martedì, marzo 14, 2006

Ela voltou, sem relutar...


O movimento das mãos prescreve desenhos no teto sobre a penumbra da noite quieta. Já passam das 2 da manhã e a insônia persiste, por certo, tem precedentes.

Agito meu corpo, me viro incansavelmente pela cama, meus pés incrivelmente alcançam o teto(só me visitando para entender). Sinto apenas o vento que bate do ventilador, e ouço apenas seu barulho na noite que não se finda.

Insisto em ficar deitada no escuro, desenhando possibilidades e planejando atitudes, evito descer as escadas da cama, gostaria de continuar ali e tentar buscar o sono que não vem. Mas não tem jeito, o esforço é em vão.

Apressadamente levanto da cama, prendo meus cabelos, ligo a luz, sento na cadeira em frente a escrivaninha e aí sim o sonho se completa. Rompo a barreira entre a caneta e o papel que a muito não se encontravam e permito que devagar a inspiração se aposse de meus pensamentos e de minha vida. O ator tinha razão, ela sabe quando voltar(ver texto Sem relutar).

Escrevo freneticamente, nesse momento já estou na segunda folha, mas minhas idéias se multiplicam a cada segundo e minha mão desacostumada não consegue, acompanhar esse turbilhão de idéias que perpassam em minha mente.

nada percebo ao meu redor, nem mesmo a luz fraca, de que sempre reclamei , me incomoda. Quero apenas escrever e buscar através dessas palavras um sono tranqüilo.

Vejo que minhas letras não passam de rabiscos, mas não há como descrever tantas vontades, poesias e rimas que se acumulam na mente, já enlouquecida.

Paro um pouco e agora percebo a sombra da minha mão no papel andando compulsivamente do começo de uma linha até o seu final. A caneta é conduzida vorazmente e dela brota a tinta azul que registra materialmente a alegria de me sentir novamente inspirada.

E querem saber, por que? Pois nem mesmo eu, minha cama, minha caneta, o papel são capazes de dizer. O que sei é que profissionalmente falando isso é um grande sentimento de felicidade.
02: 12 Horário de Brasília, mais um grande horário da minha vida. Escrevendo e vivendo novamente sobre a inspiração que retorna aos meus dias e minha noite...

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