
E ficar por ali sentindo a energia da inquietação daqueles atores em dias de estréia, me fez respirar bem devagar, com menos angústia. E eu tinha certeza que ali queria ficar, como se aquele fosse o único e último lugar do mundo. Sentiria pés de ventos, os braços leves, os passos tensos. Quem sabe tudo estaria equilibrado no platô, quem sabe mais um pouco, no que ainda não estaria no palco.
Mas eu estava ali para respirar, aliás para fotografar. Respirei, fotografei, e um pouco de mim ficou ali - sem maldade, sem sacrifícios. Um pouco de mim, o melhor de mim ficou ali, o outro tanto melhor saiu para a rua comigo. O pior? As energias tratariam de dissipar...
Bom, mas voltamos as fotos, aos atores, ao espetáculo: OTELO - O Mouro de Veneza - no Teatro Treze de Maio - 07 e 08 de agosto. O espetáculo promete. Uma tragédia clássica, em ares contemporâneos. E quem não tem tragédia, quem não tem exageros??? Eu tenho e por vezes me arrependo...
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