Na parede torta do meu quarto que se desmancha
Nos ponteiros finos, do relógio imaginário
E por que não no ponteiro grosso, ou melhor no pêndulo sublime
De la Paris.
Corro assim, nitidamente.
Na madrugada ausente de letras cabíveis
Na manhã vertente de idéias afins
E por que não nas idéias idealizadas na terra do Bom Fim.
Corro assim, perdidamente.
Na dança tortuosa dos teus braços
Nos passos descompassados da tua valsa
Danço porém, na música leve da minha saudade
E por que não dançar nosso último tango
De la canción.
Corro assim, timidamente,
Nas notas acabrunhadas de sentidos irreconhecíveis
Nas falsas posições dos acordes soltos
Em meio aos instrumentos abandonados por vozes
E por que não abandonar mais uma vez essas vozes perdidas na razão.
Corro assim, por que já andei demais,
Corro assim, por que já chorei demais.
Corro assim, por que já vivi demais.
Corro assim, por que já amei demais.
Corro, por que quero descansar, repousar a beira do mar
E te esperar...silenciosamente,
Aguardar teus passos leves, na areia, tua presença fresca no meu ombro
Teu destino breve em minha presença...
E então, voltaremos a correr,contiuamente, em direções opostas...
Nossa, não sei ao certo o que queria dizer com essa poesia, aliás eu sei bem lá no fundinho a alusão de tantas vidas e caminhos nessa poesia, tão intensa quanto foi toda a minha vida até hoje. Isso me fascina na arte de escrever o suor que escorre pela minha face, que tão rápida quanto minha mãos vivem intensamente essa poesia. Vivi, suei e agora estou a chorar, por isso fico por aqui. Assumindo, que aqui está Fran Rebelatto, sem eu poético, sem sujeito de enunciação, eu mesmo...meu próprio enunciador, meu próprio discurso...
Sei que tenho sido bem melancólica nessas últimas postagens, mas calma isso não quer dizer que estou a ponto de um suicídio, capaz, que é isso, estou apenas indecisa, e aí nos fins de noite sento na frente do pc que já passei à tarde na frente e escrevo, escrevo, tudo que passa na minha mente...Indecisão, apenas isso, de que??? nada demais plantar uma árvore, fazer um filho, ou escrever um livro??? Huahauahauahau...há de passar...Eles passarão e eu passarinho...Voarei...Cala a boca Fran!!!
3 commenti:
Correr, andar, ficar no lugar...
A necessidade é que faz a velocidade. Eu vôo, baixinho e devagar. Pra chegar. Se cair o dodói cura com band aid. Foi-se o tempo e motivos pra viver quebrando a coluna e viver andando mancando. Mas fica o aviso: alô Houston, turbinas ligadas, qual é o planeta mesmo?
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Paulo!!!
Qual o planeta??? vamos voar até lá??? nas entrelinhas, nas possibilidades de vôos, constantes, rasantes, intensos, e por que não voar mais então!!!!
Estranha!!!
??????????????????????
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
e então as palavras seriam inúteis, eapenas, deixamos elas se calarem, apenas!!!
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