O filme trata da Física quântica e como ela entende o mundo, aliás, como ela tenta entender o mundo, se dando a oportunidade de debater em cima de verdades absolutas, premissas pelas quais somos aprisionados, por leis que o mundo externo nos apresenta sem levar em conta nosso mundo interno, a realidade intersubjetiva de cada um. Mas o que é a realidade? Perguntam-se eles, perguntama-nos nós. Por que estamos aqui? De que são feitos os pensamentos? Será que os mudando, mudaremos nosso mundo?
De fato todas as respostas não são sabidas, porém as perguntas trazem novas formas de estar no mundo, pois o grande segredo de estar no mundo é o mistério. E se encontrássemos as respostas facilmente, não teríamos por que nos perguntar, da mesma forma, não teríamos por que viver. Mas, o problema é que temos sido condicionados a acreditar que o mundo externo e as premissas que nos são apresentadas são verdadeiras e assim poucos de nós investimos na toca do coelho. Uns por medo de encontrar respostas que mudariam suas vidas, outros por que acreditam ser bem mais cômodo viver entre a obscuridade, pois isso lhes tira a responsabilidade de saber que podem sim mudar sua realidade. Isso demanda coragem, inquietação, diria que até incomodo.
Sim, eu sou uma dessas que insatisfeitas com as respostas que me são apresentadas, vivo sob vários discursos, pois me permito buscar verdades em todas as coisas novas que na minha vida aparecem. Acredito sim na nossa força interna, que pode agir sobre nosso ambiente, sobre tudo que nos cerca, pois não somos seres isolados, tudo depende dos nossos movimentos de consciência, da manifestação de nossas experiências. È por isso que esse documentário que vos indico vale a pena, pois faz você perceber que não estamos sozinhos em pensamentos e em buscas de explicações que parecem absurdas, que ignoramos maior parte desse mistério que é a vida e por isso temos que nos dar a oportunidade de ir à toca do coelho e tentar desvendar ao menos os mistérios que a nossa realidade pode apresentar.
Parece fácil, mas de fato continuamos viciados a estados emocionais que sempre geriram nossa vida, e assim nossa rede neural está acostumada a esse tipo de sentimentos e dificilmente conseguimos nos desvencilhar deles, das verdades relativas que nos aprisionam. Estamos viciadas em condições de vida impostas a nosso cérebro pelo mundo externo. E os vícios não têm como impedir momentaneamente, pois ele sempre quer mais situações que atendam nossas necessidades químicas. Viciamos-nos em nossos próprios estados emocionais.
Então se permitam não só a assistir ao documentário Quem somos nós, mas também se perguntem qual o propósito da vida? A principio tudo vai parecer um colapso, você vai ficar nervoso, mas aos poucos seus antigos conceitos vão ruir e você vai experimentar sensações novas de descoberta, do poder que temos sobre tudo que nos cerca, do poder que temos sobre nossa realidade. Vamos desvencilhar nosso cérebro das hipocrisias da vida e por que não tentar uma nova vida. Pois você já tentou se observar através dos olhos da pessoa que se tornou? Difícil, não! Sim, nosso pior drama é saber o que mudará em nossa vida se mudarmos nossas escolhas. Precisamos ao menos tentar, pois o mundo é uma gama de possibilidades e o poder de escolher entre elas ninguém lhe tira, nem mesmo você.
Se não sair achando tudo uma loucura, é por que você não entendeu nada. Degustem o doc. e degustem o prazer de estarem na toca do coelho do mistério, num novo mundo.
4 commenti:
O importante é descobrir, se permitir viver novas coisas sempre e não se limitar as interpretações, mas também não acreditar cegamente em tudo que é novo. Mas gostei do texto muito, intenso como sempre.
Bj guria
eu assisti esse filme. achei muito bom... apesar de não ter contribuído em nada com a minha busca pelas respostas às perguntas fundamentais (aliás, existe algo que contribua??rs), foi muito bem feito, e eu não me senti perdida entre inúmeras teorias sobre dimensões paralelas, e bla bla bla...
Mas acho que nós seremos sempre ávidos por respostas, informações, por aquele algo mais que nos ajude a entender "QUEM SOMOS NÓS"... Só que, como dizia nosso bom e velho Douglas Adams, a resposta e a pergunta não podem ser conhecidas ao mesmo tempo no mesmo universo...
vixe, to confusa...rs
Sim, também acho que o filme não tenha respostas para nenhuma de nossas indagações, mas acho que ele é muito corajoso no sentido de tentar sintetizar de uma forma acessível informações cientïficas para a sociedade...
Mas, enfim uma dica para quem é insatisfeito com tudo que lhe cerca, mas respostas acho que dificilemente encontraremos a não ser em nós mesmos...
Obrigada pela visita gente...
Já tinha ouvido falar desse documentário. Agora fiquei mais curiosa ainda! Bjs
Posta un commento