Hoje enquanto caminhava na rua, ouvia uma amiga a despejar palavras sobre sua nova teoria, falávamos da formatura de comunicação que acontece nesse final de semana, e falávamos o quão pouco tempo falta para nossa acontecer. Então essa minha colega fala que queria se amarrar numa árvore na universidade e não sair mais daqui, por que de certa forma a universidade representa um alicerce seguro, que nos protege do mercado de trabalho.
Dessas palavras inventamos a mais nova teoria de que a universidade é um segundo nascimento, na verdade ela pode ser uma incubadora, só que a grande diferença entre o nascimento da universidade, quando nos formamos, e o nascimento comum de uma criança é que na universidade passamos por um processo de autogestação. Isso quer dizer que somos responsáveis por essa gestão, somos nós que vamos nos alimentar e nos nutrir de forma adequada ou não, o que dará a garantia de que tipo de "crianças", na verdade profissionais seremos depois ali fora, no mercado de trabalho.
Sim! Por que ser um feto na placenta da mãe é muito fácil, apenas recebemos o alimento através do cordão umbilical e apenas temos que usufruir dessa mordomia e nossa formação vai depender de que tipo de vida e principalmente genética a nossa mãe tem. Enquanto universitários e auto-gestantes estamos de certa forma protegidos por tudo que a universidade nos oferece, mas isso não é suficiente, por que o que realmente vai nos nutrir adequadamente vão ser nossas escolhas a partir de tudo que é oferecido e principalmente a forma como aplicamos essas ofertas.
Na verdade exercemos o papel de mãe, só que os filhos somos nós mesmos. Assim como há as mães mais atenciosas e cuidadosas, temos nós a chance de escolher na universidade meios mais adequados para nossa formação e principalmente de sermos universitários atuantes e conscientes. Assim como na vida encontramos as mães que apenas acompanham a gravidez sem dar muita importância ou até mesmo tendo descaso a ela, na universidade temos estudantes que apenas passam e dela nada levam a não ser o descaso que tiveram durante os anos que aqui estiveram.
Mas voltando a formatura, que era do que falávamos, é nela que parimos ou damos à luz ao profissional que seremos amanhã depois que as cortinas da universidade se fechem. E a carreira que vamos construir depende muito da forma como conduzimos nossa vida dentro dessa incubadora, ou melhor, universidade.
Bom, aqueles que estão nascendo nesse final de semana, espero que tenham eles usufruído da melhor forma de tudo que a universidade os ofereceu, se não o fizeram certamente vão encontrar ainda novas formas de nascer e ainda vão passar por novas autogestações, mas o importante é estarem conscientes de que as mães agora somos nós mesmos, e por isso tem que se preocuparem em buscarem seus próprios alimentos e se vão se alimentar pelo cordão umbilical ou não, não importa, o importante é estarem bem nutridos. E para aqueles que ainda aqui na universidade permanecem, meu caso, é importante estarem conscientes de tudo que nos é oferecido e qual a melhor forma de aproveitarmos dessa proteção que é estar aqui.
Sou mãe e sou filha...Serei daqui a pouco uma nova criança largada nesse mundo que nem sempre vai ter árvores para nos agarrarmos e nem sempre vai nos oferecer uma proteção qualquer.
Parabéns!!! Formandos 2006, sejam grandes comunicadores e honrem o que de melhor essa profissão tem a oferecer e mantenham sempre a humildade e a dignidade que qualquer mãe quer ver em seus filhos...
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