martedì, gennaio 30, 2007

Ao longe eles me interpelam, e eu me calo...

Sentar na janela empoeirada do quarto e fumar um cigarro vagarosamente, como se tentasse queimar todos os pormenores da nossa vida alheia, obscura e incompreensível.

Deitar à tarde, embrulhado num lençol velho trazido lá da casa da avó, abraçar o travesseiro volumoso e com ele dividir os medos da luz que está disposta em baixo da porta.

Andar pela casa estranha e dividir o ar com estes seres que já estranhos também lhe parecem ser. Andar disperso, pouco, inseguro, calado, apenas andar sob passos mal-feitos, intimistas o suficiente que até mesmo sopram filosofia pelo soalho violentamente desacreditado.

Silenciar perante o dia que inicia e a noite leve que repousa sob as opiniões alheias. Silenciar perante os braços fracos, a mente lenta e a incerteza do que não se quer transformar.


E em tudo isso se perguntar: Perguntas mansas, abruptas, descrentes, maldizentes. Perguntas caladas, perspicazes, sem sentido, sem volume, quanto mais resposta. Perguntas que pairam no olhar apagado e vulnerável do rosto encoberto pela barba mal-feita.

Calar, silenciar, pensar, refletir, ser, apenas caminhar, devagar, não ser mais. Quem sabe então respostas, e mais perguntas, e mais dúvidas e mais incertezas.

Tudo isso, amigo me dizes que sentes nesses dias incertos de calor e frio. Digo-te, então, meu caro amigo a vida é isso uma INCONSTANTE PERVERSIDADE DE DÚVIDAS OBSCURAS QUE DESAFIAM NOSSO SER INFINITAMENTE. Para quê? Se dentre tudo isso, a dor é tão grande, tão fria, tão desmerecida. Mas, a dor faz sentir cada parte de teu corpo, da tua alma, e da tua mente. A dor te faz ser de verdade e te faz encontrar quem de fato é. E mais nada, te digo, senão essa poesia. Mais nada te ofereço senão meu silêncio.

4 commenti:

Fran Rebelatto ha detto...

Uma texto indspirado na vida e nos sentimentos de uma amigo muito especial, que ontem me dizia não ser saber como está nossa relação de amizade, assim como não sabe muitas coisas de sua vida...

Caro amigo, também eu, já estive assim, a filosofar com o assoalho do quarto, a me acomodar em casa, para refurgiar-se do mundo, também senti dor, muita dor, daquele que me descreveste, qua bate lá no fundo e fica ali causando uma cocerinha dewsconfortável, lembra?? Que dor, que tristeza, que falta de fazer nada, que vontade de largar tudo...

Eu estive assim, mas te digo, estou aqui agora a balbuciar pensamentos vagos sobre nosso vã sofrimento, tão pequeno perante o que somos. Resultado: força, vontade, novo brilho no olhar e reconhecimentos de certas culpas...

è isso....nossa isso foi mais um desabafo sobre meu prórpio estado de espírito, do que um abraço amigo...

Beijos...amigo..beijo...amigos...Beijos a quem ama e acredita na vida...

Anonimo ha detto...

Ficar longe um tempo de ti já me acostumei, quanto tempo e saudade. Mas ficar longe desse blog ainda não consigo, por isso depois de meses volto. E cá vejo, vc menina dos olhos verdes a rascunhar sua própria vida e a se preocupar com o próximo. Muito boa nossa conversa de ontem, fico feliz por estar se recuperando, por estar dando a volta por cima e não te preocupe eles te julgam, mas eles não viveram, o que só vc viveu.
Te amo, gringa! Fica bem, e obrigada por tais palavras, podem não ser para mim, mas me sinto assim.

Fran Rebelatto ha detto...

FErnandoooooooooooooooooooo....por que ficas longe assim???? Volta sempre e obrigada por fazer parte da minha vida, por ser tão persistenmte em me agunetar e me entender, sem me julgar..........

Te amoooooooooooooooooooo...e isso nos basta................Saudades mil, sem fim, sempre.............te cuida........

Anonimo ha detto...

fran..fran...

uma belo angulo poetico esse que tu deu ao problema...e acho que é por ai o caminho pra solução..vo aproveitar e usar a minha subjetividade que esta em alta pra superar essa areia movediça que me cercam os pé!!!

abraços fortes...(heeeeeeee eu postei)

DIOU