sabato, novembre 12, 2005

Triste fim de uma sexta-feira à noite...mais que um osso quebrado...

Era só mais uma noite de sexta-feira. Creio que já eram 11 horas e eu andava sozinha pelas ruas de Santa Maria, procurava algum lugar interessante para acabar mais uma noite de sexta. Estava sozinha, pois assim prefiro dar minhas voltas, como diz um amigo sair sozinho em Santa Maria não é problema, pois sempre encontramos algum conhecido para batermos um papo e beber uma cerveja gelada. Depois de passar no Pingo e dar aquela espiadinha não quis entrar, então passei em frente ao bar do lado onde acontecia uma festinha. Naquele lugar vi um velho amigo que fingiu não me ver, acho que devia ser por estar com aquela guria, mas nomes não vêm ao caso nesse texto.

Entre risos e pensamentos vagos e um desnível na calçada percebo que já não tem jeito. O fato estava consumado e eu estava ali estatelada no chão, meu joelho estava esfolado e doía, e meu pé...Ah, meu pé!!! Esse já nem sentia, aliás, sentia que não tinha como colocá-lo no chão. Mas o que mais me frustou no momento foi à atitude das pessoas que viram a cena.No mesmo momento do desastre 4 moças, 3 delas loiras falsas, estacionaram do meu lado, bom pensei que fossem me ajudar, ou ao menos me ignorar, mas não, elas simplesmente em alto e bom som riram da minha cara. Mas, que nada o que se esperar de certas mulheres. Então o carinha que cuida dos carros me vendo sentada no chão pergunta se me machuquei e eu respondi que sim (devia ter dito que não, que meu programa preferido de sexta à noite é ficar sentada no meio da calçada, com os sapatos na mão e lamentando a vida), pois ele disse: é moça essas coisas acontecem, e nada mais ouvi e nem o vi mais. Bom quando já tinha perdido a esperança, percebo que lá longe dois moços me observam, então novamente acredito que existe alguém que tem bom senso e vai me ajudar. Sim, lá vêm eles na minha direção, fico mais tranqüila e penso que agora estou salva. Mas, mais uma vez estou enganada e eles passaram e só restaram alguns olhares de curiosidade.

Não agüentei, aquilo pra mim era o fim (que exagero), desando em lágrimas e sinto a pior sensação de estar sozinha e não ter como resolver um problema, pois estava totalmente vulnerável. De repente aqueles mesmo moços de antes, retornam e se aproximam e então quase que suplicando peço a ajuda deles. Eles que desde o começo tinham a intenção de me ajudar, não temeram um só momento e me carregaram até a casa de minhas amigas na Astrogildo. Foi um espetáculo e tanto pra quem não sabia o que estava acontecendo. No fim entre risadas, dor, e apresentações, Fernando e Vagner, não conseguiam entender como numa situação daquelas, eu ainda conseguia fazer piadas. Fazer o que? Já tinha chorado, já tinha divagado no meu sofrimento e agora estou nos braços de dois desconhecidos indo pra casa que não é minha, como o pé impossibilitado de qualquer ação. Admitam é ou não uma história engraçada, para quem ia acabar a noite no DCE, no outro dia ia passear com amigos na cidade de Mata, na noite seguinte ia acampar no Macondo Circus e no feriado ia andar muito de bicicleta, convenhamos que é uma desgraça, mas muito divertida.

Mas à noite não acaba por aí, pois ainda tinha uma pequena esperança de que tivesse sido só uma torção mesmo. Fui ao pronto-socorro, quero dizer me lavaram até lá, de moto-táxi, até o tio da moto tirava com a minha cara, mas tudo bem. Cheguei no Pronto-socorro de fraturas e fui encaminhada para uma sala, tive que sentar numa mesa que parecia de necrotério. Na minha cabeça já imaginei meu pé sendo serrado por um serrote enorme (sendo serrado por um serrote é ótimo, que idiota que sou) aquele que tem uma pessoa em cada ponta. Então duas pessoas entram na sala, mas o serrote não apareceu, pensei comigo, menos mal. Sem exageros era apenas um raio-x e nem doeu. A enfermeira pergunta se já conhecia a nova choperia e eu disse que iria conhecer no dia seguinte (é realmente ia). Depois de alguns minutos saiu o resultado e o médico me diz: que belo trabalho moça! Cuidadosamente olho para meu pé desenhado na transparência e percebo que realmente, até pra quebrar ossos do pé sou competente, que categoria, ou melhor alto padrão, três ossos de uma só vez, essa marca não é pra qualquer um. Sentia-me orgulhosa pela façanha...Então o médico disse que esse problema se resolveria com um mês de gesso. HEHE, verão, acampamento, bicicleta, corrida no bosque, banho de cachoeira, nem gosto de nada disso.

Bela história, não acham, agora to aqui com uma tala e semana que vem coloco um gesso, aliás, aprendi como fazem gesso, nunca entendia como o colocavam nas pessoas. Meu gesso vai ser assinado por todo mundo, to me adaptando a andar de muletas, a tomar banho sentada, a ficar parada. Antes de enlouquecer quero ler muitos livros, assistir muitos filmes, escrever muitos textos, jogar muitos jogos, e receber muitas visitas. Bom, acho que pra alguma coisa ta servindo essa situação, vou ter que parar um pouco. Mudei-me pra casa do meu irmão e recebo tudo na mão, uma mordomia. Diria que não foi o mais perfeito fim de noite que já vivi, mas certamente foi o mais produtivo e interessante, mas não queiram provar desse fim, pois sei que existem de bem melhores, mas esses agora só ficaram na lembrança. E esse é o triste fim de Francieli Rebelatto, ou melhor, apenas um novo recomeço.

2 commenti:

Felipe Cechella ha detto...

oi!!!q história ein?minha nossa!mas o bom humor nao perdestes com a mobilidade do pézinho.e a capacidade de escrever entao, melhorou!boas melhoras e paciencia!assim q chegar vou t visitar!beijos!!!

Fran Rebelatto ha detto...

Vão dizer ficou bonito meu texto, acho que pé quebrado serve de também de inspiração´, bom caros colegas espero a visita de todos e como estou espalhando, quero potes de sorvete, barras de chocolate, ceva gelada e muita vontade de dar risadas, também estou aceitando emprétimo de DVD's e livros...heheheh..vai ser uam experiência e tanto...Abraços