O caminho da universidade já foi tão familiar em outros tempos. Agora já me parecia estranho, apesar de estar no mesmo lugar. Peguei o ônibus no centro e durmi, batendo a cabeça no vidro da janela (velho costume). Por vezes acordava e apreciava a paisagem do caminho, sem muitas diferenças.
Na época da UFSM as estações do ano passavam rápidas, algumas frias, outras nem tanto, mas as mudanças no clima e na vegetação estavam já tão adaptadas ao meu dia-a-dia que não veria maiores mudanças. A percepção era leve. Mas hoje depois de tanto tempo ser por meus olhos naqueles ares, percebo que é inverno e no campus as árvores estão secas, sem folhas, poucas sombras, mas muitas sombras.
A paisagem me deixou triste, estava tudo meio vazio, eu queria sair dali. Peguei um ônibus de volta. Mas no caminho percebi que nem a mais brusca primavera hoje me faria ver o dia diferente....Nervoso, sem folhas, sem vida....E eu queria uma última vez te fotografar com as retinas dos meus olhos nus...
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