, todas as manhãs Catarina descia aquelas escadas do apartamento no centro de Santa Maria. Sabia que a cidade e seu tempo aqui já haviam saturado seu bom-humor. Estava cansada daquelas escadas, daquelas pessoas, daquele centro e daqueles telefonemas.
Mas hoje ela descia as escadas feliz, falando ao celular com seu novo moço dos olhos. Sim, acreditava ter encontrado uma pessoal ideal para superar a chatice dessa cidade. Alto, pele morena, mulato, sensual, discreto e inteligente, a perfeição e o oposto do que sempre teve. Falava animadamente, marcara um encontro para mais tarde com Carlos.
Como sempre desceu todas as escadas, cumprimentou seu José, que lhe respondeu com um animado:
- Bom dia, menina...Linda como o sol que brilha lá fora.
Sim, ela não tinha dúvida estava radiante como o dia lá fora que acalentava as ruas de Santa Maria. Saiu do prédio e depressa chega na rua Floriano Peixoto, percebe que o movimento era grande, mas nem isso tiraria a paz desse dia. Caminhara apressadamente para atravessar a rua, como era seu costume. Mas diferentemente de todos os dias, não teve dúvida o avistara entre a multidão. Pele clara, alto, sensual, indiscreto e nem sempre inteligente quanto gostaria.
Catarina sentiu seu corpo tremer e sua boca secar, seu coração disparou como a muito não sentia a não ser quando recebia aquelas tão temidas ligações, mas agora ele estava ali, vindo em sua direção. Tentou desviar o olhar, se esconder entre as pessoas, mas tudo isso era em vão, pois ele já a avistara e como sempre abriu aquele sorriso. Em outros tempos julgou o sorriso, mais lindo e sincero, mas agora sabia que por trás daquele encanto existia o sorriso mais sarcástico que já conhecera. Ela viu respingar do olhar dele uma maldade sem limites e ao se aproximar não teve tempo de temer mais por nenhum segundo.
Ele agarrou fortemente seus braços, empurrou contra aquela parede e ali mesmo em meio a tantas inocentes pessoas lhe grudou o beijo mais longo, profundo e sem sentido que Catarina poderia um dia receber. Ela já estava perdida, sem forças para resistir, não viu mais nada.
Catarina só viu o calçadão vazio, todos tinham ido embora, pensou que fosse pela chuva torrencial que caia. Sem sentido, correu por aquele vazio, tirando de suas entranhas o grito mais culpado, angustiado que por tanto tempo guardara dentro de si. Correu por toda aquela rua sozinha e sem forças caiu ao chão, tão profundo que não encontrara abrigo.
Mas hoje ela descia as escadas feliz, falando ao celular com seu novo moço dos olhos. Sim, acreditava ter encontrado uma pessoal ideal para superar a chatice dessa cidade. Alto, pele morena, mulato, sensual, discreto e inteligente, a perfeição e o oposto do que sempre teve. Falava animadamente, marcara um encontro para mais tarde com Carlos.
Como sempre desceu todas as escadas, cumprimentou seu José, que lhe respondeu com um animado:
- Bom dia, menina...Linda como o sol que brilha lá fora.
Sim, ela não tinha dúvida estava radiante como o dia lá fora que acalentava as ruas de Santa Maria. Saiu do prédio e depressa chega na rua Floriano Peixoto, percebe que o movimento era grande, mas nem isso tiraria a paz desse dia. Caminhara apressadamente para atravessar a rua, como era seu costume. Mas diferentemente de todos os dias, não teve dúvida o avistara entre a multidão. Pele clara, alto, sensual, indiscreto e nem sempre inteligente quanto gostaria.
Catarina sentiu seu corpo tremer e sua boca secar, seu coração disparou como a muito não sentia a não ser quando recebia aquelas tão temidas ligações, mas agora ele estava ali, vindo em sua direção. Tentou desviar o olhar, se esconder entre as pessoas, mas tudo isso era em vão, pois ele já a avistara e como sempre abriu aquele sorriso. Em outros tempos julgou o sorriso, mais lindo e sincero, mas agora sabia que por trás daquele encanto existia o sorriso mais sarcástico que já conhecera. Ela viu respingar do olhar dele uma maldade sem limites e ao se aproximar não teve tempo de temer mais por nenhum segundo.
Ele agarrou fortemente seus braços, empurrou contra aquela parede e ali mesmo em meio a tantas inocentes pessoas lhe grudou o beijo mais longo, profundo e sem sentido que Catarina poderia um dia receber. Ela já estava perdida, sem forças para resistir, não viu mais nada.
Catarina só viu o calçadão vazio, todos tinham ido embora, pensou que fosse pela chuva torrencial que caia. Sem sentido, correu por aquele vazio, tirando de suas entranhas o grito mais culpado, angustiado que por tanto tempo guardara dentro de si. Correu por toda aquela rua sozinha e sem forças caiu ao chão, tão profundo que não encontrara abrigo.
De repente ela acorda e percebe que já era noite, Carlos estava ali ao seu lado, corpo nu, pele morena, uma perfeição para seus olhos cheios de lágrimas. Catarina olha para o lado e vê que seu celular repousa ao lado do de Carlos, então fica mais calma e adormece mais uma vez nos braços perfeitos de pele morena. Pensara que tudo não passara de um sonho, ou melhor, pesadelo.
Mal percebe ela que no seu celular permanecem várias chamadas não atendidas. Seria ele? Sim, pele clara, olhos perfeitos! Permanecia ele na janela do prédio em frente esperando ser atendido e apreciando a chuva torrencial que caia lá fora, sobre a triste e fria Santa Maria.
Impressões interioranas...
Uma breve homenagem a minha cidade natal, Charrua, onde passei dias agradáveis na semana passada...
Se caibo, ainda, neste lugar...
De pedras, pessoas e canções
Se, ainda, consigo cantar...
Com o mesmo ritmo do coração
Se, ainda, consigo temer...
Os mesmos medos e aflições
Se, ainda, posso tecer...
Cada pedaço de caminho com as mãos
Se ainda posso escrever...
Sobre a mesma e com a mesma paixão
É por que nunca deixei de estar...
Neste lugar que tantas vezes me fez sonhar.
Cantos e Encontros
Mistura dilacerante de sons
Embriaga minha alma inquieta
Oh! Pássaros e seu sublime canto
Que habitam, tão desabitada floresta.
Na resposta de cada apelo
Meu espírito se comove
Tentando descobrir o segredo
De tais ritmos que me consomem
De mansinho vai se acabando
E ao longe ocorre o encontro
Como queria eu ser um pássaro
Para devagar acabar te encontrando...
Os caminhos do interior
Nesse longo caminho , começo a lembrar
Daquela paisagem por tanto tempo vista
Daquele cheiro que paira no ar
Daquelas melodias por tanto tempo ouvidas
Paisagens de breves mudanças
Que cobre espaços agora vazios
Nem mesmo agora as crianças
Correm e brincam como outrora nos rios
Cheiro de terra vermelha
Do pó que a chuva cobre
Das construções cada vez mais velhas
Cheiro de comida “nobre”
Antes ouviam-se melodias de nina
Agora barulhos de máquinas
Ao longe gritos de animais
E de homens que destoam o final dessa poesia...
Se caibo, ainda, neste lugar...
De pedras, pessoas e canções
Se, ainda, consigo cantar...
Com o mesmo ritmo do coração
Se, ainda, consigo temer...
Os mesmos medos e aflições
Se, ainda, posso tecer...
Cada pedaço de caminho com as mãos
Se ainda posso escrever...
Sobre a mesma e com a mesma paixão
É por que nunca deixei de estar...
Neste lugar que tantas vezes me fez sonhar.
Cantos e Encontros
Mistura dilacerante de sons
Embriaga minha alma inquieta
Oh! Pássaros e seu sublime canto
Que habitam, tão desabitada floresta.
Na resposta de cada apelo
Meu espírito se comove
Tentando descobrir o segredo
De tais ritmos que me consomem
De mansinho vai se acabando
E ao longe ocorre o encontro
Como queria eu ser um pássaro
Para devagar acabar te encontrando...
Os caminhos do interior
Nesse longo caminho , começo a lembrar
Daquela paisagem por tanto tempo vista
Daquele cheiro que paira no ar
Daquelas melodias por tanto tempo ouvidas
Paisagens de breves mudanças
Que cobre espaços agora vazios
Nem mesmo agora as crianças
Correm e brincam como outrora nos rios
Cheiro de terra vermelha
Do pó que a chuva cobre
Das construções cada vez mais velhas
Cheiro de comida “nobre”
Antes ouviam-se melodias de nina
Agora barulhos de máquinas
Ao longe gritos de animais
E de homens que destoam o final dessa poesia...
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