Com este vago olhar e com essas palavras inúteis tento sintetizar essa agonia de não saber o que escrever, quanto menos o que dizer. Quando o imenso vazio bate à porta da alma, inquieta e temerosa, esta parece se afugentar no medo de não saber o que pensar, o que dizer, nem o que escrever.
Mas, enfim, que medo pode ser esse, tão soberano, que nos limita a agir conscientemente?
Creio... que seja o medo que faz reluzir de nossos olhos o brilho insano da crueldade. É o medo que faz nossas mãos trêmulas, lutarem para buscar transcrever aquelas idéias que já foram predidas.É o medo de se entregar a vida, que já parece inútil perante a angústia de temer o desconhecido.
É o medo de relutar contras as próprias palavras vagas, que tropeçam no abismo da incompreensão. É o medo de escrevermos aquilo que nossos inimigos interiores querem que sejamos. É o medo de escrever, como quem se olha no espelho e percebe que não é retribuído com o mesmo sorriso. Enfim, é o medo de fazer dessa insegurança alicerce seguro para tudo que ainda quero escrever.
Dizem que o blog deve ser diário, então hoje, só posso dizer que estou com medo de escrever, assim como a dias tenho medo de viver...
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