Estava decidida: iria forçar ela a aparecer na minha vida de qualquer forma. Meus dias sem ela não tem sentido e me causam uma forte agonia, parece que não consigo cumprir meu papel e todos ao meu redor me cobram pela sua falta.
Não saberia explicar ao certo por que ela se afastou. De repente fui rebelde e não quis atendê-la, de repente não produzi a altura do que ela esperava, ou então não a amei como devia. Por isso me encontro assim, perambulando pelas ruas, pelos pensamentos afim de encontrar o melhor meio de trazê-la de volta a minha vida.
Não sei se deveria gritar, pular, chorar, enfim não sei que sentimento deveria expressar para que ela sensibilizada com meu martírio voltasse aos poucos e invadisse mais uma vez meu mundo de alegria, de perspectivas, de sonhos.
Mas acredito que nada é por acaso, pois, ontem à noite fui assitir a mais um espetáculo de Cênicas e depois de duas horas apreciando um teatro muito subjetivo encontrei respostas para minhas dúvidas em relação a falta que ela faz no meu mundo. Sim, o ator repetiu várias vezes que não podemos forçá-la a voltar e nem buscá-la compulsivamente, pois aos poucos e no seu devido tempo ela naturalmente fará parte mais uma vez da nossa vida.
Mais uma vez estava fazendo tudo errado, de nada adiantaria querer atropelar o curso natural das coisas para tê-la de volta, se ela sabe muito bem o tempo certo de voltar para meus pensamentos, minhas ações e minha razão pela qual conduzo muita coisa.
Acredito que ela esteja muito arredia a meu mundo de perversidade e a falta daquele que representa sua razão de existir. Pois é, temos que aprender a sobreviver sem a inspiração, mas acima de tudo temos que aprender a esperá-la decidir qual o melhor momento de mais uma vez retornar a vida de humildes poetas, que sem ela não são nada, e aos apaixonados que sem ela não se amam...
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