domenica, febbraio 11, 2007

Nossa mente e nada mais, o resto é hipocrisia...

Foto: Francieli Rebelatto

O será a cerca do ontem desgasta minha alma e minha mente, então por que insistimos em nos ater a esse passado de desilusões e decepções tão irrelevantes? Por que nos fechamos num casulo de angústia, se o que nos resta é ir além daquilo que já fez de nós um dia mórbidas vítimas fracassadas por determinados atos inexplicáveis.

A busca daquilo que consideramos racional, faz com que esqueçamos que racional é o controle dos desgastes das emoções. Mas como controlar algo muito além da nossa capacidade de julgar ser certo ou errado? É realmente essas são apenas algumas das muitas perguntas imutáveis à cerca de todas as coisas imprevisíveis que acontecem em nossa vida.

A superação parece ser algo tão distante que se torna algo muito questionável, quando deveria ser a solução para determinada situação. Como se bastasse superar para poder esquecer o evidente que sempre esteve diante de nossos olhos, mas nunca tivemos a capacidade de reconhecer o óbvio. O problema é que o óbvio se torna algo muito remoto diante de nossa frágil mente.

Quanto ao coração não gosto de citá-lo, pois acredito que nesses momentos, se não em todos, ele é um órgão exclusivamente mecânico, ignorante de tudo que se passa em nossa mísera e inútil consciência, que nos momentos de maior necessidade se torna inconveniente para qualquer atitude racional, e consegue até ativar de nossos olhos as lágrimas que jamais imaginaram cair por motivo tão incoerente.

Lágrimas estas que por mais insólitas que sejam, não são capazes de mostrar o que a cabeça fervilha sem rumo e sem explicação. Lágrimas que a única função é mostrar nossas fraquezas, assim como nesse momento estão a ponto de cair.

Fraquezas inimigas de tantas horas, ou será que posso considerá-las amigas, pois ao mesmo tempo em que desestruturam meu ser, também mostram que sempre existe vez pra recomeçar.

E o recomeço quer algo mais complicado, pois ele requer muitas escolhas e essas que fazem do homem o que ele é e não o que ele deseja representar. Escolhas que levam em conta todos os pesares ou simplesmente são feitas de forma inconsciente. E aí a história começa toda novamente....então resta a mesma dúvida será que um dia vai acabar?

4 commenti:

Bia ha detto...

Olá Francieli antes de mais saudades tuas... o tempo não dá para tudo, mas cá estou.
Que texto tão lindo, as coisas imprevisiveis que nos acontecem não dao tempo á razão, nem ao coração, por isso choramos, rimos e não conseguimos controlar nossos instintos primários...
Quanto ao recomeçar adorei a tua descrição... pois recomeçar não é facil, é exactamente como dizes, porque nós somos o que somos e nem sempre como gostariamos de ser e aí volta tudo ao incio...
Um beijo grande e fica bem

Kristal ha detto...

Tudo tem um começo, um meio e um fim.
Menos a minha dieta para me manter magra, que não acaba nunca.

rui ha detto...

Olá Francieli

Sim, um dia vai acabar tudo e, você vai olhar para trás e rir daquilo que te afligia.
Mas a maior prova de que algo já está a acontecer , é a forma como você está a ver e a descrever o problema.

Fica bem

Beijinho

Clarissa Deggeroni. ha detto...

Fran,

Você demonstra mais uma vez maturidade...

“Fraquezas inimigas de tantas horas, ou será que posso considerá-las amigas, pois ao mesmo tempo em que desestruturam meu ser, também mostram que sempre existe vez pra recomeçar.”

Refletindo sobre o que escreveste, acredito que as fraquezas vêm por medo da solidão... A solidão verdadeira, aquela que torna as pessoas ilhas, aquela que nega a nossa essência humana...
E diria que, para quem é consciente e forte, as fraquezas não servem só para recomeçar, mas também reestruturar...

Teu post me lembra muito aqueles versos de Fernando Pessoa:
“Para ser grande, sê inteiro, nada teu exagera ou exclui”