Furiosamente me despi
das máscaras ocultas da minha alma
Furiosamente te seduzi
com frenética loucura incontida.
Furiosamente me entreguei
aos desejos desumanos das minhas entranhas
Furiosamente te possui
entre as coxas rijas de teu ser.
Furiosamente me desfiz
dos pudores malfeitos pelo dia
Furiosamente mergulhei
na perversidade maldita de teus olhos.
Furiosamente te amei
na presença ausente de teu ser
Furiosamente gozei
entre minha mão, você.
Furiosamente quero te sentir
na ausência de ilusão
Furiosamente viver
De fato essa perdição.
Nesses longas noites de devaneios sórdidos, sonho pensamentos lascivos sobre mm mesmo, sobre a possibilidade do encontro frenético de nossos corpos imensamente dilatados pelos desejos indecentes movidos pela saudade. Assim, descrevemos vidas, possibilidades, caminhos, descrevemos cenas, sonhos, verdades. Lembramos de pele, de cheiro, de atitude. Dos olhos, da boca, do gemido, da palavra no fundo da garganta, da sensação de tua presença. Lembramos o que fomos, vivemos o que poderíamos e escrevemos o que queremos.
E isso te basta Satania?
Não, isso só basta para que Satania, mais uma vez se desmascare perante a vida.
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