Hoje, alguém me disse que ando muito inspirada ( um dos motivos, é seus olhos), mas aí parei pra pensar que outros motivos me levam a estar tão introspectiva a ponto de escrever tanto e muito além do que aqui posto, aliás muito além...Então comecei a relembrar o que em outros tempos me levava a escrever tanto. Percebi que naqueles velhos tempos de longos textos sempre estava indignada com alguma coisa e mudando de alguma forma.
Pois é isso! A minha inspiração vem das minhas novas concepções e frustações. Se me perguntassem o que diria com nova concepção...diria que deixei de pensar no imediatismo das coisas e agora vejo que fazer é bem menos importante do que pensar em como fazer, isso quer dizer, agora vejo que nada pode ser tão válido como refletir. Outra concepção que aprendi, é que nada vai nos fazer crescer mais do que a convivência e de comos lidamos com ela. Agora percebo o que dizem meus colegas petianos, realmente existe um abismo muito grande entre nós e eles. Como podemos querer conviver e crescer e sermos bons profissionais se não sabemos conviver e se não pensamos na coletividade. Pois o abismo que nos separa, esta a espera de alguém que se jogue.Outra concepção que agora percebo, é que enquanto o mundo corre não precisamos acompanhá-lo, pois cada um projeta sua própria concepção de mundo.
E quanto as frustações? A minha grande frustação continua sendo o egocentrismo do ser humano, que por mesquinharias acredita ser melhor que outros, que mesmo não sendo tão técnicos, são muito fecundos no que pensam e no que acreditam. Agora percebo, como passei maior parte do tempo presa a um desejo incontrolável de querer abraçar o mundo, quando foi o mundo que me abraçou...forte demais, tanto que fui sufocada.
Mas nada como encontrar uma luz no fim do túnel (que clichê horrível, mas cabível). Agora penso que às vezes é bom ser sufocado, pois aí nos obrigamos a renovar o folêgo. Acho que aos poucos o meu ta sendo renovado, voltei a escrever, voltei a ler literatura, voltei a acreditar no final da tarde, parei pra mim, pra me livrar desse sufoco.
Sei que muitos que vão ler esse texto ou melhor desabafo, e que me conhecem, vão dizer que todas essas palavras são mais uma vez papo furado. Certo que uma boa parte é, mas era disso que eu precisava, voltar a acreditar que papo furado também vale a pena, e que também preciso aprender a conviver comigo e com minhas necessidades, pois chega de fazer, ou acreditar que faço. Preciso é pensar no que faço.
E essa é a resposta do por que de estar tão inspirada...quero ser escritora mesmo...e mais do que seus olhos, meu suspiro de vida me fazem surgir palavras de onde elas não queriam mais sair...
Putz, que subjetividade brega...acho que realmente só suspirei, mas não mudei...
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