giovedì, giugno 08, 2006

Essas noites de vento, é inevitável não escrever uma poesia...

Eu jurei que ia me aguentar, mas é inevitável, disse que ficaria dias sem postar nada para que todos pudessem ler e responder as indagações dos textos abaixo, mas ontem à noite o vento que embalava a noite, me fizeram escrever essa poesia, inspirada num desconhecido, que apreciei por momentos num lugar que a muito tempo não voltava. Me deu saudade, de que?? Não sei, mas poderia ser de tanta coisa...Lá vai o poema então...

Som leve
O toque de suas mãos
deslizavam sobre as cordas
e o violão devagar chorava
notas atrapalhadas
de uma letra mansa...

Tudo me trazia a memória
saudade de um passado remoto
o vento traz lembranças
e no ar o cheiro daquele tempo...

Escuto sua voz
tom e afinação confundem a noite
E eu lembro, escrevo e sinto...

A lua sobre nós somente observa
vai ver também sentes saudade de outras noites
E o céu continua tão infinito quanto antes
só que o antes passa...

Tu permaneces deitado
sobre ti o violão lamenta
E eu vou embora
e com palavras também lamento...

Ai! vento bate devagar
como bate as cordas e o violão
Acelerado? Só meu coração e minha emoção...
Você sozinho, ou o violão?
Eu, a caneta e a vontade
de tua voz macia...

Quem será? Não sei.
Seu rosto é indecifrável
E espero, sim, com a música o seu coração
Mas, o vento insiste em me levar, e eu?
Então, vou.
Mera covardia? Mero medo de ficar.
Será? E se tivesse ficado?
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Essas respostas nem as notas, nem o vento quente
podem me dizer.
Pois fui embora, sem olhar pra traz
Mesmo que de longe ainda possa ouvir aquelas toadas...

Nessas noites de vento, lembro do meu passado, não com um olhar fatalista de Ana Terra que dizia que noites de vento lembravam sangue derramado, mas lembro de uma realidade e de um lugar que distantes se escondem no meu passado. Esses dias um amigo me perguntou por que deixavamos as casas dos pais e nos submetíamos a viver com saudade, de repente nem tando confortável? Pois é, largamos tudo isso, por que queremos muito mais para nós, eu pessoalmente por que acredito que tenho tantos caminhos a mais para percorrer. Caminhos que meu passado limitado não me mostraria. Mas, isso não quer dizer que saudades não ficam, principalmente em noites de vento quente em Santa Maria.

2 commenti:

Anonimo ha detto...

Toda tristeza tem o outro lado da moeda, se algo decepcionante acontece na vida, isso e uma oportunidade para crescermos. Se a tristeza nao tem essa funcao, o que vale? Eh por causa dos bons insatisfeitos que existe alguma chance do mundo ser um pouco melhor... E esses bons insatisfeitos, ou insatisfeitos bons,(nesse caso as duas coisas sao verdadeiras..) nunca tiveram uma vida tranquila, facil. Acredito que o limite que separa os bons revolucionarios dos bandidos eh muito tenue. o que voce escreveu no msn ta muito certo: se as coisas sao inatingiveis, nao eh motivo para nao as querermos. Quero alguem para envelhecer do meu lado. Quero mudar o mundo, devagarinho, por isso estou tentando entender por que as coisas sao como sao, porque as pessoas se agradam querendo tao pouco, tenho medo de ficar mediocre assumindo essa postura tao, digamos dialetica. Descobri que a melhor forma da boa subversao eh ir devagar, como quem nao quer nada... Sei la. Voce me faz filosofar bastante bastante.
Clarissa Deggeroni

Fran Rebelatto ha detto...

É isso Clarissa, tudo que eu precisava ouvir...nõa vamos ser medíocres..e filosofar é ótima forma de amadurecermos..

beijos...obrigado pelas tuas tão sábias palavras...