domenica, agosto 17, 2008

Opa...os tímpanos..


Os típanos já estão ausentes de mim. Os pés tremem embaixo da mesa, no meio da poeira. Mas tudo é pó, tudo é vontade alucinada de trepar ao topo do mundo e gritar exaustivamente até os confins dos becos de Paris me ouvirem. Sou toda pó e solidão, sou toda pele calejada de mastigar as palavras. E a pele treme ao tocar. As mãos balbuciam mais um breve instante de poesia.Tudo é retógrado nas minhas rugas cansadas. Tenho chorado, mas também tenho deitado no meio da rua para olhar as estrelas. Mas e o caos. Caos fumegante nas entranhas, nos meus dedos entrelaçados. Foda-se a poesia, a rima, a fotografia, a insanidade que invade meu corpo, tenta me seduzir, me leva pra cama, me chama de amor. Mas és a insanidade, invade o poros se deita comigo, cospe na minha boca. E eu vegeto, viro uma mera degustadora de insanos pensamentos carrascos. Ai, mas quem me dera mais uma vez os cheiros daqueles becos, desacertados encontros frenéticos de uma possuída madrugada. Eu quero me abandonar, e encontrar os cavalos galopantes que me levam ao outro lado do universo. Transporia os gostos das meretrizes e me diverteria com a própria incerteza de viver. Queria que o mundo sentisse meus órgãos dançando neste momento. Tudo é visceral, tudo é uma sensação de torpor dançante...

2 commenti:

Andrea Damoni ha detto...

bellissimo uso del bianco e nero...
avevi una pellicola con molti asa?
oppure lo sgranamento è dovuto ad altro?
ciao

belo uso do preto e branco ...
tinha um filme com muitos ASA?
ou o sgranamento é devido a outra?
Olá

Estranha pessoa esta ha detto...

Não li o texto.

Fiquei perdida a olhar a fotografia...
...


Volto depois.

Um abraço enorme para ti deste lado do Atlântico!