sabato, settembre 02, 2006

As rugas me perseguem, mas eu não desisto.

Quando somos crianças, nosso desejo é fazer 10 anos, pois todo número arredondado creio que soa melhor aos nossos ouvidos. Depois dos 10, queremos nossos 15. Acreditamos que a partir daí, vamos ter a liberdade de irmos sozinhos em festas, teremos nossos primeiros namorados, usaremos roupas mais ousadas (se bem que hoje em dia, tudo isso se dá muito mais cedo).

Sim, depois dos 15 anos, queremos desesperadamente chegar aos 18, pois temos a ilusão, de que aí sim seremos independentes. Mera ilusão. Nesse momento começam nossas dependências, principalmente financeiras. Parece que nos tornamos mais uma vez crianças.

Quando estamos na pré-escola queremos estar na primeira série. Quando estamos na sétima série queremos estar na oitava, para podermos “mandar” nos outros e ser superior nos jogos de interséries. Quando estamos na oitava não vemos a hora de chegar ao segundo grau. Segundo grau, turma diferente, colégio diferente, gente mais madura. Que idiotice!

Depois do segundo grau, e dos dezoito, a faculdade: a tão sonhada faculdade, acreditamos que de fato, vamos encontrar nossos amigos para vida, a liberdade de fazermos o que quisermos, o tempo para curtir todas as festas, enfim, fantasiamos, nos iludimos, sonhamos.

E assim, permanecemos a maior parte dos nossos anos planejando... almejando... sonhando... e muitas vezes deixamos de viver o presente dos 15, dos 18, dos 20, dos 22.


Queremos os 30, porque aí estaríamos com estabilidade para construir uma família. Queremos os 40, porque estaríamos com maturidade para relações amorosas. Queremos os 50, porque seremos experientes o suficiente para ensinar os mais jovens. Queremos os 60, porque teremos a segurança de uma aposentadoria. Sim, sempre queremos o que não somos e a idade que não temos, mas será que um dia vamos ter consciência de viver a nossa idade, as experiências de cada fase, de cada processo?

Hoje me perguntaram o que quero fazer daqui a 10 anos. Neguei a responder, porque fodam - se daqui a dez anos! Agora quero viver meus 22. Sim, acredito que devemos nos planejar e trabalhar para conseguir o que queremos, mas não devemos de jeito nenhum nos tornar escravos dos anos que estão por vir.

As rugas sempre nos perseguirão, mas que venham ao seu tempo natural que aí as receberei com muito orgulho. Aos 22, ainda não as vejo no meu rosto, aos 50, quem sabe?


Sou eu, pensando na vida, como sempre

Meu aniversário gente....

6 commenti:

Anonimo ha detto...

Ai de mim se não postasse neste blog hoje!
Fran, te conheço o suficiente para saber que o discurso(novo!)sobre querermos viver a idade que ainda não temos não serve pra ti. E isso tem a ver com aquela história de "um discurso novo a cada dia". Sabe por quê? Andei pensando e cheguei à conclusão de que os teus "discursos" são a prova de que tu vives intensamente todos os momentos por que passa. Por exemplo: o documentário sobre Física Quântica. Antes de ficar sabendo sobre aquele documentário, tu nem sabia o que era Física (brincadeira), mas depois tua vida inteira, e a das pessoas que te rodeiam tiveram de engolir que Física Quântica era TUDO. Ou seja, o momento era aquele, de falar de Física e de quem somos. Passados alguns dias o assunto tornou-se obsoleto, e o discurso mudou novamente. E lá vai a Fran VIVER INTENSAMENTE a próxima novidade...
E qual é a boa nova deste dia?! 22 aninhos vividos, e vividos mesmo!!
Nem vou dizer feliz aniversário, porque isso já está mais que batido. Então, vai lá mulher, vive estes 22, pois eles só duram doze meses. Bjos

Anonimo ha detto...

Linda, como sempre, intensa como sempre. Guerreira, menina, bruxa, mulher que faz tudo que diz querer, que deseja a felicidade de todos, que te entende nas história mais absurdas e sem sentido, que consegue chorar de alegria de tristeza. Que é simplesmente indiscrítivel, que é assim, alguém que admiramos, que amamos, que queremos ter sempre em nossa vida.

Sinto tua falta, todos sentem. Mas lembro-me das horas de conversa numa escada pensando na vida, de horas de trago nas calçadas da vida. Dos sonhos, de tanta coisa. Concordo com a Susana, discursos novos, nova experiência, e assim envolve a todos. com um brilho no olhar incrível, com palavras contagiantes, com sei lá.

tu é única.
Saudades sinto.
E mesmo assim, te amo.

Parabéns, muita felicidade e sucesso sempre.

Fran Rebelatto ha detto...

nada melhor do que grandes amigos falando da gente, dos meus muitos discursos, das minhas muitas façanhas, enfim. Realmente acho que sou muito intensa e esses meus 22 anos estão muito bem vividos, mas isso tudo devo a pessoas como vcs que me cercam, que dão atenção as minhas idéias absurdas, as minhas histórias absurdas, aos meus amores absurdos.

me sinto feliz, pela presená de vcs e quero sempre tê-los ao meu lado...beijos

Cobertura de Eventos ha detto...

mais um colega e amigo por aqui...

acho que queria mesmo voltar aos meus dez anos. nesse outro número arredondado, eu era muito melhor do que agora, pena que tu nem ninguém daqui conheceu...

bjo blogueira

Anonimo ha detto...

Eu quero viver os meus 21 anos! Foda-se daqui há 10 anos!
Adorei!

Fran Rebelatto ha detto...

Sim, samantha Sonhar semprea, acho qque é esse o grande mistério da vida, não abandonar os sonhos, os desejos, as vontades...

Obrigada pela visita...beijos