lunedì, dicembre 12, 2005

Os olhares de Satania vencidos por um só olhar...Salve-a José...

A Satania que antes fora descrita pelo poeta voltou a aparecer, e inspirada na história de José me incentivou a descrever essa história e essas sentimentalidades. Fiquei surpresa num primeiro momento. Pois para mim, assim como para todos a Satania sempre fora muito bem resolvida. Descrente do amor, se entregava sem limite as paixões fugidias e dilacerantes. Dona de uma intuição assustadora poderia prever no olhar de cada um daqueles que surgiam em seu caminho, verdades, que até os mesmos deconheciam. E por viver sob esse legado de ver mais do que o aparentemente visível, Satania sofria, mas ao mesmo tempo sempre esteve ciente do que viveria.

Satania sempre fora formosa, decidida, perspicaz, podia enganar a qualquer um deles. Personificava na beleza de seus olhos um anjo, mas sabia que em suas entranhas o pecado era infernal. Não lastimava pelos fracassos e nem pelas histórias mal vividas, ao contrário sempre buscava refúgio em novas aventuras tentadoras. Era capaz de viver tudo com tal intensidade, que estava certa de seus passos mais inseguros. Era a dona das palavras bonitas, das poesias envolventes, era a loira dos sonhos lancinantes dos jovens que a conheciam.

Sofrer sempre sofria não a como negar, afinal sempre fora apaixonada compulsivamente pela vida e pelas pessoas. Se entregava sem receios a suas razões e a seus desejos infindáveis. Sempre fora assim a própria personificação do paradoxo, pois entre a inocência de um anjo, salpicava em seu corpo o calor daquele demônio. Crente de que nunca nenhum deles seria capaz de revidar suas atitudes, Satania perturbava por ser portadora daquele olhar. Como descrito anteriormente pelo poeta: Ela é portadora do olhar mais provocante, provocativo, sarcástico, desafiante, desafiador...que pode existir. Como se isso não bastasse, ela tem o habito de fixar esse olhar nos olhos deles. Ela sabe que eles são dominados pelo Id; assim eles são 90% animal e 10% racional. Ela também é sabedora que, no Reino animal, olho no olho significa desafio, o que se resolve apenas de duas maneiras: luta ou humilhação. Eles sempre se humilharam.

Mas essa vida nos remete muitas surpresas e até mesmo Satania, ou até mesmo José podem ser surpreendidos. Mas a surpresa não fora tanta, pois Satania já sabia quando viu aquele olhar, que uma longa história estaria começando. Nunca se enganara perante nelhum olho, e não seria aquele que mudaria a história. Pois aí ela se enganou, por que esse olhar não só mudou, mas a desafiou, o que eu como vaga escritora poderia dizer é que ela sim é que mudou.

Satania estava ciente do que estava por vir, e pensou em desistir, mas essa não era sua missão e desistir era uma palavra logínqua de seu repertório. Então ela se arriscou, e não teve dúvidas. Dias, horas, minutos, segundos, foram suficientes para perceber o poder daquele olhar. Tentou fugir, diz ela, com todas as forças e tentou buscar todas as interpéries que existiam. Pois acreditem leitores, eu vi a tão temida Satania por tantos olhos, padecer por um só olhar. Ele que portava o olhar mais calmo, mais profundo, mas misterioso, levou a eterna Satania a dilaceração de seus poderes ocultos
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Aos poucos ela viu-se desprovida daquelas táticas eficientes de sedução e afastamento, pois nada mais passou da sedução tentadora daquela loucura. Como eu disse ela tentou de todas as formas fugir, mas quando sentiu pela primeira vez aquele toque, aquela boca, aquele olhar pros breves momento só seu, caiu por terra toda a lenda e mitologia que protegia a tão temida Satania. Surpreendida com tal paixão dilacerante, sua vida encheu-se de sentido até então desconhecidos, ou deixado de lado em outras paixões fugidias. E mais uma vez ela não teve dúvida, pois por mais que a tirassem tudo, sua intuição não a enganaria, estava certa de que mesmo fugindo tudo aquilo era para acontecer, mesmo uma outra vida sendo a interpérie de tudo isso.

E hoje amigos, eu que não passo de uma crente escritora relato com muito pesar o presente de Satania, inspirada no José. Satania, a bruxa de sorriso bonito e radiante, que seria capaz de iluminar a noite mais escura que já existiu ou possa existir. Ela que parece uma garotinha de sete anos, inocente...Ela que tem seus olhos claros, tranqüilos como o mar de uma praia do Caribe, mas que, ao mesmo tempo, transmitem a sensação de uma destruidora Tsunami. Ela mesmo, essa Satania padece por ter sido surpreendida por um deles que sempre teve como missão surpreender.

Nos olhos da minha Satania, vejo leves respingos de tristeza, e impotência, pois sabe ela que não possui mais o poder mágico de livrar-se desse olhar. Seu sorriso tão radiante, não deixou de existir, mas muitas vezes está sendo substituído por insólitas lágrimas, que se confudem entre a alegria de estar se permitindo viver para ter esse olhar e com a tristeza de não possuí-lo quanto necessita. É, escritores tem que conviver constantemente com as Satanias e os Josés e tem que só transcrever. Se resolverem viver suas histórias, podem fazer parte de uma história que não sabemos qual o final. E não vou ser eu uma simples escritora detentora desse privilégio de escrever esse final, pois antes de escrevê-lo quero vivê-lo mesmo não sendo a tão misteriosa Satania e mesmo não conhecendo seu amigo José.

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