venerdì, marzo 30, 2007

Jogo!!! Xeque-mate, então!!!

Jogo? Quem sabe, mas enfim o momento da conquista é algo que me fascina. Vai dizer desperta uma sorriso inusitado no meio dos dias corridos e muitas vezes sem sentidos. Traz à tona uma breve vontade de ir até o espelho e dar uma olhada na caída da roupa. E o mais importante aquele brilho no olhar que se reflete nas nossas mãos úmidas, nos nossos pés atrapalhados, na nossa voz nervosa e no nosso olhar baixo.



E por falar em olhar, vamos falar do jogo, sim, por que a conquista é um jogo, creio que o xadez, sim, cavalos, bispos, rainha e rei. E então xeque-mate, mas calma lá, antes de falarmos em fim de jogo, vamos as suas etapas.

Conquistar, é estudar a sua jogada! Um olhar baixo, e devagar no olho, mas nada abrupto, tudo com muita cautela assim as coisas ficam mais nervosas, afinal não temos por que mostrarmos de cara nossa jogada deradeira. Mas na conquista há os bispos, os cavalos.



Os bispos não pela religiosidade, pelo que é pecado ou não, mas pelos impecilhos, sim, por que conquistar se pode a qualquer hora e a qualquer pessoa, mas isso nem sempre quer dizer que essa conquista é conveniente. Padrões, valores, certo ou errado. Mas quem disse que a conquista leva em conta isso? Capaz ela faz um caminho próprio no tabuleiro e quase chega até a outra linha.

Digo quase, por que antes de comer o rei, prender a rainha, enfim, tem que ter sedução, palavras ditas e não ditas, frases feitas e mal-feitas, mais um pouco de mistério. Afinal não falamos de um esporte fácil como futebol que se resolve em 45 minutos, falamos de um jogo inteligente (não que o futebol não seja), minucioso, lento e fascinante.

Mas o rei ta ali, a espera da melhor hora, a rainha cautelosa se faz bela, para o momento derradeiro. E entre o começo do jogo e o fim existem milhares de jogadas, de peripécias, de idéias. De olhares, de palavras, de toques, de sorrisos.



No fim o que queria dizer com tudo isso, é que não falo apenas da conquista entre dois meros seres humanos, sejam eles de quaisquer sexo, mas falo da conquista pelas coisas, pelas pessoas, pelo trabalho, pelo dias e por que não pelas noites, pelos amigos. Falo da conquista diária pelas razões de viver, da paixão diária por nós mesmos. E por que não, então, em meio a tudo isso, uns olhos verdes, negros, enfim uma pele morena, inteligente. Huahauahauahuaah...Sinto-me apaixonada pela vida e isso me faz melhor. Xeque-mate! Ou quase lá!

martedì, marzo 27, 2007

Um último tango, talvez???

Corro assim, bruscamente
Na parede torta do meu quarto que se desmancha
Nos ponteiros finos, do relógio imaginário
E por que não no ponteiro grosso, ou melhor no pêndulo sublime
De la Paris.

Corro assim, nitidamente.
Na madrugada ausente de letras cabíveis
Na manhã vertente de idéias afins
E por que não nas idéias idealizadas na terra do Bom Fim.

Corro assim, perdidamente.
Na dança tortuosa dos teus braços
Nos passos descompassados da tua valsa
Danço porém, na música leve da minha saudade
E por que não dançar nosso último tango
De la canción.

Corro assim, timidamente,
Nas notas acabrunhadas de sentidos irreconhecíveis
Nas falsas posições dos acordes soltos
Em meio aos instrumentos abandonados por vozes
E por que não abandonar mais uma vez essas vozes perdidas na razão.

Corro assim, por que já andei demais,
Corro assim, por que já chorei demais.
Corro assim, por que já vivi demais.
Corro assim, por que já amei demais.
Corro, por que quero descansar, repousar a beira do mar
E te esperar...silenciosamente,
Aguardar teus passos leves, na areia, tua presença fresca no meu ombro
Teu destino breve em minha presença...
E então, voltaremos a correr,contiuamente, em direções opostas...


Nossa, não sei ao certo o que queria dizer com essa poesia, aliás eu sei bem lá no fundinho a alusão de tantas vidas e caminhos nessa poesia, tão intensa quanto foi toda a minha vida até hoje. Isso me fascina na arte de escrever o suor que escorre pela minha face, que tão rápida quanto minha mãos vivem intensamente essa poesia. Vivi, suei e agora estou a chorar, por isso fico por aqui. Assumindo, que aqui está Fran Rebelatto, sem eu poético, sem sujeito de enunciação, eu mesmo...meu próprio enunciador, meu próprio discurso...

Sei que tenho sido bem melancólica nessas últimas postagens, mas calma isso não quer dizer que estou a ponto de um suicídio, capaz, que é isso, estou apenas indecisa, e aí nos fins de noite sento na frente do pc que já passei à tarde na frente e escrevo, escrevo, tudo que passa na minha mente...Indecisão, apenas isso, de que??? nada demais plantar uma árvore, fazer um filho, ou escrever um livro??? Huahauahauahau...há de passar...Eles passarão e eu passarinho...Voarei...Cala a boca Fran!!!

lunedì, marzo 26, 2007

Nada de mim!!!

Como descrever a imensidão brusca do querer?
Como entender a profundidade sórdida do incompreensível?
Como perceber a brevidade da loucura iminente?

Perguntas, atormentam, amedrontam
Nos fazem mais,
Mais perenes, condizentes, mais então descrentes.

Devaneios, apenas em dias, de quase nada,
Em dias de saudade,
De vontades descabidas...


Nada para pensar,
Nada para temer
Nada para falar
Nada para amar
Nada para projetar

Nossa, mas quanto muito nesse nada
Tão vazio
Quanto tudo nesse nada subjetivo.

Nada enunciado, nada escrito,
Nada de actores, nada de espaço, nada de tempo
Nada entre subjetividade, objetividade, figurativização

Greimás, Courtés, Vilafãne, Vilches...
A todos peço desculpa...
Pois nada quero ver nesse nada absurdo de teorias, praticas,
Enfim, só posso dizer quem em meio a tudo isso
O nada apenas é de mim...
Nada de mim...
Apenas uma loucura mansa que me deixa a sorrir...


sabato, marzo 24, 2007

Devaneio assim..Entre o nada!!!


Dias de infertilidade, de idéias miúdas, mas de muitas dúvidas. Dias de ficar na cama, mais uma vez voltar para a cama e nunca mais sair da cama. Dias de filosofar inconstantemente, impacientemente consigo mesmo, com as ruas vazias, com as janelas fechadas. Dias de sorrir pra alma, de chorar pela alma, e de não saber o que sentir. Dias de ficar sem comer, de comer qualquer desavença e de apenas não comer mais nada.

Dias de dar passos largos, passos apressados, ou quem sabe deixá-los miúdos a ponto de não dá-los. Dias de pensar mais um pouco, de então deixar de pensar em tudo e apenas divagar imorbidamente. Dias de idéias sem sentido, de poucos atritos e de quantas dúvidas.

Enfim, esses dias de dúvidas me deixam assim, nervosa, quieta, instável, insuficiente, com apenas resquícios de uma vivacidade pequena da alma. Dias de dúvidas, sobre a vida, sobre o brilho no olhar, sobre o ir, ou o ficar, sobre o querer e não querer. Dias de escrever, e então esquecer, mas dias de escrever muito mais e perceber que as palavras jamais me fazem esquecer, quanto mais ser pequena.

Esses dias me perturbam timidamente, mas me levam bruscamente a devanear com a minha cama, com a Elis Regina, com Cazuza, com as palavras, com os dizeres, com a janela aberta, com ela não aberta, com os lençóis desarranjados e com os cabelos desalinhados no espelho. Devaneio com o mundo, devaneio, por fim com as ruínas de minhas dúvidas e nada mais. Sinto que aos poucos decido pelo partir.

martedì, marzo 20, 2007

Reflexo de nós!!!

reflexo
dos traços mal traçados
da face enrugada e demente
reflexo
do seio debruçado
das entranhas vulneráveis
reflexo
dos passos penumbrosos
da penumbra descarnada
Reflexo
dos teus olhos falseantes
e do nossos pares distantes
reflexo
de ti
de mim
do nosso passado...

lunedì, marzo 19, 2007

Superfície Vazia...


A superficialidade das pessoas por vezes me assusta, a ti não? Sim, me assusta tanto que não temeria em as comparar com objetos, com meros desígnios mortos. Não entendo, o por que da apatia perante a vida, não entendo o medo de enfrentar nossas verdades. Quem sabe, isso se deve pelo fato de termos medo da opinião alheia ou então o medo da nossa própria fumaça?

Sim, todas hipóteses possíveis, que cada um de nós responde a sua maneira, conforme sua essência. Satania, mesmo sendo sempre tão intensa, esses dias confessou-me em tão baixo, que sentira medo, que fugiu de problemas incompreensíveis. Eu lhe disse que também já viverá assim nessa dificuldade de se tornar mais uma vez intensa, mais uma vez subjetiva. Então lhe perguntei qual fora seu segredo para dar a volta por cima de tudo isso?

Mas Satania não me respondeu, mais uma vez virou as costas sabiamente e apenas deixou tocando Elis...Sim, eu encontrei a resposta, e então comecei a me indignar com a superficialidade que muitos se detém pelo resto de suas vidas. Percebi, então, que o grande mistério da vida é sua intensidade e nada mais.

Por isso lhe pergunto: Estás esperando o que? Ser dissolvido gradativamente pela sua própria ingenuidade de ver apenas com um olho a vida passar? Quem sabe, então sejas apenas uma coisa, uma natureza morta a me espreitar.
Foto e texto: Fran Rebelatto

domenica, marzo 18, 2007

Sublime presença ausente!!!


Esperar
Adormecer
Perecer
E então não ser...

Deitar
Jogar
Admirar
Apenas a ausência pesar...

È assim, que estive este tempo todo esperando as expectativas indecentes de tua presença. Mas vieste mórbido, fraco, com medo. Deitei-me então novamente e mais uma vez espero. Quem sabe da próxima vez que aparecer, ou quem sabe seja a hora de desistir.

Esperar
Sobre meus ombros
Sobre meu colo
Sobre minhas coxas
Sobre meus desejos indecentes.

Adormecer
Sobre Pensamentos sórdidos
Desejos incalculáveis
Sensualidade desabitada
Vontade desregrada.

Perecer
Pela falta
Pela ausência
Pelo medo
Pela descrença
Pela indignidade dos teus passos.

Enfim, apenas mais um pouco de poesia neste domingo, para quem sabe disfarçar mais uma vez as lágrimas...Nossa mas que drama, a sei lá, to meio sem inspiração hoje, por isso fico por aqui mesmo...

martedì, marzo 13, 2007

Borboletas, deuses e sentidos...Concepções em si...


"Para as borbletas os deuses são óbviamente borboletas". Foi o que li daquele velho texto do professor Adair, a princípio o interpretei errado e dias se passaram até que o entendi a fundo. Sim, esta frase perturbou-me incansavelmente pelas ruas de Santa Maria, atá a noite que decididamente resolvi entendê-la de verdade...

Vocês estão me achando burra, eu sei, minha loirice às vezes se manifesta de fato. Mas sou assim, incomodada com as coisas, com as frases, com as palavras, e principalmente com os sentidos, aliás com os possíveis sentidos. Pois a vida é assim: um emarranhado de possibilidades incontidas no limiar da nossa compreensão, por vezes entendemos, por vezes ignoramos, mas os sentidos estão aí, nos atormentando o tempo todo, nos fugindo o tempo todo. E o rumo deles somos nós que os temos, somos nós que os pomos em prática.

Enfim, "para as borboletas os deuses são obviamente borboletas, para mim os deuses são infinitamente possíveis". Bom acho que entendi o sentido, ou ao menos criei meu próprio sentido para esta frase, para esta lição de vida. Era isso, e você entende o sentido que quero lhe transmitir? Se não o entende, não se perturbe crie seu próprio sentido e desfrute de uma nova concepção de vida...E isso é o grande segredo das coisas: imaginar que deuses são infinitamente possíveis, assim como os sentidos...

venerdì, marzo 09, 2007

Dias de passos, dias de si...

Dias de passos
Dias de si

Passos vulgares
Caminhos discretos
O toque no ombro
E mais uma vez o segredo...


Dias de passos
Dias de si

Toque insalubre
Sentir venerável
Passos desprezados
O mais uma vez o agrado

Dias de passos
Dias de si...

Passos e desassossegos
Das mãos rugosas
Nitidamente vazias
Passos descarnados

Dias de passos
Dias de si...

Passos adiante
Toque adiante
Adiante te encontrar
Adiante caminhar e tocar


Dias de passos
Dias de si...
Dia de nós
E os olhares dos manequins.

martedì, marzo 06, 2007

Ainda quero acreditar nas nossas texturas...

Procuro as texturas quentes de tua pele voluptuosa que se desmancha ao sentir meu caminhar rápido. Texturas destemidas, mas banidas pelo proibido ato de desejar o porvir alheio a nós.


As texturas de nossas carnes são assim, remontadas nos desejos destemidos de nossos corpos já então a divagar entre o que poderia ser de fato atitude. Mas insinuações e idiossincrasias permeiam nossa vivência lado a lado.

À vontade descarnada de tuas texturas, faz as minhas mais vivas, mas texturais e fáceis de tecer, de sentir o fervor de teus passos discretos. Texturas que encontro os teus olhos trêmulos, textura que encontro no teu colo fervilhante.


Mas, o porvir guarda nossas texturas amistosamente no meu seio, nos teus membros. O porvir guarda os nossos desejos indissolúveis. Enquanto isso, as texturas se devaneiam na busca infinita de ter mais. Nossa texturas quentes se dissolvem na incridulidade do ainda pode acontecer. Na vontade de ainda podermos ser. Mas será que vale a pena continuar acreditando nisso.

giovedì, marzo 01, 2007

Em paz!!!


Refletiste na realidade nua
Tua fragilidade atemporal

Entregaste tua carne crua
Na dignidade amoral

Refletiste tua tez escura
Na crença no divinal

Fingiste tua essência
Na impossibilidade desumana
Na promiscuidade dos teus valores
Fingiste tua dignidade soberba
Na sustentação insustentada
Possuíste o valor em chama
E te queimaste no próprio espelho...

Refletiste tua realidade nua
E morreste na incredulidade das tuas mãos.

Sinto-me satisfeita!
Meu puro reflexo me acompanha
Em paz!